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26/08/2022

A JMJ e os frutos que tocam a eternidade

A JMJ e os frutos que tocam a eternidade - Vida Cristã - Arquidiocese de Goiânia

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é o maior encontro de jovens católicos do mundo com o Santo Padre, em torno de um propósito unificador: partilhar, viver e crescer na fé católica.

 

O evento foi instituído pelo nosso Papa São João Paulo II, em 1985, e se inspirou em encontros especiais da juventude durante os Domingos de Ramos, em Roma, nos anos de 1984 e 1985. A primeira edição ocorreu em 1986, em Roma, conduzida por São João Paulo II. A cada novo evento, a Jornada acontece em uma cidade diferente do mundo, com um tema definido para meditação e cânticos especialmente preparados para os dias de convívio. Desde então, houve mais 14 edições, sendo a última realizada na Cidade do Panamá, em 2019. Hoje, o mundo se prepara com viva esperança para a ida a Lisboa, Portugal, em agosto de 2023, cujo lema será: “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1,39).

 

As cidades anfitriãs, assim que divulgadas, começam a se preparar com imenso carinho para a acolhida dos inúmeros peregrinos vindos de todos os cantos do mundo: famílias se dispõem a receber jovens em suas casas; escolas, igrejas e centros comunitários são mobilizados para atender as milhões de pessoas que desembarcam para a jornada. É um verdadeiro e grande movimento de acolhida e de partilha.

 

Em 2016, eu tive a bênção de ir para a JMJ. Foi emocionante o momento em que chegamos na vila onde ficaríamos hospedados. Jovens corriam ao nosso encontro, com bandeiras polonesas, com tamanha alegria que me fez chorar e entender a dimensão dos frutos espirituais que advêm deste encontro. O carinho daquele povo acolhedor revelou os sofrimentos que passaram durante a guerra e durante vários conflitos político-ideológicos. Ali, junto também a jovens sírios, palestinos, chineses, haitianos, nos atentamos que o sofrimento do outro, que é nosso irmão, não pode ser alheio a nós. Não podemos fechar os olhos para a Igreja que sofre ao redor do mundo, países que passam por grandes e perigosos conflitos, mesmo aqueles que fisicamente estejam longes. Porque o sofrimento tem rosto e tem nome. Muitos jovens que estavam ao meu lado, durante a missa campal, passaram por perseguições religiosas; poder vê-los de perto, ver a fé firme e resistente que carregam, transformou minha relação com a fé e com a Igreja e me deu muito mais força para aprofundar minha amizade e confiança em Deus.

 

A partir dali, pudemos ver que somos uma Igreja unida e precisamos buscar viver como tal, uma única Igreja, que se reúne na vivência da fé e na luta pelo caminho de santificação, ajudando-nos uns aos outros.

 

A Jornada se mostra, assim, como ferramenta necessária para relembrar e reviver a unidade do Povo de Deus, de modo especial nesses anos em que vivemos as perdas devido à pandemia e à guerra, que ainda faz muitas vítimas.

 

Além da Unidade da Igreja, pude também entender como é importante, especialmente para os jovens, viver a unidade de Vida Cristã: devemos ser jovens que buscam a santidade em todas as ocasiões da vida, não apenas durante a JMJ, mas em todos os momentos – na igreja, na escola, no trabalho, em casa com a família, nos momentos de diversão com os amigos. Deus quer nossa coragem, nossa esperança, nosso carinho fraterno, para a construção do Reino de Deus desde aqui na Terra.

 

O mundo, portanto, se prepara para a próxima Jornada. Depois de anos de distanciamento social e tanto sofrimento, será verdadeiramente emocionante reunir tantos jovens em torno do amor de Deus para conosco. E o Papa nos exorta: “Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos a todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns” (Christus vivit, 177).

 

Será, então, uma grande chance de crescimento e conversão na vida espiritual, com frutos que poderão tocar a eternidade. Que possamos rezar pelos peregrinos que farão caminhos de vida interior e de amizade com Deus durante a Jornada e por todos aqueles que trabalham para que ela aconteça.

 

Nathália De Podestà
Setor Juventude

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