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05/08/2022
Pascom Sinodal
Agentes em estado permanente de missão a serviço da comunhão
Nos últimos dias de julho, a fase diocesana do Sínodo 2023 chegou à sua culminância. As igrejas particulares celebraram o encerramento de uma etapa muito importante da caminhada, que consiste na elaboração das sínteses, a partir da escuta das bases. Contudo, não podemos tomar o todo pela parte: só fizemos uma parcela do caminho – o que é importante sim, pois irá desencadear processos outros, tão necessários para a vida eclesial.
Na sequência, deu-se início ao mês vocacional, período oportuno para rezar pelas vocações e refletir sobre todas elas. Não só às dos ministros ordenados ou de especial consagração. É tempo de pensar a vocação da própria Igreja, a vocação do comunicador cristão, a sua missão na Pastoral da Comunicação.
Começar falando do Sínodo e do mês vocacional não é distração ou falta de assunto. Destaco aqui que ser sinodal é vocação de todo cristão; portanto, também é vocação do comunicador. Logo, cada Pastoral da Comunicação, em todas as realidades, deve ser uma Pascom Sinodal.
Sinodalidade, como já manifestou o Papa Francisco, “não é o capítulo de um tratado de eclesiologia, muito menos uma moda, um slogan ou o novo termo a ser usado ou instrumentalizado em nossos encontros. Não! A sinodalidade expressa a natureza da Igreja, a sua forma, o seu estilo, a sua missão.” (Discurso durante Simpósio à Diocese de Roma, 18 de setembro de 2021)
Ser sinodal talvez seja um dos grandes desafios para a Pascom e pasconeiros. O desafio de caminhar junto, de ser essencialmente sinodal, quando o ser “euquipe” fala mais alto. Ao agir de forma individualista, cai-se no risco de querer caminhar de forma autônoma, autorreferencial, tornando, muitas vezes, o serviço da comunicação em uma agência de publicidade que apenas visibiliza eventos e celebrações.
Uma Pascom verdadeiramente sinodal é aquela que caminha com a toda ação evangelizadora em sua comunidade, paróquia e diocese. Caminha junto e com meta, não perde o ritmo, abraça a todos, escuta a todos e compreende que esta é sua vocação na Igreja.
Ser Pascom sinodal não é um só uma palavra da moda para corresponder ao momento eclesial que vivemos. Uma Pascom sinodal está aberta ao Espírito para ler os sinais dos tempos em sua realidade pastoral e compreende que para caminhar junto é preciso escutar junto, é preciso comunicar junto. É a experiência da comunhão que está no cerne da palavra comunicação. É um exercício permanente e que deve começar agora.
Marcus Tullius
Mestrando em Comunicação Social pela PUC Minas, coordenador-geral da Pascom Brasil e membro do Grupo de Reflexão em Comunicação da CNBB.
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