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07/03/2019

Arquidiocese de Goiânia lança Campanha da Fraternidade 2019

Temática deste ano evidencia urgência da efetivação de políticas públicas nas camadas da sociedade brasileira

Arquidiocese de Goiânia lança Campanha da Fraternidade 2019 - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

 

A Arquidiocese de Goiânia lançou, na manhã do dia 6 de março, Quarta-feira de Cinzas, na Cúria Metropolitana, a Campanha da Fraternidade 2019, cujo tema é “Fraternidade e Políticas Públicas” e lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27). O evento contou com a presença de diversas autoridades civis e religiosas, entre elas o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz e os bispos auxiliares, Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes; o representante do governo do estado de Goiás, Guilherme Wohlgemuth Fleury, que é superintendente de ação cultural; o secretário municipal de educação, Marcelo Ferreira da Costa, representando o prefeito de Goiânia, Iris Rezende; o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha; o reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado; a promotora de justiça Suelena Carneiro, entre outros.

 

Em sua fala, Dom Washington Cruz disse que a Campanha da Fraternidade se apresenta como um itinerário para os 40 dias da Quaresma em que todos os cristãos são chamados à conversão pessoal. Embora o tema deste ano seja complexo, o arcebispo convidou todos a buscarem na Campanha uma fonte de aproximação com Deus e com os irmãos. “A campanha deste ano trata da fraternidade e das políticas públicas. É um tema complexo que precisamos enfrentá-lo com determinação, estudo e muito empenho penitencial. A principal exigência é capacitar nossas comunidades e colaborar com o povo brasileiro a fim de que todos compreendam e tenham condições de participar na formulação de políticas públicas”. Dom Washington ainda dirigiu um apelo especial aos jovens e às famílias para que participem efetivamente na proposição de políticas públicas, com o objetivo de gerar conscientização sobre direitos e responsabilidades na sociedade.

A temática proposta pela CF neste ano foi explicada pela promotora de Justiça Suelena Carneiro. Ela disse que o tema reforça a preocupação da Igreja com a vida do povo brasileiro. Para que seja efetiva, porém, a promotora pontuou que é necessário a participação da comunidade e o respaldo da população. “Só haverá resultados efetivos com a participação dos cidadãos”, destacou.

 

Suelena elencou algumas ações de impacto social que as políticas públicas, quando efetivadas, podem exercer sobre a vida do povo. “Essa oportunidade de trabalhar importante tema no ano de 2019 carrega sim o potencial de produzir frutos permanentes e inspirar gestos concretos de transformação das comunidades, de potencializar iniciativas de organização e mobilização dos cidadãos e de impactar positivamente no formato das políticas públicas num momento em que enfrentamos tanta desilusão com a política e as instituições do estado. Em outras palavras, visa fortalecer a formulação, implementação, acompanhamento, avaliação e fiscalização de políticas públicas que produzam oportunidades equânimes para todos os cidadãos.”

 

Dimensão Social

Se a Campanha da Fraternidade deste ano ajudar as pessoas a identificar problemas sociais em suas comunidades e buscar mecanismos para a aquisição de seus direitos, ela terá cumprido um papel significativo na sociedade, conforme relatou a promotora Suelena Carneiro. Isso tem tudo a ver conosco, segundo ela, e lutar pela dignidade, cuidar do mundo que Deus confiou a cada um de nós, bem como ter compaixão das diversas realidades, da mesma forma que Cristo o fez, é um princípio cristão a ser posto em prática. “As políticas públicas colaboram na construção da nossa existência coletiva com reflexos imediatos sobre nossa existência individual, nossa prosperidade, ou pobreza, educação ou falta de educação”, salientou.

Não basta, todavia, apenas esperar que os governantes cumpram a Constituição Federal, que conforme a promotora é somente “um marco referencial, arcabouço genérico com uma definição de princípios”, mas é indispensável a promoção de políticas públicas que são as ações, os projetos, os programas desenvolvidos pelo Estado nos três níveis municipal, estadual, federal, para garantir o direito previsto na Constituição e em outras leis, por meio da educação, da saúde, da segurança pública, do meio ambiente, dos direitos humanos, da assistência social, da economia, e tantos temas que podem estar relacionados a outros projetos e programas.

 

As etapas para identificação dos problemas sociais dentro das comunidades, ainda segundo Suelena, de acordo com o Texto-Base da Campanha, passam pela formulação da política pública, a tomada de decisões, depois aplicação da ação com implementação, e, por fim, a avaliação/monitoramento da política pública, por isso é importante a população participar.

 

Dimensão Espiritual

O bispo auxiliar Dom Moacir Silva Arantes apresentou a dimensão espiritual da Campanha da Fraternidade que, além de ser um instrumento de transformação social, é também um instrumento de conversão pessoal. “Toda política pública começa a partir do momento em que eu contemplo a necessidade do outro, que às vezes não é minha, e eu a entendo e me comprometo com a mudança que o outro precisa.” Dom Moacir disse que a responsabilidade dos cristãos é maior do que a dos não crentes, quando o assunto é o bem comum. “Cristo se encarnou e se envolveu em todas as realidades humanas e nessas realidades ele não foi indiferente ou fingiu que não viu. Nosso Senhor veio do céu, mas teve os seus olhos postos sobre a terra e onde vivem os amados de Deus”, afirmou.

A prova de que Jesus viveu plenamente a sua humanidade é que ele fez parte de uma família e assumiu a condição humana, ele agiu e enviou discípulos para “pregar, mas também para curar, confortar, orientar, conscientizar as pessoas sobre aquele projeto de Deus para que elas desejem uma vida melhor, mais plena, para que elas tivessem condições de mudar não somente a si, mas também as suas relações, as estruturas de relacionamento que elas viviam na família, na comunidade, na sinagoga e nos diversos outros lugares”.

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Fúlvio Costa

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