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26/09/2018
Comunicado aos Presbíteros e ao Povo de Deus
O caminho de consciência e responsabilidade é o que devemos todos percorrer, em qualquer área da nossa vida de cristãos, iluminados pela força do Espírito Santo.
Nos próximos dias, em que se aproxima o pleito eleitoral para escolha de novos representantes dos brasileiros para o exercício do poder público, redobremos as orações pela nossa pátria, mas também o cuidado com a utilização da nossa identidade de cristãos e membros da Igreja Católica para induzir o voto em algum candidato. A democracia prevê a livre manifestação, e o debate de ideias faz parte dessa dimensão. Por isso, é preciso cautela e cuidado com o uso da identidade católica em benefício de políticos e seus respectivos partidos.
No caso dos padres, essa conduta é ainda mais repreensível, por ser incompatível com o ministério sacerdotal, que tem a missão de acolher todos os fiéis no seio da Igreja, representando o próprio Cristo. O posicionamento político partidário do padre, junto aos seus paroquianos e à sociedade em geral, pode causar danos irreparáveis à comunhão eclesial que buscamos em torno do Evangelho.
O Código de Direito Canônico é bem claro na orientação dos presbíteros sobre essa questão. O cânon 287, §1º diz: “Os clérigos sempre favoreçam de modo máximo a manutenção, entre os homens, da paz e da concórdia fundada na justiça”. Seguindo, no § 2, é enfático: “Não tenham parte ativa nos partidos políticos e na direção de associações sindicais, a não ser que, a juízo da competente autoridade eclesiástica, o exijam a defesa dos direitos da Igreja ou a promoção do bem comum”.
Em obediência a essas orientações, comunicamos que é absolutamente proibido aos presbíteros da Arquidiocese de Goiânia fazer campanha eleitoral para qualquer candidato, e quem o fizer receberá a devida pena canônica.
Neste período eleitoral, quando o país se volta para suas demandas e problemáticas, não percamos a esperança. Considerando a importância cívica das eleições, rezemos para que todos os eleitores assumam o exercício de seu direito e dever do voto, fugindo da omissão, do voto irresponsável ou do chamado voto útil, que não tem nada de consciente, ao privilegiar o candidato com mais chances de ganhar.
É indispensável ao eleitor estar atento às propostas de cada candidato ou candidata e ao programa do seu partido, como recomenda o cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele nos faz um alerta: “É preciso saber como os candidatos pretendem responder concretamente aos problemas sofridos pela população, pois não bastam promessas ou discursos genéricos. É preciso considerar a atuação política passada de cada um”.
O caminho de consciência e responsabilidade é o que devemos todos percorrer, em qualquer área da nossa vida de cristãos, iluminados pela força do Espírito Santo.
Goiânia, 24 de setembro de 2018
Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia
Confira abaixo os comunicados que o arcebispo Dom Washington Cruz enviou aos presbíteros e ao povo de Deus da nossa arquidiocese.
Comunicado aos Presbíteros e ao Povo de Deus
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