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10/06/2022

Festas Juninas e a Piedade Popular

Como as festas juninas manifestam a fé do povo?

Festas Juninas e a Piedade Popular - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

O mês de junho chegou e com ele as tradicionais festas juninas. Para começarmos a falar sobre o tema, primeiramente precisamos entender o que é piedade popular. A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos escreveu um diretório que descreve e explica a piedade popular. “O termo ‘piedade popular’ designa aqui as diversas manifestações cultuais, de natureza privada ou comunitária, que na esfera da fé cristã se expressam principalmente, não nos modos da Sagrada Liturgia, mas nas formas peculiares derivadas da genialidade de um povo ou de um grupo étnico e sua cultura” (Diretório da Piedade Popular e Liturgia, n. 9).

 

O mesmo diretório também fala sobre a religiosidade popular, que é “uma experiência universal: no coração de cada pessoa, como na cultura de cada povo e nas suas manifestações coletivas, está sempre presente uma dimensão religiosa”. Essa religiosidade popular, “que se expressa de formas diversas e diferenciadas, tem como fonte a fé, quando genuína, devendo, portanto, ser apreciada e favorecida. Nas suas manifestações mais autênticas, não se opõe à centralidade da Sagrada Liturgia, mas, favorecendo a fé das pessoas, que a consideram como expressão religiosa própria e natural, predispõe-se à celebração dos Sagrados Mistérios”.

 

O padre e mestre em História, Maximiliano Gonçalves da Costa, explica que o Documento de Aparecida afirma que “a piedade popular possui muitas boas ações que manifestam a fé do povo”. Essas manifestações devem ser valorizadas, mas “onde for necessário elas devem ser purificadas”. Segundo o padre, a purificação é importante, pois “a piedade popular tem grande significado para a transmissão da fé, principalmente diante das festas dos santos, das jaculatórias, dos benditos e de tantos outros costumes que podemos encontrar”, salienta.

Origem das festas juninas

As festas juninas são nomeadas assim porque popularmente são realizadas no mês de junho. Essas festas fazem parte da piedade popular. Elas tiveram origem no Brasil, no início do século XVI, com a vinda dos portugueses que trouxeram os costumes de festas como essas, já existentes na Europa. Com o tempo, essas festas foram se misturando à cultura local dos nativos e daqueles que vieram depois.

 

Aos santos celebrados na Igreja Católica no mês de junho foram vinculadas as festividades. São eles: Santo Antônio, no dia 13 de junho; São João Batista, no dia 24 de junho; e dia 29, quando celebramos a Festa de São Pedro e São Paulo. Ao serem introduzidas e perpetuadas pelo Brasil, as festas juninas tinham um forte cunho religioso. No decorrer dos anos, elas foram inseridas em nossa cultura e se tornaram uma festividade popular. Assim, cada região do país tem uma maneira própria de fazer a festa, levando em consideração a sua realidade.

 

Padre Maximiliano destacou pontos interessantes sobre alguns elementos que compõem a festa. “Os elementos têm origens diversas. Por exemplo, as danças que hoje nós chamamos de quadrilhas são de origem francesa. Os fogos de artifício são originários da China; a decoração com fitas e bandeiras com as imagens dos santos são de origens espanhola e portuguesa.”

 

Religiosidade popular

Com a expansão das festas juninas, criaram-se hábitos populares que não têm ligação com a liturgia da Igreja. De acordo com padre Maximiliano, é importante entendermos que esses costumes da piedade popular estão intimamente vinculados ao catolicismo popular. “Foram se criando costumes vinculados à fé, como é o caso do batismo na fogueira”. É necessário entender que esse costume da piedade popular está vinculado aos elementos religiosos das festas juninas e que não possui valor sacramental. 

 

O padre explica que “um ‘batismo de fogueira’ não tem validade, sacramentalmente falando. Ele é apenas um costume da piedade popular, diferente do ‘batismo sacramento’, que nos dá a filiação divina. Então, é muito importante nós sabermos essa distinção entre Sacramento do Batismo e o costume da piedade popular que acontece nas festas juninas, como o batismo de fogueira. Uma pessoa batizada na fogueira não está batizada, sacramentalmente falando. O único batismo válido para a Igreja Católica é do Sacramento do Batismo”.

 

Além desse hábito, existem outros. Nós, católicos, podemos conhecer as ações próprias da religiosidade popular da nossa fé para vivenciá-las melhor.

 

Festas juninas em nossa Arquidiocese

Já sabemos quais são os santos do mês de junho. Em nossa Arquidiocese, muitas paróquias têm esses santos como padroeiros e as festas em louvor a eles são bastante esperadas. Na Paróquia Santo Antônio, do Setor Pedro Ludovico, a festa religiosa se iniciou no dia 1º de junho e segue até dia 13. Cada dia é proposto um tema para se refletir sobre Santo Antônio. Já a festa social (quermesse) se iniciou no dia 26 de maio e segue também até dia 13 de junho.

 

Na Paróquia São João Batista, da Vila Galvão, em Senador Canedo, as festividades têm início no dia 17 de junho e terminam dia 26. É importante lembrar que essa é a primeira vez, após 2 anos de restrições, que as festas acontecem presencialmente. Nos anos anteriores, a novena da paróquia aconteceu de forma on-line. Os alimentos podiam ser comprados, mas consumidos em casa. A paróquia também realizou uma carreata com a imagem de São João Batista.

 

Já na Paróquia São Pedro e São Paulo, no Setor Fim Social, em Goiânia, a festa se iniciou no dia 8 de junho e segue até dia 17. A paróquia espera receber um grande número de pessoas presencialmente para participar do festejo. No ano de 2020, a novena também aconteceu de forma on-line, e a quermesse funcionou em delivery. Já em 2021, a paróquia buscou inovar e trazer as pessoas para a Igreja, mesmo que dentro de seus carros. As comidas da quermesse eram entregues em sistema de drive-thru.

 

Clique aqui  e confira a programação completa das festas juninas de nossa Arquidiocese

 

Suzany Marques

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