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27/08/2021
Deus poderia estar chamando você?
Jesus ainda chama os homens para serem sacerdotes assim como Ele chamou os apóstolos
Aproveitando ainda o mês vocacional e a última Reunião Mensal de Pastoral, que aconteceu dia 14 de agosto, com o tema “O cuidado pelas vocações”, vamos aprofundar sobre o chamado ao sacerdócio. Na ocasião, padre Rodrigo Lacerda, coordenador da Pastoral Vocacional da Arquidiocese de Goiânia, realizou uma apresentação sobre a realidade da pastoral em nossa Igreja Particular.
A vocação sacerdotal
No Evangelho segundo São João, Jesus nos ensina que devemos “trabalhar, não pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna” (Jo 6,27). Com essas palavras, podemos ver a importância e o propósito do sacerdócio para o mundo de hoje. O sacerdócio é uma vocação insubstituível e indispensável no mundo porque existe para anunciar a verdade que está em Cristo e no seu Evangelho para chegarmos à vida eterna. O sacerdote trabalha pela comida que permanece para a vida eterna, não pela comida que perece com o fim da vida terrena.
São Paulo, na Carta aos Romanos, escreve: “Pois todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?” (Rm 10,13). Essas questões são relevantes para nós hoje, em nosso mundo e em nossa Arquidiocese de Goiânia. O Evangelho transforma e dá vida a quem crê e segue, mas se não houver quem o anuncie, o mundo não poderá recebê-lo. O sacerdote existe para anunciar o Evangelho que transforma e dá vida. Mas São Paulo também pergunta: “E como as pessoas podem pregar se não forem enviadas?” Da mesma forma, podemos nos fazer essa pergunta. A resposta é que os homens chamados por Deus para serem sacerdotes são enviados por Deus, por meio de sua Igreja, para proclamar ao mundo que invocar o nome do Senhor trará a salvação.
Vida diária configurada a Cristo
A vida cotidiana de um sacerdote na paróquia é permeada pela sua configuração a Jesus Cristo, Cabeça e Pastor da Igreja, e deve necessariamente manifestar e testemunhar o apelo extraordinário e radical do Evangelho. Isso significa que os sacerdotes são chamados a um estilo de vida que dá um testemunho evidente e claro da força do Evangelho em ação, em sua vida pessoal e ministerial, que não deve ser vista como algo completamente separado um do outro. As coisas deste modo de vida incluem:
- Um modo de vida determinado e vivido pelo tríplice múnus dado aos sacerdotes na ordenação para ensinar, santificar e governar.
- Uma vida de oração séria centrada nos sacramentos, especialmente na Eucaristia, na Liturgia das Horas.
- Uma vida de oração devocional, especialmente expressa na devoção à Santíssima Mãe Maria e aos Santos.
- Uma profunda devoção pessoal a Jesus Cristo, como Senhor, Amigo e Irmão.
- Uma dependência diária da orientação do Espírito Santo e da manifestação dos dons e frutos do Espírito no ministério sacerdotal.
- Uma vida de obediência e amor pela Igreja e seus ensinamentos.
- Uma vida vivida em comunhão com o bispo e o presbiterato, vivida com laços sacramentais, apostólicos e fraternos.
- Uma vida de castidade celibatária, livremente aceita, que serve como sinal e estímulo do amor, como fonte de força espiritual, que manifesta sua consagração a Cristo como um novo homem.
- Uma vida de gratidão pelas bênçãos materiais da criação de Deus, um estilo de vida simples e generoso, em solidariedade com os pobres.
- Uma vida de zelo missionário pela salvação das almas.
- Uma vida que inspira e promove todas as vocações na Igreja.
Percebe-se que a vida cotidiana de um padre é extremamente variada porque aqueles a quem ele serve têm necessidades diversas. Em geral, cada dia inclui a celebração diária da missa, oração, encontro e aconselhamento das pessoas, estar disponível para visitar os enfermos, atender aos moribundos, reunir-se com o pessoal, administrar a paróquia, visitar as crianças da escola ou grupos de jovens, celebrar uma missa fúnebre ou assistir a um velório, entre muitas outras coisas. Às vezes, pode parecer que um dia não tem muitos eventos programados, mas inclui simplesmente estar presente para a comunidade de maneira simples. Outras vezes, desde o momento de levantar de manhã até ir para a cama, fica ocupado com uma coisa atrás da outra. Muitas vezes, um padre pode dizer no final do dia: “Estou cansado, mas muito feliz!”, porque ele passou o dia dando de si mesmo. Parte da vida diária de um padre também inclui tempo livre para si mesmo, exercícios, entretenimento e estar com amigos. Essas coisas, como acontece com todas as pessoas, estão intercaladas na vida cotidiana de um sacerdote e nos ajudam a lembrar que um sacerdote é “tirado do meio dos homens e feito seu representante perante Deus”.
Em cada comunidade ao menos uma vocação sacerdotal!
Cada comunidade precisa interessar-se pelas vocações e criar um clima favorável ao surgimento de novas vocações. Os sacerdotes surgem de comunidades fervorosas e que apoiam as vocações. O papa São João Paulo II ensinou que “a vocação sacerdotal é a resposta de Deus providente a uma comunidade orante”.
As vocações haverão de surgir, na medida em que nós todos criarmos um clima favorável ao surgimento delas em nossas comunidades. Que a Virgem Maria, mãe dos sacerdotes, interceda pelos sacerdotes e as vocações!
Conheça nossos Seminários
A caminhada vocacional para o sacerdócio, na Arquidiocese de Goiânia, começa com o discernimento do jovem, ainda em sua comunidade de origem e no seio familiar. Há dez anos foi criada a Escola Apostólica. Segundo padre Luiz Henrique, trata-se de um encontro que acontece no quarto domingo de cada mês, no qual os vocacionados passam o dia no seminário, conhecendo a vida ali.
Seminário Menor São João Paulo II: A partir desse encontro, os jovens acabam decidindo ingressar no Seminário Menor São João Paulo II. Nesta etapa, são acolhidos jovens que estudam no Ensino Médio. Essa, no entanto, não é a única porta de entrada para o caminho formativo ao sacerdócio.
Seminário Santa Cruz: O Seminário Santa Cruz é a etapa seguinte para o jovem que concluiu o Ensino Médio. Chamada de Ano Propedêutico, isto é, introdutória, os jovens são preparados para, no ano posterior, ingressarem no Seminário Maior.
Seminário Maior Interdiocesano São João Maria Vianney: No Seminário Maior Interdiocesano São João Maria Vianney, os jovens continuam sua caminhada vocacional e de discernimento, mas agora com mais comprometimento. O seminarista começa a responder se quer, de fato, ser padre. É o período em que ele procura configurar sua vida a Cristo, intensificando a vida de oração e de responsabilidade pessoal.
Fernanda Freitas
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