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01/03/2021
O jejum nos conduz ao deserto com Jesus
O jejum que mais agrada a Deus é aquele feito com amor e piedade
Chegamos à terceira edição da série especial sobre a Quaresma. Nesta matéria apresentamos o jejum, uma das principais práticas penitenciais para este tempo forte de conversão. A palavra de Deus nos fala sobre o jejum da seguinte maneira: “Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio como fazem os hipócritas, pois eles desfiguram seu rosto para que seu jejum seja percebido pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, unge tua cabeça e lava teu rosto, para que os homens não percebam que estás jejuando, mas apenas teu Pai, que está lá no segredo; e teu Pai, que vê no segredo, te recompensará” (Mt 6,1-18).
Para aprofundar a reflexão sobre esse importante tema, o Jornal Encontro Semanal entrevistou o padre Cleidimar Moreira, que atualmente é colaborador na Associação Servos de Deus (ASD) em Goiânia. Ele explicou que o jejum é uma prática antiga, realizada entre judeus e outras religiões, com o objetivo de mortificar o corpo. “Antes de ser uma orientação da Igreja, foi Jesus quem nos deu o exemplo quando passou 40 dias no deserto sendo tentado e, em outro momento, explicou aos discípulos que seria pelo jejum e pela oração que expulsaríamos determinados espíritos. A Palavra nos diz: “se dominamos a boca, dominamos o corpo” (Tg 3).
Padre Cleidimar afirmou que pode ser um pouco exagerado, mas há verdade na frase “o cristão sem jejum é como Cristo sem cruz”. Isso porque o jejum é um mandato do Senhor não só para o tempo quaresmal, mas para a vida inteira. “Além da mortificação do corpo, o jejum e as demais penitências nos fortalecem na busca pela santidade”, completou. Essa prática não tem o propósito de negar nada do que Deus criou, enfatizou ainda o sacerdote. Pelo contrário, é uma prática que nos conduz àquilo que viveu Cristo. “Se o tempo quaresmal é para nos assemelharmos a Cristo, irmos ao deserto com ele, é também para nos levar a passar pelas provas que ele passou para que enfrentemos as provas da vida”.
A Igreja nos orienta a jejuar na sexta-feira. Caso a pessoa não possa fazer essa prática penitencial por algum motivo de saúde, a orientação é fazer alguma prática de piedade ou outra penitência que seja salutar. Padre Cleidimar ressaltou, porém, que o jejum é indispensável para vivermos bem a Quaresma. “Como o Tempo da Quaresma é um período penitencial de nos aproximarmos de Deus, o jejum é essencial para nos ajudar a voltar do abandono do pecado à santificação, portanto, jejuar no tempo quaresmal é imprescindível para conseguirmos graças maiores e, consequentemente a santificação”, explicou.
Tipos de jejum
O jejum que mais agrada a Deus é aquele feito com amor e piedade
Jejum a pão e água – desde cedo, nos horários das refeições, com um pedacinho de pão com água.
Jejum da Igreja – alimentar-se com pequenas porções nos três principais horários das refeições.
Jejum completo – de 12h ou 24h, sempre observando sua saúde.
Jejum de líquidos – à base de caldos de legumes: abóboras, feijão, nas principais refeições e em pouca quantidade.
Fúlvio Costa
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