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02/07/2021
São Pedro e São Paulo, pedras fundamentais da Igreja de Cristo
No mês de junho que se findou, celebramos vários santos. Santo Antônio, São João Batista, além das devoções ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria. Pedro e Paulo, que celebramos por último, neste dia 4, não são menos importantes. Pelo contrário, são pedras fundamentais da Igreja de Cristo. Pedro, que era pescador, recebeu de Jesus o nome de Cefas, que significa rocha, após ser apresentado ao mestre pelo seu irmão André.
Pedro tornou-se a rocha sobre a qual Cristo edificou a sua Igreja. Foi um apóstolo ousado, embora tenha cometido muitos erros, inclusive negado a Jesus. O Senhor, no entanto, o escolheu para pastorear o rebanho de Deus. O livro dos Atos dos Apóstolos ilustra seu papel como cabeça visível da Igreja após a Ressurreição e a Ascensão de Cristo.
O primeiro papa foi Pedro, que assegurou a unidade dos discípulos e a verdadeira fé em Cristo. Viveu os últimos anos de sua vida em Roma, onde foi martirizado e crucificado de cabeça para baixo, provavelmente no ano 64. O local onde foi enterrado está hoje a Basílica que leva seu nome, na colina do Vaticano.
O conhecido apóstolo dos gentios – São Paulo, era um fariseu que perseguia a Igreja antes de sua conversão, que ocorreu quando ele estava a caminho de Damasco, quando ouviu uma voz dizendo: “Saul, Saul, por que me persegues? Saulo perguntou: ‘Quem és tu, Senhor?’. A voz respondeu: ‘Eu sou Jesus, a quem estás perseguindo’” (At 9,4-5). Foi batizado em Damasco, três dias depois, e então passou toda a sua vida evangelizando, incansavelmente, no mundo. Paulo foi preso e levado para Roma, sendo decapitado no ano 67. Foi enterrado onde está hoje a Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Suas cartas estão incluídas nos escritos do Novo Testamento e, através delas, aprendemos muito sobre sua vida e a fé da Igreja primitiva.
Há evidências de que a celebração dos dois Santos, Pedro e Paulo, acontece no mesmo dia desde o ano 258. Por meio da pregação, ministério e martírio, eles fundaram a Sé de Roma. Santo Agostinho proferiu um sermão no ano de 395, falando sobre a unidade dos dois. “Os dois apóstolos compartilham o mesmo dia da festa, pois esses dois eram um; e mesmo sofrendo em dias diferentes, eles eram como um. Pedro foi o primeiro e Paulo o seguiu. E assim comemoramos este dia santificado para nós, pelo sangue dos apóstolos. Vamos abraçar o que eles acreditavam, sua vida, seus trabalhos, seus sofrimentos, suas pregações e sua confissão de fé”.
Renovando o convite feito por Santo Agostinho, gostaria de dizer que, em tempos exigentes que vivemos, é importante aprofundarmos a fé recebida dos apóstolos, pois ela nos conduz a Cristo e à união com ele. Dessa forma poderemos continuar sendo sal da terra e luz do mundo. São Pedro e São Paulo, rogai por nós!
Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia
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