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16/03/2023

Francisco: “não se esqueça dos pobres...”

Francisco: “não se esqueça dos pobres...” - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

 A atenção de todo o mundo voltara-se para a cidade de Roma, precisamente para o pequeno país nela incrustado, a Cidade Estado do Vaticano. Após a inesperada renúncia do Papa Bento XVI, o mundo acompanhava a escolha do novo papa. Ao final daquela tarde de 13 de março de 2013, a fumaça branca que saía da chaminé da Capela Sistina indicava que os cardeais, reunidos em conclave, haviam elegido o novo sucessor do apóstolo Pedro para conduzir a barca de Cristo, a Igreja. Momentos depois, anunciava-se ao mundo o nome do eleito, Cardeal Jorge Mario Bergoglio, que escolhera chamar-se Francisco.

 

Sua primeira mensagem foi emocionante. Apresentou-se como tendo sido buscado “no fim do mundo”, um papa latino-americano, precisamente argentino. E não hesitou em pedir que a multidão presente na Praça de São Pedro rezasse pelo bispo emérito de Roma, Bento XVI. E que rezasse, também, para que o Senhor abençoasse o novo papa. Em seu primeiro e brevíssimo discurso, pontuou o sonho da fraternidade, ao dizer: “E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo... este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade”. Como não perceber nessas palavras outro tema tão caro ao Papa Francisco: a sinodalidade. Esse tema ficou evidente quando o santo padre afirmou: “iniciamos este caminho, Bispo e povo”.

 

Logo, ele deixaria esclarecido porque escolheu o nome de Francisco. Contou que ao alcançar o número de votos para ser eleito, o cardeal brasileiro Cláudio Hummes, da ordem franciscana dos frades menores, que estava ao seu lado, levantou-se, abraçou-o e lhe disse: “Não se esqueça dos pobres”. Eleito, veio-lhe, então, a inspiração de querer ser chamado Francisco.

 

Já se passaram dez anos. O Papa Francisco tornou-se uma das principais vozes do mundo, senão a mais eloquente, na defesa da paz, da justiça social, dos direitos dos pobres, dos migrantes. Seu pontificado tem sido verdadeiramente franciscano, desde seus gestos pessoais de despojamento até os grandes temas de seu magistério, com especial destaque para o cuidado com a Casa Comum, pontuado na carta encíclica Laudato sì, e com a fraternidade e amizade social, tema da encíclica Fratelli tutti. Francisco tem insistido em novas perspectivas para a economia, provocando diálogos, estudos, encontros entre jovens na perspectiva do que se chamou “economia de Francisco e de Clara”. E propôs aos dirigentes das nações, aos educadores e a todas as famílias o Pacto Educativo Global, em vista de uma educação humanista, inclusiva e de qualidade.

 

De muitas formas tem mostrado seu zelo pela evangelização dos jovens e das famílias. Instituiu o ministério de catequistas e abriu às mulheres a recepção dos ministérios do leitorado e do acolitato. Destaque para seu empenho em trabalhar pela recepção do Concílio Vaticano II. Quem vê o Papa Francisco ora em cadeiras de rodas, ora com o uso de uma bengala, talvez não consiga imaginar sua paixão por ver a Igreja mais misericordiosa, agindo em favor dos mais necessitados, caminho fundamental para tornar-se verdadeiramente a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ao Papa Francisco desejamos saúde para continuar abrindo horizontes novos para a missão dos discípulos e discípulas de Jesus.

 

+ João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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