Você está em:
25/05/2021
Ave Maria, Cheia de graça
Ela é a cheia de graça porque não colocou nenhum obstáculo à ação de Deus e se deixou moldar totalmente pela santidade divina
“Bendita sois vós entre as mulheres”, assim a saúda Isabel.
As palavras do anjo, na anunciação, e as de Isabel, na visitação, convidamnos a louvar a Deus e a contemplar as maravilhas que Ele realiza em Nossa Senhora e em todos os que amam os seus caminhos. As atitudes de louvor e de gratidão são a expressão do crente que sabe descortinar, no meio de tantas desgraças e males do mundo, os dons de Deus que enchem e enriquecem a nossa vida. Nossa Senhora é portadora do dom de Deus por excelência, Jesus Cristo.
“Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”.
São Sofrônio, bispo do séc. VII, comenta: “Verdadeiramente bendita sois vós entre as mulheres porque por meio de vós brilhou sobre os homens a bênção do Pai (…) porque permanecendo Virgem produzistes aquele fruto que derrama a sua bênção sobre toda a terra”.
Jesus, concebido no seio de Maria, poucos dias antes, é saudado por Isabel como uma fonte de bênção. Ele é a grande fonte de bênçãos para toda a humanidade. Com Isabel e com toda a Igreja contemplamos este milagre da vida gerada no seio de Maria, que vem trazer a luz que ilumina as nações e é glória para todo o Israel.
Nós temos na Mãe de Jesus o exemplo e modelo de serva (de Deus e da humanidade). Se somos membros da Igreja de Cristo é porque demos sim a Jesus, como Maria também o fez e os nossos corações foram atraídos pelo coração de Deus, por Deus amor, sempre vivo, irradiante e total.
As palavras elogiosas de Isabel a Maria em sua Visitação vai muito além do que Isabel podia imaginar. Maria é “bendita entre todas as mulheres”, pois nela “o Senhor fez maravilhas”. O louvor que brota do Coração Imaculado de Maria revela a gratidão infinita de quem se sente objeto da infinita generosidade de Deus: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48-49). Também nós, todos os dias, devemos elevar o nosso próprio Magnifi cat de gratidão por todo o bem que o Senhor nos concede.
Maria é Mãe e nós somos os seus filhos. Vivamos essa relação materno-filial para nos tornarmos sempre mais semelhantes a Cristo. Guiados por Maria, havemos de tera coragem de nos centrar continuamente em Deus e na sua graça mais do que no desejo de salvarmos o mundo com as nossas próprias capacidades e forças.
Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia
Leia também
08/09/2023
Os gritos do povo brasileiro
19/05/2023
Comunicar cordialmente
16/03/2023
Francisco: “não se esqueça dos pobres...”
20/01/2023