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17/02/2020

O papel do jornal impresso em tempos de internet e redes sociais

300 edições do Jornal Encontro Semanal

O papel do jornal impresso em tempos de internet e redes sociais - Vida Cristã - Arquidiocese de Goiânia

Em uma sociedade cada vez mais imersa nas redes sociais digitais, muitos se perguntam qual é o papel da mídia impressa. Uns têm opinião formulada de que é jogar dinheiro fora, outros a veem como importante, mas não leem o conteúdo que está naquelas páginas, e há aqueles também que são fiéis à leitura impressa e a preferem. A verdade é que o papel do jornal impresso tem sido cada vez mais questionado por uma série de fatores: tempo e custos de produção, falta de atenção por parte dos leitores, o crescimento da internet, entre outros.

 

O Jornal Encontro Semanal completa 300 edições em quase seis anos de circulação. O veículo é uma prioridade na comunicação da Arquidiocese de Goiânia porque seu conteúdo tem o objetivo de alcançar todos os fiéis, os imersos nas redes sociais e aqueles que ainda não têm acesso a esses meios. Mas essas pessoas ainda existem? Alguns podem se perguntar. A resposta é sim. Embora o uso da internet cresça ano a ano no Brasil, em 2018, as pessoas que usaram internet regularmente foram cerca de 126 milhões de brasileiros, de um total de 217 milhões. Nas regiões urbanas, 74% das pessoas estão ligadas à internet e na zona rural, 49%. Os dados são da pesquisa TIC Domicílios, divulgada no ano passado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). O Encontro atende ao mandato do próprio Senhor Jesus: “Pregai o evangelho a toda criatura” (cf. Mc 16,15)

 

Outro ponto a se destacar nesse veículo de comunicação é que ele tem conteúdo pensado semanalmente para evangelizar e promover a cultura do encontro, conforme pede o papa Francisco. As reportagens de capa estão sempre em sintonia com visão pastoral do nosso arcebispo, Dom Washington Cruz, e com o caminhar da Igreja no Brasil e no mundo. Esse conteúdo exclusivo também alimenta outros meios, como a Revista da Arquidiocese, veículo que já tem mais de meio século de existência, além do site desta Igreja particular. Isso explica também por que o conteúdo do jornal é mais denso e profundo do que aquele oferecido na internet. Além de informar, seu papel é também formar e guardar para a posteridade o que vivemos na atualidade, na nossa caminhada pastoral.

 

Estudo da professora Simone Antoniaci Tuzzo, pós-doutora em Comunicação e professora efetiva do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Goiás, também contribui com esse pensamento. “Qual o papel do jornal impresso em tempos de internet e redes sociais?”. Essa foi a pergunta central que a levou à pesquisa que deu origem ao livro Os sentidos do impresso, publicado pela UFG. As pesquisas foram feitas entre os anos de 2012 e 2015 com leitores, jornalistas e editores de jornais impressos das cidades de Goiânia e de Lisboa – Portugal. Para assimilar todo o resultado da pesquisa, é importante a leitura do livro, mas apresento aqui algumas conclusões:

- A imprensa escrita assume com frequência a função de suporte para orientar o uso das outras mídias. Embora pareçam isolados uns dos outros, os meios de comunicação formam uma complexa teia que os conecta, o que contribui relevantemente para a força e representatividade de seus produtos diante da sociedade receptora. A articulação entre os meios permite a legitimação da informação que divulgam. A retroalimentação midiática garante o consumo ininterrupto das mídias.

- O jornal impresso constitui fonte de informação decisiva para alimentar diariamente outras mídias, como rádio, televisão e internet, por exemplo.

- O jornal impresso não é um veículo restrito ao público leitor de jornais, mas devemos lembrar que esses meios funcionam como mediadores entre as elites e as camadas mais populares da sociedade […].

 

No prefácio da obra, Derrick de Kerckhove, ex-diretor do Programa em Cultura e Tecnologia McLuhan na Universidade de Toronto, também reflete sobre as peculiaridades da mídia impressa, que ainda a tornam atraentes entre as novas formas de comunicação. “O mérito da matéria impressa é que ela diminui a velocidade de transferência de informação e permite tempo para a reflexão sem que ela mude. Isso tem o efeito inverso de acelerar a compreensão. Ler palavras em papel desacelera o processo de informar a uma velocidade extremamente focada. Ler a notícia no papel é como parar o mundo e navegar pelas notícias na tela, é mais como entrar nele”.

 

Cada meio, portanto, tem sua importância e juntos formam essa teia indispensável para contar histórias que evangelizam e transformam vidas. Que as 300 edições do Encontro Semanal motivem todos a valorizá-lo. A meta é cada um fazer sua parte para que essa comunicação alcance a todos, vizinhos, comericantes, executivos, viajantes e que nenhum exemplar sobre em nossas paróquias.

 

Fúlvio Costa
Jornalista e Editor do Jornal Encontro Semanal

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