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26/02/2024

Conheça o brasão do Mons. Danival Milagres

Brasão foi divulgado nesta segunda-feira, 26 de fevereiro.

Conheça o brasão do Mons. Danival Milagres - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

O Monsenhor Danival Milagres Coelho, eleito Bispo Titular de Vatarba e Auxiliar da Arquidiocese de Goiânia (GO), divulgou nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, o seu brasão episcopal.

 

O brasão foi desenvolvido pelos heraldistas Padre Patriky Samuel Batista e Camilo Alves Luís e traz uma menção à Beata Isabel Cristina, além do lema episcopal escolhido por Monsenhor Danival: “Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).

 

Os Bispos, constituídos pelo Espírito Santo como sucessores dos Apóstolos, respondem ao chamado do Senhor para estar com Ele e, por Ele, serem enviados em missão (Cf. Mc 3,13-14). Deus, amor que chama é o Senhor dá a vida e que, em comunhão, o Bispo anuncia. Deste modo, também respondem ao apelo que Jesus dirige aos Apóstolos reunidos no Cenáculo: “Manete in dilectione mea” (Jo 15, 9). Permanecei no Meu Amor!

 

Na força do Espírito Santo perpetuam a obra de Cristo, Pastor Eterno. Na verdade, Cristo deu aos Apóstolos e aos seus sucessores o mandato e o poder de ensinar todas as gentes, de santificar os homens na verdade e de os apascentar. Participando da solicitude por todas as Igrejas, os bispos exercem este seu ministério em união com o Sumo Pontífice e sob a sua autoridade, naquilo que se refere ao magistério e ao governo pastoral: todos unidos num colégio ou corpo a favor de toda a Igreja de Deus. (Cf Decreto Christus Dominus, 3).

 

O Decreto conciliar Christus Dominus, ainda destaca a importância central do diálogo na vocação e missão Episcopal: “Sendo dever da Igreja entrar em diálogo com a sociedade humana, no meio da qual vive, cabe primeiramente aos Bispos ir ter com os homens e provocar e fomentar o diálogo com eles”. O bispo é o primeiro sujeito e promotor do diálogo com os homens. Aliando para isso “a verdade com a caridade, e a compreensão com o amor”, fazendo destes diálogos humanos verdadeiros “diálogos de salvação” (Cf Decreto Christus Dominus, 13).

 

Assim, os bispos evangelizam. “…não se trata apenas de pregar o Evangelho em fronteiras geográficas cada vez mais vastas ou a populações sempre mais extensas, mas também de atingir e de modificar mediante a força do Evangelho os critérios de juízo, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que estão em contradição com a Palavra de Deus e com o desígnio de salvação” (Evangelii nuntiandi, 19).

 

O brasão episcopal sinaliza este desejo:

 

1. A Cruz ao centro representa a centralidade do mistério Pascal de Cristo na vida e ministério do novo Bispo. No centro do Brasão temos a Cruz de Cristo tendo na base as raízes destacadas. Sinal que recorda a fé da Igreja que afirma: a cruz é a verdadeira árvore da vida cujo fruto medicinal é o próprio Cristo. “A árvore da vida também era o Cristo e, de fato, Deus não queria que o homem vivesse no Paraíso sem que os mistérios das coisas espirituais lhe fossem apresentados em forma corpórea. Assim, nas outras árvores, ele recebia o alimento, e nesta, um sacramento.”¹

 

2. Tal como exorta o Apóstolo Paulo: “Assim como acolhestes o Cristo Jesus, o Senhor, assim continuai caminhando com Ele. Continuai enraizados nele, edificados sobre ele, firmes na fé tal qual vos foi ensinada, trasbordando em ação de graças.” (Cl 2, 6-7)

 

3. A Cruz, exorta Santo Agostinho, é o princípio de nossa felicidade e de nossas riquezas; ela livra-nos da cegueira do erro; ela nos faz passar das trevas à luz; ela dá paz aos vencidos; uniu a Deus aqueles que Dele apartaram-se; converteu estrangeiros em cidadãos; a Cruz encerra as discórdias, assegura a paz, e distribui todos os bens com abundância. Hoje, a Cruz está plantada, e o mundo acha-se santificado; a Cruz está levantada, e os demônios fugiram; a Cruz está levantada, e a morte findou abatida; a Cruz venceu, e a morte sofreu a derrota.

 

4. A Cruz, afirma São João Damasceno, é a chave do paraíso²; ela sustenta os débeis, cajado dos pastores, guia dos que voltam de seus extravios, perfeição

dos que se adiantam no caminho da virtude, salvação da alma e do corpo, antídoto contra todos os males, e princípio de todos os bens.

 

5. A Santa Cruz é também recordação singular do desejo de total entrega da vida. Encontramos nas palavras do rito da ordenação presbiteral a expressão deste desejo quando o neo-sacerdote recebe das mãos do Bispo a patena com o pão e o cálice com o vinho. O gesto de entrega das oblatas é acompanhado com as seguintes letras: “Recebe a oferenda do povo para apresentá-la a Deus. Toma consciência do que vais fazer e põe em prática o que vais celebrar, conformando a tua vida ao mistério da cruz do Senhor.”

 

6. Ainda se destaca na Cruz as marcas dos cravos das chagas de Nosso Senhor com especial destaque a chaga do lado, aberta pela lança. Assim encontra-se no centro da Cruz, em notório destaque, o coração flamejante, sinalizando a fonte do amor que orienta a vida do Bispo. Marcado pela chaga da lança e da coroa de espinhos, recorda o sacrifício intimamente ligado ao amor. Como lembra Santa Teresa D Ávila: “É justo que muito custe o que muito vale.” Este elemento no brasão episcopal ainda representa o zelo do Bispo pelo clero. É na solenidade do Sagrado coração de Jesus que celebramos o dia da santificação dos Sacerdotes. Como bem nos exorta o Papa Francisco peçamos ao Senhor que faça com que o nosso coração se assemelhe ao seu e que sejamos seus instrumentos para que Ele possa "passar fazendo o bem"³ a todos.

 

7.A esquerda da Cruz encontramos a folha de tamareira, também conhecida como a “Palma dos mártires”. Recordação preciosa da devoção do novo Bispo pela Beata Isabel Cristina Mrad Campos (Barbacena, 29 de julho de 1962 – Juiz de Fora, 1 de setembro de 1982).  Uma jovem brasileira do interior do estado de Minas Gerais, martirizada aos 20 anos ao se defender durante uma tentativa de estupro. “Para os cristãos, mártires são todos aqueles que sofrem perseguição e morrem por assumir o compromisso batismal de viver e anunciar o Evangelho. O símbolo que distingue um santo mártir é a palma, mais precisamente, uma folha de tamareira. Ela é chamada Palmeira Fênix, porque, na antiguidade, se acreditava que a ave mitológica nela fazia o seu ninho. Também era considerada a “árvore da vida” por ser uma das poucas que resistem ao calor do deserto. Seu fruto era carregado de significado, pois se dizia que uma única tâmara podia alimentar uma pessoa por três dias, uma vez que sua pele, sua polpa e sua semente serviriam de subsistência um dia após o outro.4Neste sentido o nosso bispo assume o episcopado consciente de que este encargo exige do pastor a fortaleza do testemunho (martírio).

 

8. À direita temos a flor de liz. Convicto da intercessão e proteção da Virgem Maria, a Senhora da Conceição, serva fiel, o bispo confia a ela o seu ministério episcopal. Ela, que é a Rainha dos Apóstolos e a Mãe da Igreja, é também modelo de discípula atenta à Palavra de Deus. Como recorda a Pastores Gregis: “o Bispo encontrará na santa Mãe de Deus uma mestra na escuta e cumprimento solícito da Palavra de Deus, no discipulado fiel ao único Mestre, na firmeza da fé, na esperança jubilosa e na ardente caridade”. O nosso Bispo nasceu na cidade mineira Senhora dos Remédios. Ciente de que Nosso Senhor Jesus Cristo é o remédio que salva a humanidade, cura os corações feridos e recupera as ovelhas dispersas, o novo Bispo conta com o auxílio da Mãe de Deus. Estando a flor de liz aos pés da cruz tal como a Virgem das Dores, este sinal também recorda a paróquia onde o eleito serviu nos últimos anos: Nossa Senhora da Piedade em Barbacena-MG.

 

9.O chapéu e as franjas são símbolos da dignidade episcopal entendida como serviço à comunidade diocesana, da qual o bispo é pastor. Lembra Jesus Cristo, cabeça da Igreja, seus 12 apóstolos, a sucessão e a colegialidade dos bispos com o Papa.

 

10. Concluído o escudo temos o lema do bispo: o modo com o qual ele deseja servir a Cristo por meio do ministério que lhe é confiado: "Manete in dilectione mea" (Jo 15, 9). Permanecendo no amor e Naquele que nos amou até o fim.

 

Texto: Pe. Patriky Samuel Batista

Heraldistas: Pe. Patriky Samuel Batista e Camilo Alves Luís

 

Brasília, 24 de fevereiro de 2024

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