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03/12/2020
O Presépio
A tradição de amor que nasceu no coração de São Francisco de Assis

A palavra presépio se origina da palavra em latim praesepium, que significa manjedoura. O primeiro presépio nasceu na Itália, no município de Greccio, que fica localizado na província de Rieti. O criador foi São Francisco de Assis que, observando as grutas, começou a refletir como aquela paisagem lembrava Belém, terra onde nasceu Jesus. De acordo com Fontes Franciscanas, São Francisco tinha um desejo de representar Jesus no dia do seu nascimento, para ver com os próprios olhos como foi o nascimento do menino e suas primeiras horas de vida. Para concretizar sua ideia, 15 dias antes do Natal, São Francisco de Assis convidou João, um homem que conhecia bem a região.
Ao ouvir a ideia, João tratou logo de preparar uma gruta para realizar o desejo do santo. No dia 25 de dezembro, em Greccio, várias pessoas ofereceram flores e tochas, para iluminar a Noite Santa. O então sacerdote Francisco, chegando ao local, viu uma manjedoura com palha, o boi, o burro e várias pessoas reunidas. São Francisco rezou uma missa sobre a manjedoura, salientando a ligação entre Jesus e a Eucaristia. Naquela época, ainda não existia figuras representativas. Por isso, as pessoas presentes na ocasião formaram um presépio vivo. Dessa forma, São Francisco de Assis iniciou uma grande obra de evangelização, uma tradição que se perpetua até os dias de hoje.
De acordo com o papa Francisco, na carta Apostólica de 2019, nomeada Admirabile Signum (Admirável Sinal): “De modo particular, desde a sua origem franciscana, o presépio é um convite a sentir, a tocar a pobreza que escolheu, para si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se assim, implicitamente, um apelo para o seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até a Cruz, e um apelo ainda a encontrá-lo e servi-lo, com misericórdia, nos irmãos e irmãs mais necessitados”.
Segundo o coordenador de liturgia da Arquidiocese de Goiânia, padre João Batista de Lima, o presépio deve ser montado no início do Advento e desmontado após a Epifania do Senhor. Porém, há, também, o costume de desmontar após a Solenidade de Apresentação do Senhor.
É importante lembrar que, na montagem do presépio, a imagem do menino Jesus deve ser colocada apenas no dia de Natal, é o que reforça o Papa Francisco: “O coração do presépio começa a palpitar, quando colocamos lá, no Natal, a figura do Menino Jesus. Assim, nos apresenta Deus, num menino, para fazer-se acolher nos nossos braços. Naquela fraqueza e fragilidade, esconde o seu poder que tudo cria e transforma. Parece impossível, mas é assim: em Jesus, Deus foi criança e, nesta condição, quis revelar a grandeza do seu amor, que se manifesta num sorriso e nas suas mãos estendidas para quem quer que seja”.
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Fonte: Carta Apostólica Admirabile Signum (Admirável Sinal).
Suzane Marques