Caminho das Sete Igrejas

No sábado, 16 de março, aconteceu em nossa Arquidiocese o Caminho das Sete Igrejas. Uma iniciativa conjunta do Setor Juventude, Serviço de Animação Vocacional e Vicariato Episcopal para a Educação. A peregrinação com a juventude iniciou com a Santa Missa na Paróquia Universitária São João Evangelista, no setor Universitário. Depois os jovens seguiram para a Paróquia São Francisco de Assis, Comunidade Santo Antônio, Paróquia Imaculado Coração de Maria, Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Reitoria Nossa Senhora das Graças e finalizou na Catedral Metropolitana, com uma bênção para cada um dos três mil jovens que viveram uma experiência muito bonita de fé e devoção. 

Em cada paróquia, os jovens eram convidados a refletir sobre algo da vida cotidiana e da vida de comunidade. Também puderam realizar adoração ao Santíssimo Sacramento e caminhar com Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira de nossa Arquidiocese e da cidade de Goiânia. A animação e acolhida do evento ficou por conta dos grupos: Guardiões de Maria e Ministério da Acolhida da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, Comunidade Shalom, Ministério Jovem Sagrada Família, Grupo de teatro Arte e Graça, Movimento Eucarístico Jovem, Setor Vida e Família, Ministério Discípulos, Grupo Rei Davi, Coral da Catedral Metropolitana, e também os padres Carlos Gomes e Marcos Rogério. 

A caminhada durou cerca de 5 horas e meia, com um percurso de 9km, e teve a participação do Arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, do Bispo Auxiliar Dom Levi Bonatto, e do Arcebispo Emérito, Dom Washington Cruz. Durante todo o trajeto os jovens contaram com mais de 20 sacerdotes para atendimentos de confissão e direção espiritual. Esta peregrinação é inspirada em São Felipe Neri, que realizava o percurso das sete Igrejas, em Roma, no século XVI. 

O Arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, quando estudante em Roma, teve a oportunidade, junto a outro sacerdote, de fazer o “Caminho das Sete Igrejas”. “Fizemos o caminho, num dia da quaresma de 1996, e sempre guardei essa referência”, diz o Arcebispo. 

Ele recorda que em 2019, durante seu pastoreio em Montes Claros, propôs ao setor juventude da Arquidiocese que organizasse, no tempo quaresmal, uma peregrinação semelhante, que foi muito exitosa. Agora, estando em Goiânia, Dom João explica que foi oportuno propor, associado à Lectio Divina, esta experiência. Já que, é um tipo de atividade religiosa muito característica ao modo dos jovens que gostam de peregrinar, que gostam de estar em grupo, que gostam de fazer visitas, de cantar pelas ruas e de celebrar a fé. Então, nós associamos esse caminho à Lectio Divina, que já aconteceu nos quatro sábados dessa quaresma. E no quinto sábado, o encerramento com o “Caminho das Sete Igrejas”. 

Em seus agradecimentos, Dom João recordou de todos que participaram da caminhada, a todos os organizadores, as paróquias, pastorais e movimentos que apoiaram a iniciativa. Também agradeceu o apoio das instituições da Prefeitura Municipal de Goiânia e da imprensa. O Arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, afirmou ainda que seu “desejo é que tenha ficado no coração de cada um daqueles que participou, o desejo de seguir Jesus Cristo, como ouvimos no Evangelho: 'Se alguém me quer servir, siga-me.' ” 

Histórico

São Filipe Neri foi um sacerdote florentino que viveu parte de sua vida e ministério na cidade de Roma, no século XVI. Recebeu o cognome de Apóstolo de Roma e, também, de Santo da Alegria. Dedicou-se ao acompanhamento e formação dos jovens e fundou a Congregação do Oratório. Entre suas iniciativas mais conhecidas está o que ele denominou “il giro delle sette chiese” ou “o Caminho das Sete Igrejas”. 

Tratava-se de uma peregrinação a pé que passava por sete importantes igrejas de Roma. Originalmente, a peregrinação era organizada em dois dias, compreendendo a Basílica de São Pedro, a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, as Catacumbas de São Sebastião, a Basílica de São João de Latrão, a Igreja de Santa Cruz em Jerusalém, a igreja de São Lourenço Fora dos Muros e a Basílica de Santa Maria Maior. Durante o itinerário, de uma igreja a outra, se rezava e se cantava. Nas igrejas, além das orações, se faziam momentos de catequese com os participantes.

Fotos: Rudger Remígio / Secom