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16/12/2022

Processo de Canonização

Os caminhos de santidade

Processo de Canonização - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

O caminho da santidade é construído no dia a dia da nossa vida e os santos nos ensinam essa verdade. Os santos são aqueles que fazem da sua vida um altar do amor. As pessoas que chegam a ser santas certamente atingiram a santidade por viverem a vida com todas as consequências da caminhada, erros e acertos, alegrias e tristezas, luzes e trevas.

 

Para sermos santos não precisamos ser perfeitos. Se fôssemos perfeitos, já seríamos santos e não precisaríamos buscar a santidade. Por meio da vida dos grandes santos da nossa Igreja, percebemos que devemos viver reconciliados com nossa humanidade, passo fundamental para se buscar a santidade. A história nos conta a vida de São Francisco de Assis que reconciliou seu lado humano com o mistério da morte, a tal ponto de chamá-la de Irmã Morte. Santa Teresinha do Menino Jesus trilhou seu caminho de santidade na obediência.

 

O Papa Francisco, em 2016, numa homilia na Casa Santa Marta, fez uma reflexão sobre o caminho de santidade para o cristão. O Santo Padre disse que “caminhar na presença de Deus de modo irrepreensível quer dizer caminhar rumo à santidade, compromisso que necessita de um coração que saiba esperar com coragem, se coloque em discussão e se abra com simplicidade à graça de Deus”.

 

Segundo o Pontífice, para se alcançar a santidade, o caminho a ser percorrido somente é sustentado por quatro elementos imprescindíveis: coragem, esperança, graça e conversão.

 

– Coragem:  “A santidade é um caminho, a santidade não se compra e nem se vende. Nem se pode presentear. A santidade é um caminho na presença de Deus, que eu devo fazer e ninguém o faz em meu nome. Posso rezar para que o outro seja santo, mas é ele que deve fazer o caminho, não eu. Caminhar na presença de Deus, de modo irrepreensível. Usarei hoje algumas palavras que nos ensinam como é a santidade de todo dia, a santidade digamos anônima. Primeiro a Coragem. O caminho rumo à santidade requer coragem.”

 

– Esperança e Graça: “A santidade não podemos fazê-la sozinhos. Não, é uma graça. Ser bom, ser santo, avançar a cada dia um passo na vida cristã é uma graça de Deus e devemos pedi-la. Coragem, um caminho. Um caminho que se deve fazer com coragem, com a esperança e com a disponibilidade de receber esta graça. E a esperança: a esperança do caminho. É tão bonito o XI capítulo da Carta aos Hebreus, leiam. Fala do caminho dos nossos pais, dos primeiros que foram chamados por Deus. E como eles foram avante. E do nosso pai Abraão diz: ‘Ele saiu sem saber para onde ia’. Mas com esperança.”

 

– Conversão: “A conversão, todos os dias: ‘Ah, Padre, para me converter devo fazer penitência, me dar umas pauladas…’. Não, não, não: conversões pequenas. Mas se você for capaz de não falar mal do outro, está no bom caminho para se tornar santo. É tão simples! Eu sei que vocês nunca falam mal dos outros, não? Pequenas coisas… tenho vontade de criticar o vizinho, meu colega de trabalho: morder um pouco a língua. Vai ficar um pouco inchada, mas o espírito de vocês será mais santo nesta estrada. Nada de grandes mortificações: não, é simples. O caminho da santidade é simples. Não voltar para trás, mas ir sempre avante, não? E com força.”

 

 

 

O processo de canonização para
que uma pessoa seja santa

 

O processo para que uma pessoa seja canonizada pode ser curto, mas também pode ser muito longo, depende das constatações que são feitas pelo Dicastério para a Causa dos Santos. O Dicastério das Causas dos Santos trata, segundo o procedimento prescrito, tudo o que diz respeito às causas de beatificação e canonização. O Dicastério dá normas especiais e assiste com conselhos e indicações os bispos diocesanos, a quem compete a instrução da causa.

 

O padre Aragonês Parreira, missionário redentorista, é o Vice-Postulador da Causa de Canonização do Padre Pelágio Sauter, missionário redentorista alemão que veio para o Brasil e dedicou sua vida na evangelização do povo goiano. Ele nos explica sobre as partes do processo de canonização.

 

 

 

– Quais são as partes do processo para que uma pessoa seja santa?
Os passos para que uma pessoa seja declarada santa na Igreja começa, primeiramente, com a fama de santidade. Essa é a primeira coisa, começa no seio da Igreja mesmo, no cotidiano da Igreja. A proclamação do povo de Deus de reconhecer como santo(a) aquele ou aquela fiel com quem teve convivência.

O segundo passo é o reconhecimento da Igreja. Esse primeiro reconhecimento é o que chamamos de fase diocesana do processo, na qual se faz uma investigação. No terceiro passo, o processo é enviado para o Vaticano, para a Santa Sé, para que seja analisado. Após o processo ser acolhido, começa uma investigação das virtudes da pessoa em virtude de santidade.

 

– Quais são os títulos que a pessoa recebe antes da canonização?
Dentro dessas etapas existem alguns títulos que são atribuídos antes da canonização que vai simbolizando cada etapa que está sendo feita desse processo de reconhecimento da santidade.

 

O primeiro é Servo de Deus ou Serva de Deus. Esse reconhecimento se dá já na abertura do processo e marca oficialmente a abertura do processo de beatificação. O segundo momento é o reconhecimento das virtudes. Quando essas virtudes são reconhecidas ele passa a ser Venerável.

 

O próximo passo é ser beatificado. Para que seja beatificado precisa de ser reconhecido um milagre. Esse milagre é reconhecido por uma equipe. Após a beatificação e a aprovação do segundo milagre vem a canonização e o título de Santo.

 

– Após a canonização, quando o santo entra no calendário litúrgico?
Já na canonização se estabelece a data da celebração e, assim, é inserido no calendário litúrgico. O que se muda é o modo de celebrar, pois sabemos que existem as Memórias, Memórias Obrigatórias, Festas e Solenidades. Em cada lugar pode mudar o modo com que se celebra cada santo, por exemplo. A Memória de São Francisco de Assis é celebrada por todos, mas, nas paróquias ou dioceses e nas casas de formação dos franciscanos em que o tem como padroeiro, ele é celebrado como Festa. A data da celebração, na grande maioria das vezes, é o dia da morte do santo.

 

 

Marcos Paulo Mota

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