Equipe de Liturgia lança 49º Curso de Canto Litúrgico

Aconteceu no último sábado, na Cidade da Comunhão, o 49º Curso de Canto Litúrgico da Arquidiocese de Goiânia. O evento foi organizado pela Escola de Ministérios, juntamente com a equipe de Liturgia da Arquidiocese. Ao todo, mais de 300 pessoas participaram do encontro de forma presencial e também on-line.

Este curso acontece em comemoração dos 40 anos do Folheto Litúrgico “Comunhão e Participação”, subsídio produzido pela Arquidiocese de Goiânia e disponibilizado para algumas dioceses do Brasil.

O 49º Curso de Canto Litúrgico traz a novidade de ser somente músicas inéditas e demorou cerca de 6 anos para ficar pronto. Compositores de nossa região e de várias regiões do Brasil se esforçaram para compor as músicas escolhidas.

O padre Valdeir Gomes, membro da equipe de Liturgia da Arquidiocese, falou sobre a importância de termos uma unidade nos cantos das nossas celebrações. “A Igreja, desde muito tempo, entende a importância da música e, sobretudo, a música litúrgica para o louvor que Deus merece e como forma do nosso louvor a Deus em unidade. Neste sentido, nossa Arquidiocese já tem essa tradição de subsídios e recursos para formar o pessoal das nossas comunidades.”

O professor José Reinaldo também é membro da equipe litúrgica da Arquidiocese de Goiânia. Ele fala da necessidade de formação das equipes de liturgia de modo geral, não somente de músicos. “Precisamos, cada vez mais, como Arquidiocese e paróquias, promover a formação em seus diferentes níveis. Precisamos, como cristãos, redescobrir o valor da Palavra de Deus, combustível que anima a fé dos diferentes ministérios que participam diretamente da liturgia, mas, também, o que os documentos da Igreja dizem sobre os diferentes momentos da celebração.”

Diversos compositores de muitos lugares do Brasil participaram da produção deste 49º Curso de Canto Litúrgico. O seminarista Vinicius Gustavo, da Diocese de Itumbiara, como formando, expressa sua alegria de doar um pouco do seu tempo para a composição de músicas para ajudar o povo a rezar. “Nós, formandos, devemos colocar nossos dons em comum, mesmo com pouco tempo que nos sobra dentro do seminário. Como futuros pastores, precisamos ajudar o nosso povo a rezar.”

A equipe de canto da Arquidiocese de Goiânia oferece pistas para você que quer também colaborar com alguma composição para o próximo Curso de Canto Litúrgico:

• Os versos do poema tenham um fraseado popular, evitando frases demasiado longas, a fim de facilitar a participação do povo na hora de cantar.
•  A letra dos hinos, na medida do possível, tenha uma métrica regular em todas as estrofes.
•  Embora a rima sozinha não seja por si só poesia, ela facilita a memorização e a execução do canto, tornando-o mais popular.
•  A melodia deve realçar bem o significado do texto, pois este tem a primazia na ação litúrgica.
•  Na composição da nova música litúrgica, a língua – por meio de seu ritmo, sua melodia embrionária e do sentido do texto – deve ser a principal fonte de inspiração.
•  Um canto litúrgico é feito, sobretudo, para ser executado pela assembleia. Por isso, devem ser evitadas notas muito graves ou muito agudas.
•  É necessário que as melodias tenham pausas de respiração suficientes, nos momentos certos.
•  Pede-se que o acento rítmico do compasso sempre coincida com o acento tônico da palavra. Sílaba não acentuada (átonas), ao caírem no tempo forte do compasso, deformam a palavra (Terrá / Horá / Diá / Lóuvor / Ámor etc.).
•  Dê-se preferência ao uso da escala diatônica. Cromatismos complicados e intervalos difíceis dificultam a execução das melodias.
•  Um canto se torna fluente não só pelo ritmo, mas também pela sua qualidade sonora do texto e da linha melódica. Sejam evitados a aglomeração de trechos melódicos desconexos e recitativos repetitivos, sem originalidade.

(Orientações retiradas do Documento de Estudos n. 79 da CNBB, sobre a Música Litúrgica no Brasil)

Marcos Paulo Mota