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23/09/2022
Construir um futuro com os migrantes e refugiados
“Não temos aqui cidade permanente, mas procuramos a futura”(Hb 13,14)

Neste último domingo do mês da Bíblia, a Igreja no mundo todo celebra o Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados. Fazendo uma retrospectiva, ano passado celebramos o 107º Dia Mundial e, na mensagem do Papa Francisco, ele nos convidou a pensar em um mundo cada vez mais cheio de “nós”, “pretendendo, assim, indicar claramente um horizonte para o nosso caminho comum neste mundo”. Ainda na mensagem de 2021, o Pontífice nos recorda que “O futuro das nossas sociedades é um futuro a cores, enriquecido pela diversidade e as relações interculturais. Por isso, hoje, devemos aprender a viver, juntos, em harmonia e paz”.
Francisco relembra também o quadro da descida do Espírito Santo sobre os apóstolos. “Encanta-me de uma forma particular aquele quadro que descreve o dia do Batismo da Igreja no Pentecostes, as pessoas de Jerusalém que escutam o anúncio da salvação logo após a descida do Espírito Santo: partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia cirenaica, colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar, nas nossas línguas, as maravilhas de Deus.”
Em maio de 2022, o Santo Padre tornou pública a sua mensagem para o 108º Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados. Nela, o Papa continua uma reflexão. Ano passado ele pediu um mundo cada vez mais cheio de “nós”. Neste ano, pede que nós possamos construir o futuro com os migrantes e refugiados. “O sentido último da nossa viagem neste mundo é a busca da verdadeira pátria, o Reino de Deus inaugurado por Jesus Cristo, que terá a sua plena realização quando Ele voltar na glória.”
Baseado no versículo “Não temos aqui cidade permanente, mas procuramos a futura”, tirado do capitulo 13, versículo 14 do livro de Hebreus, Francisco diz que “A cidade futura é uma cidade bem alicerçada, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus. O seu desígnio prevê uma intensa obra de construção, na qual todos nós devemos sentir pessoalmente envolvidos. Os dramas da história vêm lembrar-nos quão longe estamos ainda de conseguir a nossa meta”.
O Papa faz um pedido especial para toda a população mundial, especialmente para os jovens que são o futuro do mundo. “O futuro começa hoje e começa por nós. Não podemos deixar às próximas gerações a responsabilidade pelas decisões. E os jovens devem ser protagonistas deste novo começo.” Para concluir, Francisco disse: “devemos colaborar com o nosso Pai celeste na construção do futuro, façamo-lo juntamente com os nossos irmãos e irmãs migrantes e refugiados”.
Marcos Paulo Mota
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