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12/12/2024

3º Domingo do Advento

3º Domingo do Advento - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Prezada irmã, prezado irmão. Estamos trilhando o caminho do Advento. Chegamos hoje ao terceiro domingo. Na Igreja do Brasil é um dia especial para nossas comunidades fazerem sua oferta especial em favor das obras de evangelização. Informe-se e faça sua oferta. Como primeira leitura escutamos um pequeno trecho do livro de Sofonias. Este livro apresenta uma mensagem que oscila entre juízo e esperança. Após anunciar o “Dia do Senhor” como um momento de purificação e julgamento (Sf 1–2), o profeta conclui com uma visão de restauração e alegria. Em Sofonias 3,14-18a, encontramos um cântico jubiloso que celebra a presença restauradora de Deus no meio do seu povo, simbolizando o cumprimento das promessas divinas.

 

“Canta de alegria, filha de Sião!” (v. 14), diz o texto. O convite ao júbilo é dirigido à “filha de Sião”, que representa Jerusalém e, por extensão, o povo de Deus. Este clamor aponta para uma transformação radical da situação do povo, que passou do juízo à salvação. A repetição dos verbos que expressam alegria intensifica o tom festivo, marcando a intervenção de Deus como motivo de celebração. “O Senhor revogou a sentença contra ti...” (v. 15), é outra afirmação do profeta. O Senhor é descrito como um rei vitorioso que anula o julgamento sobre o povo e derrota seus inimigos. Esta imagem remete à restauração da aliança, indicando que Deus não apenas perdoa, mas também remove os obstáculos à comunhão com Ele. Sua presença no meio do povo traz segurança e elimina o medo, sinal de um relacionamento restaurado.

 

“Não tenhas medo, Sião...” (v. 16). A exortação a não temer reflete a certeza de que Deus está presente. O “Dia do Senhor”, inicialmente associado ao terror e ao juízo, agora se torna motivo de confiança. A transformação do temor em paz é fruto da ação divina que renova a relação com o seu povo.

 

“O Senhor, teu Deus, está no meio de ti...” (v. 17). Este versículo destaca a presença de Deus como guerreiro salvador e amante fiel. Ele é apresentado como aquele que exulta de alegria pelo seu povo, uma imagem profundamente afetuosa e rara nos textos proféticos. A ideia de Deus “rejubilar-se” revela o valor que Ele atribui ao seu povo, reforçando a intimidade e a proximidade divina. “Como nos dias de festa...” (v. 18a). A restauração também abrange os aspectos litúrgicos e comunitários da vida do povo. A retomada das festas e celebrações representa a renovação completa da aliança e da identidade do povo como comunidade adoradora de Deus.

 

Em conclusão, Sofonias 3,14-18a é um hino de esperança que celebra a restauração de um povo outrora sob julgamento. A centralidade da presença de Deus no meio do povo redefine sua identidade e relação com o Senhor. Para os cristãos, este texto encontra eco na alegria do Natal e no mistério da Encarnação, onde Deus habita entre nós (Jo 1,14). Nos dias de hoje, a profecia nos desafia a confiar na ação transformadora de Deus, a viver na alegria de Sua presença e a cultivar uma fé que afaste o medo e promova a celebração da vida em comunhão com Ele.

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