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25/10/2024

Segunda-Feira – São Simas e São Judas, Apóstolos

Segunda-Feira – São Simas e São Judas, Apóstolos - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Minha irmã, meu irmão. Celebramos hoje a festa dos apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. A liturgia nos apresenta um trecho da carta de São Paulo aos Efésios para a primeira leitura. A passagem de Efésios 2,19-22 representa um dos momentos culminantes da epístola, em que o apóstolo São Paulo revela a nova identidade da comunidade cristã como parte da família de Deus. Esta seção é fundamental para entender a união entre judeus e gentios (ou pagãos) na Igreja, enfatizando que ambos são co-herdeiros da promessa de Deus.

 

O uso de metáforas construtivas, como a da edificação de um templo, é central nesta passagem, pois São Paulo destaca que a nova comunidade é uma habitação espiritual, onde a presença de Deus se manifesta. São Paulo inicia afirmando que os crentes, agora em Cristo, não são mais estrangeiros ou forasteiros, mas são “cidadãos” da comunidade de fé. Essa transição da condição de excluídos para a inclusão na família de Deus reflete a realização da promessa de Deus, que abraça todos os que creem, independentemente de sua origem étnica.

 

A utilização da expressão “família de Deus” enfatiza a intimidade do relacionamento que os crentes têm com Deus e uns com os outros, promovendo a ideia de um corpo unido e acolhedor, que contrasta fortemente com as divisões sociais e religiosas do mundo. Em seguida (v. 20), Paulo introduz a metáfora da “edificação”, onde a Igreja é descrita como um edifício construído sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, com Cristo Jesus como a pedra angular. O uso do termo “fundamento” sugere a solidez e a permanência das verdades proclamadas pelos apóstolos, que garantem a autenticidade da fé cristã.

 

A “pedra angular” é uma imagem significativa, simbolizando não apenas a base estrutural, mas também a centralidade de Cristo na edificação da Igreja. Ele é a chave para a unidade e a harmonia de toda a construção, estabelecendo o relacionamento entre os crentes e entre eles e Deus. O versículo 21 expande a metáfora da edificação, afirmando que toda a construção, unida em Cristo, cresce para se tornar um “templo santo” no Senhor. A imagem do templo é rica em significado teológico, evocando a presença de Deus entre seu povo.

 

São Paulo sugere que a Igreja não é apenas um agrupamento de indivíduos, mas uma comunidade que, através da unidade em Cristo, se torna um lugar onde Deus habita. Por fim, o versículo final (v. 22) afirma que os crentes são edificados juntos, em Cristo, para se tornarem uma habitação de Deus pelo Espírito. A ideia de ser “edificados juntos” enfatiza a importância da comunhão entre os membros da Igreja, sugerindo que cada um tem um papel vital na construção do corpo de Cristo. Assim, a passagem conclui com a promessa de que a ação do Espírito Santo está ativamente presente na vida da Igreja, transformando-a em um espaço sagrado onde Deus se relaciona com seu povo.

 

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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