Você está em:
29/12/2022
Maria é Mãe de Deus e nossa
No dia 1º de janeiro a Igreja comemora o dia de Santa Maria, Mãe de Deus. É dia santo, dia de preceito e mistério. Esse título de Nossa Senhora contém toda a profundidade da nossa fé. Não é à toa que a Igreja colocou essa solenidade no primeiro dia do ano. Na Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus celebramos um dogma da nossa fé, proclamado no Concílio de Éfeso em 431 (d.C.) e que se refere à “maternidade divina de Maria”.
O Catecismo da Igreja Católica, número 89, diz que “os dogmas são luzes no caminho da nossa fé: iluminam-no e tornam-no seguro. Por outro lado, se a nossa vida for reta, a nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé”.
No Concílio de Éfeso, Papa São Clementino I definiu que: “Se alguém não confessar que Jesus Cristo é verdadeiramente Deus, e que, portanto, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, porque pariu segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja anátema”.
Na Constituição Dogmática Lumen Gentium, número 66, o Concílio Vaticano II faz referência ao dogma da seguinte maneira: “Desde os tempos mais remotos, a Bem-Aventurada Virgem é honrada com o título de ‘Mãe de Deus’, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os seus perigos e necessidades”.
“Maria, aquela que se tornou templo de Deus, morada divina. Por meio dela nos veio a vida nova de Cristo Jesus. Em cada ano que se inicia, temos o anseio de termos uma vida nova. E os votos que desejamos uns aos outros são para que tudo seja novo com Maria. Somos convidados a meditar e refletir sobre todos os fatos e acontecimentos que estão se realizando em nossa vida, porém, envolvidos com a vida cotidiana, esquecemos de nos voltar para o essencial: meditar a presença amorosa de Deus no meio de nós”, disse Dom Washington Cruz, arcebispo emérito de Goiânia, em sua homilia ao celebrar Santa Maria, Mãe de Deus no ano de 2020.
São João Paulo II, na homilia da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus do ano 2000, falou sobre a missão de cada mãe tomando como exemplo a Mãe de todos nós, Maria Santíssima. “Cada mãe possui uma análoga consciência do início de uma nova vida nela. A história de cada homem está inscrita em primeiro lugar no coração da própria mãe. Não admira que a mesma coisa se tenha verificado em relação à vicissitude terrena do Filho de Deus.”
Marcos Paulo Mota
Leia também
23/06/2023
A Custódia de Toledo
05/05/2023
O Fragmento da Coroa de Espinhos
09/03/2023
Um Tesouro Musical
20/01/2023