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09/04/2021

Ressuscitar nas nossas Galileias

Ressuscitar nas nossas Galileias - Vida Cristã - Arquidiocese de Goiânia

A homilia do papa Francisco na celebração da Vigília Pascal, em 3 de abril, apresenta elementos interessantes para as nossas experiências de ressurreição. O Santo Padre se deteve na expressão do versículo 7, do capítulo 16 do Evangelho de Mateus, “na Galileia”. Este foi o último versículo proclamado pela liturgia na ocasião e o papa faz três anúncios a partir dessa realidade. Ir para a Galileia significa recomeçar - é possível recomeçar sempre. Ir para a Galileia significa percorrer caminhos novos - Jesus não é um personagem ultrapassado, ele está vivo, aqui e agora, caminha conosco. Ir para a Galileia significa ir aos confins - Jesus, o Ressuscitado, ama-nos sem fronteiras e visita todas as situações da nossa vida.

 

Estas três facetas da ressurreição precisam ser redescobertas todos os dias. O cristão deve encontrar a Galileia de sua realidade e ali fazer sua experiência pascal. É preciso insistir nesta aproximação, nesta simplicidade, numa forma de comunicação da vida diária. É preciso encontrar a Galileia nos lugares que habitamos, nos caminhos que percorremos todos os dias, nas pessoas com quem convivemos todos os dias. É preciso encontrar a Galileia até na pandemia, para que não estagnemos na parada da morte, mas vislumbremos o desfecho que está mais além. Não podemos fechar os nossos olhos para a crueldade desta fase que estamos passando. O medo e o desânimo tendem a nos paralisar, mas o anúncio pascal é para não nos assustarmos e não termos medo. Há um ano esperávamos que neste ano fosse diferente, mas sejamos capazes de ler os eventos cotidianos a partir da luz que irradia do sepulcro vazio.

 

O papa afirma que “na Galileia, aprendemos que é possível encontrar o Ressuscitado no rosto dos irmãos, no entusiasmo de quem sonha, na resignação de quem está desanimado, nos sorrisos de quem exulta e nas lágrimas de quem sofre, sobretudo nos pobres e em quem é marginalizado”. Neste itinerário pascal, sejamos provocados a nos comprometer ainda mais com essas realidades. Não caiamos na tentação de promover um pseudocristianismo radicado nas fantasias e nos achismos, nos views, nos likes e algoritmos. Mas vivamos um cristianismo capaz de estar perto das pessoas que estão sofrendo com a ausência dos entes queridos, com a perda dos empregos, com a falta de comida, com a esperança apequenada. Somente assim viveremos a Ressurreição a partir da experiência pascal que o papa nos propõe. “Ide na Galileia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito” (Mt 16,7).

 

Marcus Tullius
Filósofo e publicitário. Coordenador geral da Pascom Brasil, membro do Grupo de Reflexão em Comunicação da CNBB e coordenador de conteúdos da TV Pai Eterno.

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