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25/08/2020
Ser Catequista é um grande chamado
Os catequistas são grandes colaboradores nessa empreitada da evangelização
Aquele que responde profundamente ao chamado de ser catequista conhece por si mesmo a beleza e a alegria dessa missão. De fato, é uma missão que se incorpora à nossa vida. Não é um momento em que apenas faço algo. O catequista vive profundamente aquele ensinamento de Nosso Senhor Jesus Cristo, quando disse: “Vós sois o sal da terra”; “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5,13-14).
O catequista, para iluminar, precisa ter experimentado a luz de Jesus no seu intelecto e no seu coração. Necessariamente, precisa ter algumas virtudes. Uma delas é a coragem. Coragem para falar a Verdade. Ensinando a doutrina da Igreja e demonstrando, com base nela, o grande amor de Deus, nosso Pai, que se manifesta no zelo e cuidado pela Mãe Igreja. Neste mundo marcado pela negação da Verdade, revolta ao sagrado, relativismos, é um grande ato de amor fazer conhecer Jesus “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14,6).
O catequista possui poderes que não imagina! Com seu testemunho e sua dedicação em ensinar, ele traz uma presença tão forte de Deus que as famílias e a comunidade verdadeiramente se transformam. É como uma pandemia do bem, começa pequena e toma conta de tudo. É importante que existam catequistas de todas as formas. O jovem, o casado, o solteiro, o vocacionado, o empresário. Catequista que é vovó, que é mamãe. Pois, cada um, no seu estado de vida, com a sua história, sendo bem convicto da fé que vive e professa, é essencial na transmissão da fé, missão tão primária da Igreja.
Que o catequista jovem exerça um profundo apostolado da amizade aos moldes de Carlo Acutis; o casado faça arder no coração de seus catequizandos o desejo de ser família, como verdadeiros homens e mulheres; o solteiro dê testemunho com suas buscas e esperas em uma vida consagrada. Que o vocacionado mostre a alegria de querer entregar-se totalmente para o serviço de Deus nos irmãos, através dos serviços sagrados; o empresário e todos os outros profissionais da vida secular mostrem sua fidelidade e sua
devoção, atuando honesta e eficientemente, sendo bons colaboradores da Providência Divina no mundo. Que a mamãe e a vovó, com seu jeito único de ensinar, amar, ouvir, ajudem a curar as famílias.
É preciso comprometer-se com o outro. Sem isso, o catequista será apenas um professor. De fato, ele é um professor, mas é também muito mais. Que o catequista nunca se esquive de seu dever de transmitir o conhecimento. Por essa razão, é preciso estar atento à necessidade de conhecer as coisas de Deus. Não pode faltar estudo e oração! Não é preciso ser doutor em nenhum assunto para assumir a missão de catequizar. Porém, é preciso ter consciência daquilo que se fala. Pois, quando o catequista não sabe o que está falando, não conquistará a confiança dos seus catequizandos e é possível notar essa inabilidade em dar respostas satisfatórias sobre os assuntos.
Dou testemunho, com grande alegria e profunda gratidão, sobre o chamado que recebi de ser catequista. Desde meus 19 anos, com turmas de crisma jovem, com os adolescentes, tenho dado e recebido muitas graças ao exercer esse ministério. É uma grande satisfação ver os frutos das sementes, que caíram em terra boa, dando seus frutos (cf. Mt 13,8). Deus digna-se de realizar através de nós. Não podemos parar, desistir ou nos cansar. “A messe é grande” (Lc 10,2), e os catequistas são grandes colaboradores nessa empreitada da evangelização.
Rodolfo Martins de Souza Moreira
Catequista - Santuário Sagrada Família
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