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10/05/2019

Vamos cantar a Páscoa?

Vamos cantar a Páscoa? - Vida Cristã - Arquidiocese de Goiânia

A vida cristã é o resultado da Páscoa. Este grande evento de reconciliação entre a terra e os céus é, portanto, o núcleo de fé de todo cristão. Dito de maneira figurada, a Páscoa é o habitat do cristão, como a primavera na sua relação com as flores. Falar da Páscoa é falar da identidade cristã, da grande festa que, estendendo-se por alegres 50 dias, marca a nossa vida como um todo, de domingo a domingo, tornando-nos cada vez mais configurados a Cristo.

Seguindo a mesma lógica, o canto pascal é também um canto de festa. O canto dos redimidos e reconciliados. O canto dos novos nascidos em Cristo pelo batismo. O canto do testemunho. O canto além-fronteiras. O canto da unidade. O canto que celebra a vitória da vida sobre a morte, uma vida que não acaba mais, pois se estenderá por toda a eternidade. A Páscoa apresenta-se como o momento oportuno de nos conformarmos a Cristo, pois, como exorta São Paulo, se com Ele morremos, também com Ele ressuscitaremos (cf. Rm 6,8).

Há muitos séculos, os cristãos do Oriente repetem este belo refrão na manhã de Páscoa, insistentemente retomado em todo o tempo pascal, a fim de deixar clara a grandeza deste acontecimento: “Cristo ressuscitou dos mortos, venceu a morte com a morte, aos que estavam no túmulo deu a Vida!” Nós, ocidentais, igualmente possuímos um vasto acervo que nos ajuda a cantar a Páscoa, com especial referência para o que encontramos na noite a que Santo Agostinho se referiu como a Vigília das vigílias. As primeiras palavras envoltas na nova luz pascal entoam: “Exulte o céu e os anjos triunfantes, mensageiros de Deus desçam cantando. Façam soar trombetas fulgurantes, a vitória de um Rei anunciado”.

De fato, as principais referências cantadas deste tempo já podem ser realçadas a partir tanto da celebração da Vigília, quando explora a riqueza das Sagradas Escrituras, quanto pelo que é celebrado no Domingo da Páscoa e nos próximos dias festivos que seguem. É um canto de louvor: “o Senhor é minha força, é a razão do meu cantar, pois foi ele neste dia para mim libertação! Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai, e o honrarei” (Ex 15). É o canto da Igreja nascente, como lembram as palavras da Sequência: “Ó cristãos, vinde, ofertai os louvores pascais! Já remiu as ovelhas o inocente, por elas reconciliando céus e terras. Vida e morte, ó duelo, ó combate mais belo: da vida o Rei morreu, mas venceu!”

 

 

 

Seguindo nosso propósito ao longo destes breves textos sobre o canto e a música no Ano Litúrgico, também gostaríamos de apresentar algumas pistas de ação, para que o nosso canto pascal se eleve agradável a Deus, qual fumaça do incenso:

 

Demonstre ser um tempo de festa e de brilho. Ao contrário do canto da Quaresma, que priorizava elementos melódicos introspectivos, o canto pascal deve ser vibrante, alegre, jubiloso. Para isso, devem-se privilegiar as tonalidades maiores e os ritmos que indiquem a festa.

 

Expresse a festa celebrada entre irmãos. É sempre legítimo aprimorarmos o serviço que prestamos a Deus e à comunidade. Por isso, são bem-vindos os instrumentos, os cantores e os animadores do canto. Para expressar a festa, no entanto, devemos nos prevenir de exageros, de excesso de volume nos instrumentos ou microfones e, sobretudo, de impedirmos o canto da assembleia. É preciso lembrar o sentido comunitário da celebração pascal, o que exige simplicidade nas melodias e escolha de um repertório que possa ser cantado por todos. Não há festa quando se exclui alguém. A assembleia reunida é a verdadeira protagonista da celebração, como corpo de Cristo congregado ao redor do altar.

 

Enfatize o aleluia. A palavra aleluia é um dos grandes símbolos da Páscoa. Arriscando-nos a uma tradução livre, pode significar “louvai a Deus”, uma expressão utilizada pelo povo eleito desde os primeiros instantes de sua caminhada de fé. Ao longo do tempo pascal, é preciso dar ênfase ao aleluia, que pode ser entoado também como refrão do Salmo Responsorial, como está indicado no Lecionário Semanal. Canta-se o aleluia e sua respectiva antífona, sem introduzir outros cantos em louvor à Palavra de Deus. O aleluia é um dos elementos que sempre nos recordam a pascalidade de cada domingo.

 

Crie um espaço para a escuta da Palavra de Deus. Entre os principais fundamentos de nossa fé cristã católica está a Palavra de Deus. O tempo pascal é especialmente dedicado à escuta da Palavra e à sua ressonância na vida dos fiéis. É muito importante que sejam valorizados cantos com fundamento bíblico, especialmente aqueles inspirados no que a Liturgia da Palavra nos oferece ao longo do tempo pascal.

 

Exercite a devoção mariana. Apesar de termos a Páscoa como centro da nossa fé, não podemos nos esquecer da importância de Nossa Senhora como exemplo de mulher pascalizada, isto é, aquela que se deixou impregnar pelo mistério pascal até o mais profundo de seu ser. Existe uma antífona mariana muito oportuna para o tempo pascal: Rainha do céu, alegra-te! Assim, ao longo deste tempo, é possível simultaneamente exercitar a devoção mariana e conjugá-la ao mistério Daquele que a tornou mãe de todos nós, seu Filho-Deus.

Equipe do Canto Liturgico 

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