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18/07/2019

Começa Muticom 2019 em Goiânia

“Muticom é uma experiência de Deus e de comunhão entre as pessoas”, afirma arcebispo de Goiânia na abertura do 11º Mutirão Brasileiro de Comunicação

Começa Muticom 2019 em Goiânia - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

O arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, declarou oficialmente aberto o 11º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom 2019) no fim da tarde desta quinta-feira (18), na Cidade da Comunhão – Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), em Goiânia. A solenidade de abertura contou com a presença de várias autoridades eclesiásticas, políticas e da sociedade civil, entre elas, o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Levi Bonatto; o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), Dom Joaquim Giovani Mol, que também é presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Therezio Amado também marcou presença.

 

Dom Washington destacou, em sua fala, o papel do Muticom para a Igreja e para a sociedade. “Um mutirão, como a própria palavra diz trata-se de uma experiência de fazer junto, em unidade, em prol de uma causa e nossa causa aqui é construir pontes através da comunicação e o Muticom é uma experiência de Deus e de comunhão entre as pessoas por isso é importante”, afirmou. 

 

Conforme disse o arcebispo para cerca de 450 participantes do Muticom neste primeiro dia de evento, a missão da Igreja é universal e a comunicação é imprescindível no processo de ação evangelizadora. “Jesus deve ser anunciado e todas as pessoas devem, pelo menos, ouvir falar dele. Nós podemos propor e oferecer a mensagem do Evangelho em todo o mundo porque é uma mensagem de paz, de misericórdia, que transforma os corações e dar à sociedade um novo rosto e uma nova vida.” Ele enfatizou ainda que a Igreja nasce de uma comunicação que vem de Deus para a humanidade e impulsiona a missão universal. Por isso, a Igreja deve estar atenta a uma comunicação plural. “Todos os meios de comunicação devem ser objeto de atenção por parte da Igreja, a fim de comunicar o Evangelho. Esse pluralismo de opções é importante, pois a juventude recebe de uma maneira a palavra de Deus, mas os meios tradicionais continuam importantes para que as demais faixas etárias da sociedade estabeleçam a comunhão.”

 

Dom Joaquim Mol também fez uma breve exposição na abertura do Muticom 2019. Ele disse que o evento é uma proposta de discutir e aprofundar temas relevantes para a sociedade e para a Igreja. Ele comentou que os presentes no evento representam o desejo de uma sociedade pautada nos princípios do Evangelho e fez um apelo aos comunicadores que participam do Mutirão. “Dom Neri José Tondello, bispo de Juína (MT) e membro da Comissão Episcopal para a Comunicação não pôde estar aqui, pois representa a comunicação em outro evento e me pediu para fazer um apelo: que vocês comunicadores profissionais, agentes da Pastoral da Comunicadores divulguem, anunciem e conscientizem sobre o Sínodo dos Bispos para a Amazônia, pois há muitas forças contrárias a este importante evento. Esse é o pedido que faço como presidente da Comissão para Comunicação da CNBB a todos os comunicadores, inclusive para que possamos acolher as orientações do papa Francisco e dos padres sinodais que estarão reunidos em prol da Amazônia brasileira.”

Dom Joaquim Mol encerrou sua fala com uma citação do papa Francisco em sua Mensagem para o 53º Dia Mundial das Comunicações Sociais. “O papa diz que as redes de comunicação não podem ser como uma teia de aranha para capturar e escravizar as pessoas, ele diz que as redes de comunicação devem existir para libertar. A comunicação que liberta as pessoas sob o fundamento da verdade, do amor, da misericórdia, do respeito às diferenças. Somos membros uns dos outros (Ef 4,25) como um corpo cuja cabeça é Cristo”, concluiu.

 

1ª Conferência: Midiatização e responsabilidades na Igreja e no mundo

A primeira Conferência do 11º Muticom foi proferida pelo jornalista e pesquisador prof. Dr. Moisés Sbardelotto, que fez referência à força das redes sociais no cenário das eleições presidenciais 2018. Ele comentou que houve uso massivo das redes sociais e a plataforma de mensagens instantâneas, por exemplo, foi um divisor de águas em relação às eleições passadas, uma vez que ela é um meio de comunicação complexo, sem mediação e interferências como as demais redes sociais.

 

Moisés também usou o termo dieta midiática para dizer que as democracias estão sendo enfraquecidas pelos próprios usuários dos meios, já que há pouca qualidade nos conteúdos que as pessoas consomem todos os dias. “Deletamos fontes de informação e consumimos sempre mais do mesmo. Há abundância de informação, mas a transformamos em escassez”, afirmou.

As ideologias também têm problematizado o papel da comunicação e das democracias, na visão do pesquisador. “Por consumirmos sempre o mesmo, estamos criando uma sociedade intolerante, movida pelo ódio, pela agressão e que declara a morte simbólica do outro”. A falta de mediadores em nossa comunicação também tem levado ao enfraquecimento da comunicação, segundo Sbardelotto. “A atual comunicação não tem intermediários e está sendo enfraquecida pela interatividade e isso tem nos direcionado para uma comunicação nebulosa e processos comunicacionais que alimentam o medo social, o medo do futuro e o medo do outro”, pontuou. Ele concluiu sua apresentação apontando caminhos para uma comunicação cristã que transforma a sociedade. “Precisamos ocupar os meios de comunicação, sobretudo as redes sociais pautadas pelos valores do Evangelho, pelos direitos humanos e tudo aquilo que nos orienta a Doutrina Social da Igreja. É preciso ainda dar voz àqueles que não têm, pois não se constrói a paz dando voz aos mesmos personagens.”

 

Lançamento do livro: Os Papas da comunicação

As professoras e pesquisadoras, Dra. Ir. Helena Corazza e Dra. Ir. Joana Puntel lançaram o livro Os Papas da Comunicação, no primeiro dia do Muticom. A obra foi publicada pela Editora Paulinas e, conforme as autoras, é uma proposta que apresenta as mensagens dos papas desde 1967 até 2019. O conteúdo faz um percurso histórico dos caminhos da comunicação, a partir do Concílio Vaticano II, refletindo sobre as 53 mensagens dos papas desde Paulo VI até Francisco. O livro está à venda durante o 11º Muticom, no estande da Livraria Paulinas e pode ser adquirido pelos participantes do evento. 

 

 


Fúlvio Costa
Fotos: Rudger Remígio e Fábio Faria

 

 

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