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16/05/2019

Igreja no Brasil

Aprovadas Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora

Igreja no Brasil - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

Cultura urbana - Novas Diretrizes apontam para uma Igreja mais próxima e acolhedora

 

De 1º a 10 de maio aconteceu, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, do Santuário Nacional de Aparecida (SP), a 57ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da qual podem participar, segundo o Estatuto da CNBB, os 323 bispos na ativa, os 171 bispos eméritos e representantes de organismos e pastorais da Igreja. Este ano, a AG teve a tarefa central de atualizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) da Igreja no Brasil para o quadriênio 2019 a 2023.

 

A versão que os bispos aprovaram na 57ª AG, produzida inicialmente pela Comissão Especial sobre a atualização das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) 2019/2023, foi objeto de sugestões e emendas dos órgãos da CNBB, como seu Conselho Permanente, dos bispos, dos organismos e pastorais da Igreja no Brasil. Sua atualização teve início ainda na 56ª AG do ano passado, quando os bispos apontaram as primeiras sugestões.

 

Diretrizes da Ação Evangelizadora

Após intenso processo de debate e acréscimos dos bispos, as diretrizes foram aprovadas na manhã do dia 6 de maio. O padre Manoel de Oliveira Filho, membro da Comissão do Texto Central sobre as Diretrizes Gerais, comentou sobre o caminho que as novas diretrizes propõem à Igreja no Brasil. Segundo ele, o centro do documento é mais uma vez um novo chamado de retorno às fontes para olhar a experiência das comunidades primitivas, e a Igreja, inspirada por elas, pode formar, no hoje da história e na realidade urbana, comunidades eclesiais missionárias. “Que essas comunidades eclesiais missionárias tenham jeito de casa, de acolhida, não uma coisa estática de paredes simplesmente, ou da estrutura física. Mas, acima de tudo, as diretrizes falam de um jeito de ser, de uma postura que lembre, evoque a ideia da casa que acolhe, que é espaço de ternura e misericórdia”, disse.

Na proposta das diretrizes, lembrou o religioso, a casa é sustentada por quatro pilares essenciais: Palavra de Deus e a iniciação à vida cristã; o pilar do Pão, que é a casa sustentada pela liturgia e a espiritualidade; o pilar da Caridade, que é a casa sustentada sobre o acolhimento fraterno e sobre o cuidado com as pessoas, especialmente os mais frágeis e excluídos e invisíveis; o pilar da Missão, porque é impossível fazer uma experiência profunda com Deus na comunidade eclesial que não leve, inevitavelmente, à vida missionária.

 

O arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, em entrevista ao Encontro Semanal, adjetivou as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora de “lindíssimas” e afirmou que se trata de um caminho a ser vivido por toda a Igreja. O bispo auxiliar Dom Levi Bonatto lembrou que o símbolo da casa, utilizado nas novas DGAE, é fundado em quatro pilares (Palavra de Deus, Pão, Caridade e Missão) “que irão sustentar a ação pastoral no Brasil”. Dom Moacir Silva Arantes, por sua vez, também comentou as novas diretrizes e afirmou que a novidade no novo texto é o próprio Jesus Cristo.

 

“A novidade na Igreja são as coisas antigas, Jesus Cristo ontem, hoje e sempre. Quando nós entendemos Jesus Cristo como a grande novidade que o mundo precisa ainda conhecer ou redescobrir –  porque existem falsas imagens – a Igreja, em suas diretrizes, quer oferecer Jesus e, também, a visão do Reino de Deus a partir da qual devemos estruturar as nossas relações humanas e institucionais.” Ele acrescentou que, embora as diretrizes sejam sempre uma continuidade, o novo texto pensa a Igreja dentro de uma cultura urbana. “Não se trata de diretrizes sobre o mundo urbano da cidade ou da zona rural, mas uma cultura urbana que se configura a partir da imagem da casa, do lar, da família, do ambiente em que todas as pessoas são chamadas a reconhecer a sua Igreja e suas comunidades eclesiais como ambiente de partilha, de encontro e cuidado das pessoas e as urgências evangelizadoras continuam como pilares desta casa”, explicou.

 

Nova presidência da CNBB

Durante a 57ª Assembleia Geral da CNBB aconteceu também a eleição da nova presidência da Conferência, realizada a cada quatro anos. O arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, 65 anos, doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália) foi eleito presidente da CNBB, após receber a maioria absoluta de votos do total de 301 bispos votantes. Além dele, compõe a nova presidência, o primeiro vice-presidente, Dom Jaime Spengler, 58 anos, arcebispo de Porto Alegre (RS), e o segundo, Dom Mário Antonio Silva, 52 anos, que é bispo de Roraima.

 

O novo secretário geral é o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Joel Portella, 65 anos. “Com muita amizade, quero saudar nosso querido Dom Sergio da Rocha, presidente; Dom Murilo Krieger, vice-presidente, e Dom Leonardo Steiner, secretário-geral, reconhecendo o bonito caminho percorrido com todas as comissões episcopais e os colaboradores da CNBB, em meio a muitas dificuldades, mas com muitos avanços. Suas importantes conquistas nos dão a condição de prosseguir e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de fazer mais, porque muito se fez nesses quatro anos. Por isso, como fiz hoje durante a missa, peço uma salva de palmas para todos eles.” Essas foram as primeiras palavras do novo presidente, referindo-se à gestão que encerrou o quadriênio (2015-2019). O novo presidente da CNBB disse também que não há nada melhor a oferecer à sociedade que o Evangelho de Jesus.

 

Regional Centro-Oeste

As mudanças também aconteceram nos 18 regionais da CNBB. No Regional Centro-Oeste, que compreende a Igreja no estado de Goiás e no Distrito Federal, a presidência eleita é encabeçada pelo bispo de Luziânia (GO), presidente Dom Waldemar Passini Dalbello; pelo bispo nomeado para a Diocese de Formosa (GO), vice-presidente Dom Adair José Guimarães; e pelo bispo auxiliar de Goiânia, secretário Dom Moacir Silva Arantes. Sobre a eleição, Dom Moacir fez comentários. “Nós estamos a serviço da Igreja e, aos poucos, vamos entendendo que ela é maior do que a arquidiocese. Existem certos serviços que nos são pedidos e nos tiram de nossa diocese durante um período, mas, para que, servindo a Igreja mais ampla, possamos servir também a nossa Igreja particular onde eu estou como bispo auxiliar”, afirmou. Dom Moacir disse ainda que seu papel como secretário do regional é ajudar a presidência a encaminhar as iniciativas que ela acha pertinentes e dar também apoio às organizações e aquilo que envolve todo o regional.

Dom Adair, Dom Waldemar e Dom Moacir

 

Comissões Episcopais Pastorais

Colaboram com a presidência da CNBB Nacional as 12 Comissões Episcopais Pastorais. Juntos, os 12 presidentes eleitos formam o Conselho Episcopal Pastoral (Consep), órgão executivo das decisões pastorais da Assembleia Geral e do Conselho Permanente e, como tal, promove e coordena a Pastoral Orgânica, em âmbito nacional. Abaixo a lista dos eleitos para o quadriênio 2019-2023.

 

Dom João Francisco Salm, bispo de Tubarão (SC), foi eleito presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada.

Dom Giovane Pereira de Melo, bispo de Tocantinópolis (TO), foi eleito para a Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato.

Dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó (SC), será o novo responsável pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial.

Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba (PR), foi reeleito para a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética.

Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André (SP), também foi reeleito para a Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé.

Dom Edmar Peron, bispo de Paranaguá (PR), conduzirá a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia.

Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio (PR), foi eleito para a Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso.

Dom José Valdeci Santos Mendes, bispo diocesano de Brejo (MA), foi eleito para a Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social Transformadora.

Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Montes Claros (MG), foi reeleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Cultura e Educação.

Dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (RS), foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família.

Dom Nelson Francelino, bispo de Valença (RJ), foi eleito para a presidência da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude para o próximo quadriênio.

Dom Joaquim Giovani Mol, bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG), foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação

 

Fúlvio Costa

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