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12/03/2018

Estava doente e cuidastes de mim (Mt 25,36)

Todos os cristãos devem cultivar a prática de visitar os doentes

Estava doente e cuidastes de mim (Mt 25,36) - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

Durante o período da Qua­resma, soa aos ouvidos, a todo instante, o forte ape­lo à conversão pessoal. É um tempo da liturgia da Igreja em que somos convidados a olhar para nós mesmos e mudar todas as es­truturas que não favorecem a con­cretização do Evangelho em nossas vidas. Na prática, isso se faz por um caminho conhecido de todos nós, embora nem sempre o coloquemos em prática. Trata-se dos três pilares: Oração, Jejum e Caridade.

A visita aos doentes é uma prá­tica evangélica, “Estava doente e cuidastes de mim” (Mt 25,36), que se configura também como prática de misericórdia corporal, portanto, está inserida em um dos pilares da Quaresma: a caridade. Nesse sen­tido, para que a Igreja de Goi­ânia viva mais profundamente este tempo, o nosso arcebis­po Dom Washington Cruz cumpre uma agenda pré-definida de visitas a hospitais presentes na Arquidioce­se de Goiânia.

Nos dias 14 a 16 e 19 do mês pas­sado, ele celebrou missas e percorreu leitos de pacientes, respectivamente, no Hospital do Rim (St. Oeste), na Maternidade Ela (St. Aeroporto), no Hospital Santa Casa de Misericór­dia (Vila Americano do Brasil), e no Hospital Infantil de Campinas. Além dos pacientes, as celebrações conta­ram com a participação de diretores dessas unidades, profissionais de saúde, estagiários, e funcionários administrativos, que se manifesta­ram agradecidos pela oportunidade de ouvirem a Palavra de Deus e rece­berem a Eucaristia, em seus locais de tratamento e trabalho.

Além das já citadas unidades de saúde, o arcebispo visitou o Hospi­tal Araújo Jorge (Setor Leste Univer­sitário) no dia 28 de fevereiro; a Clí­nica de Doenças Renais (St. Oeste), no dia 22; o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC­-UFG) no dia seguinte; o Hospital Santa Catarina(Centro), no dia 28; o Hospital do Coração (St. Oeste), no dia 1º de março; e por último o Hos­pital e Maternidade Vila Nova (St. Leste Vila Nova), no dia 2.

Após uma breve parada nas vi­sitas, para participar da Reunião do Conselho Episcopal Regional (Con­ser), no período de 5 a 8 de março, em São Luís de Montes Belos (GO), Dom Washington Cruz concedeu entrevista ao Jornal Encontro Semanal, para explicar o sentido das visitas neste período de Quaresma. Confira a íntegra.

Entrevista

1 – Dom Washington, como nasceu a iniciativa das visitas aos hospitais?

A Igreja de Goiânia procura em cada ano, concomitante à Campa­nha da Fraternidade, fazer algum gesto concreto de solidariedade e de fraternidade. E visitar os en­fermos é uma das Obras de Mise­ricórdia. Há vários anos eu tenho feito, durante a Quaresma – tempo de penitência, fraternidade e de solidariedade –, visitas aos hospi­tais, celebrando a Sagrada Euca­ristia e depois fazendo a procissão com o Santíssimo Sacramento indo abençoar cada doente em seu lei­to e seus familiares que lá estão. É uma iniciativa que encontra muito apoio da parte das autoridades dos hospitais. Para fazer essas visitas de maneira bem feita, temos uma equipe de senhoras e senhores, que preparam tudo.

2 – As visitas estão ligadas ao Sacramento da Unção dos Enfermos?

Não está ligada à Unção dos Enfer­mos porque isso pressupõe uma vi­sita mais personalizada. São os pa­dres que geralmente dão a Unção dos Enfermos e confessam quando é possível nos hospitais. Quando não é possível, os sacerdotes dão somente a Unção dos Enfermos aos doentes. A finalidade dessas visitas que estou fazendo é encon­trar aquele que sofre, dar alívio ao enfermo, dar a ele a certeza de que a Igreja está presente em seu sofri­mento e que ele não está sozinho. O enfermo precisa entender ainda que ele está acompanhado por uma multidão de fiéis que reza por ele e pelos doentes no mundo inteiro.

3 – O que o senhor espera como frutos dessas visitas?

Espero que os hospitais se abram com mais carinho para as visitas aos enfermos. Os padres se quei­xam muito das longas horas a fio que ficam esperando para entrar na UTI do hospital, para dar a Unção dos Enfermos que dura apenas cin­co minutos. Quem está na UTI não precisa de delongas. A Unção dos Enfermos é muito breve, tem seu rito próprio e não dura mais que cinco minutos, até porque a pessoa está em situação grave ou então está se recuperando, mas também tem outros enfermos ali. Por isso, o ministro tem que ser breve. E mes­mo assim os padres ficam esperan­do muito tempo para poder entrar. Aconteceu ultimamente de um pa­dre visitar um hospital quatro ve­zes no mesmo dia e não conseguir atender o enfermo e a sua família, que se encontrava na porta da clíni­ca, chorando, suplicando, para que o pai e a mãe fossem ungidos e a direção não permitiu.

4 – A visita aos doentes é uma prática que deve ser realizada também por todos os cristãos?

Sim. Todos os cristãos são filhos de Deus, membros da Igreja e se­guidores de Cristo. E Cristo disse: “Eu estava doente e cuidastes de mim” (Mt 25,36). Cristo reconhe­ce a visita que fazemos ao doente. É como se estivéssemos fazendo uma visita a ele na cruz, em seu sofrimento. Portanto, todos os cristãos devem cultivar a prática de visitar os doentes não só nos hospitais, mas também em suas residências, visitar as pessoas ido­sas que estão sozinhas e precisam da companhia dos irmãos. Que seja uma visita leve, acolhedora. Enfim, os jovens, sobretudo, deve­riam se organizar para visitar os enfermos em suas casas. Em nos­sa Igreja já há entre os projetos do Setor Juventude da Arquidiocese, os Semeadores da Alegria, que se vestem com roupas especiais para semear a alegria aos enfermos nos hospitais. Isso é muito importante e precisa se expandir.

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