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09/11/2023

“Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!”

32º Domingo do Tempo Comum

“Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!” - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

“Ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora” (Mt 25, 13). Caríssimos irmãos e irmãs, caminhando para o fechamento do ano litúrgico, o Evangelho que escutamos nos traz o elemento da vigilância, tema que durante este tempo aparecerá muitas vezes nas leituras, com um tom escatológico, isto é, de final dos tempos.

 

No evangelho vemos Jesus contar uma parábola. Trata-se duma festa de casamento em que aparecem elementos sensíveis que são úteis às necessidades dos homens, como o óleo de oliva, a luz, a lamparina. Eles são importantes, principalmente à noite para quem quer permanecer acordado, ainda mais quando se está com os convivas numa festa. O curioso é perceber que, nesta festa de casamento, quem está para chegar é o noivo, e não uma noiva. Em vez da noiva há dez virgens, divididas em dois grupos que aguardam a chegada do noivo. Dessas, cinco são prudentes e cinco são insensatas. O que tudo isso quer significar? Que o noivo é Jesus, o esperado; as dez virgens são todas as pessoas que estão se preparando para a vinda do esposo; a demora do tempo são os nossos dias, marcados de expectativa e de esperança; e o casamento é símbolo da festa final, para a qual os que seguem Jesus estão, desde já, convidados.

 

Uma figura sensível, porém, ganha destaque na parábola, é a do óleo. O azeite de oliva, na época de Jesus, além de ser utilizado na alimentação e na medicina, era usado também para a iluminação e o culto ao Senhor. Nos ritos do Templo, por exemplo, como vemos no livro do levítico, o óleo era importante, pois era preciso que tivesse lâmpadas sobre o candelabro puro, diante do Senhor (cf. Lv 24, 4), lâmpadas consumidas pelo azeite puro de olivas esmagadas, para que ali tivesse uma chama permanente (cf. Lv 24, 2).

 

A lamparina, abastecida de muito azeite e tendo ainda reserva, alude ou diz respeito à vigilância noturna. A noite, comportada de quatro vigílias, de três horas cada uma, era grande e demorada para que a luz permanecesse acesa até o amanhecer do novo dia. Muito mais do que uma simples espera, há uma responsabilidade pessoal em manter-se desperto e com a lâmpada acesa. Em provérbios se descreve que os negócios vão bem, quando vês que de noite sua lâmpada não se apaga” (cf. Pr 31, 18); e, ainda, em apocalipse: Brilhe logo em ti a luz da tua lâmpada, porque chegará o dia em que nunca mais em ti brilhará (cf. Ap 18, 23).

 

A indagação que nos advém, nessa expectativa da vinda do noivo, é se estamos tendo azeite o suficiente para manter nossa lamparina acesa. De fato, estamos à espera e em busca do noivo. Nessa espera e nessa busca, precisamos manter a lamparina acesa, sendo que não sabemos quando se dará o momento do encontro definitivo. Jesus chegará de improviso e enquanto ele não chega é preciso vigiar, porque não sabemos nem o dia e nem a hora de sua chegada (cf. Mt 25, 13).

 

Não são poucos os elementos do evangelho que nos favorecem em refletir se estamos precavidos e alertas ou se estamos ociosos, quase dormindo, diante da demora do noivo. O banquete das núpcias e de ricas iguarias começa tarde. A espera precisa ser vigilante. E não apenas ao modo de dizer “Senhor! Senhor! Abre-nos a porta”, quando na verdade parece tarde demais para adentrar à sua casa e querer participar do festim nupcial. Para que isso não aconteça, irmãos e irmãs, é preciso manter acesas as chamas da fé, do amor ao próximo e da prática da justiça.

 

Com isso, podemos questionar: Como está minha lamparina da fé, da justiça, da caridade para com o próximo? Estou sendo óleo perfumado que se consome para iluminar a vida daqueles que o Senhor colocou em meu caminho? Óleo que embalsama e se deixa ser consumido para que a Luz, que é Cristo, resplandeça? E, ainda: Como o noivo, justo juiz, me tratará se eu chegar atrasado? Chegar tarde demais para a missão que ele me confiou de realizar e encontrar somente as portas fechadas? Que Deus nos ajude a cumprir com amor sua vontade para que não venhamos a receber a infeliz notícia, pronunciada pelo próprio Senhor: “Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!” (Mt 25, 12).

 

 

Liturgia da Palavra: Sb 6, 12-16; Sl 62(63) 2, 8; Ts 4, 13-18; Mt 25, 1-13.

 

Adailson de Jesus Ramos

Seminarista da Diocese de Barreiras-BA

Seminário Maior Interdiocesano São João Maria Vianney-GO

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