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05/05/2023
Leitura Orante
Não se perturbe o vosso coração!

Queridos irmãos, estamos no 5º Domingo da Páscoa do Senhor. A liturgia de hoje evidencia a realidade da Igreja primitiva, Igreja que pouco a pouco vai se estruturando. Na primeira leitura (Atos 6,1-7), o relato é que “como cresce o número dos discípulos” (At 6,1) surge a dificuldade dos 12 atender a todos e ainda cuidar da vida de oração e da pregação. Diante das dificuldades pastorais, os Apóstolos nomeiam sete homens para ajudar no serviço aos pobres. Na segunda leitura (1Pedro 2,4-9) a Igreja é apresentada como templo espiritual em construção e os fiéis como pedras vivas, que tem seu fundamento em Jesus Cristo “a pedra angular”.
No Evangelho de João 14,1-12, o clima é de despedida. Jesus, sabendo de sua morte e, consequentemente, das perseguições que seus discípulos sofreriam, quis Ele preveni-los do desespero e da frustação, por isso todo o seu discurso é chamando os discípulos para próximo de Si, usando palavras ternas e consoladoras. Os discípulos, por sua vez, não conseguem entender o caminho proposto por Jesus, e por isso Jesus lhes respondeu “Eu sou o caminho” (Jo 14,6). Jesus é o caminho que nos leva ao Pai. Filipe, discípulo de Jesus, diz: “Senhor mostra-nos o Pai” (Jo 14,8), e a resposta de Jesus é reveladora, “Aquele que me viu, viu também o Pai” (Jo 14, 9); Jesus é a imagem do Pai.
Meus irmãos, Jesus quer nos prevenir do desespero e da frustação causado pelo pecado, por isso Ele nos convida a nos aproximarmos Dele que é o “caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Peçamos a Virgem Maria que nos ajude a permanecermos próximo a Cristo que nos liberta da frustação e do desespero.
Texto para oração: Jo 14, 1-12
1. Ambiente de oração: procure um lugar silencioso; coloque-se em uma posição cômoda. Livre-se de todas as possibilidades de distração. Invoque o auxílio do Espírito Santo, para que seja Deus mesmo a suscitar frutos na oração.
2. Leitura atenta da Palavra: o que a passagem bíblica está dizendo? Para descobrir, leia o texto da Sagrada Escritura quantas vezes for necessário.
3. Meditação livre: de acordo com o que está sendo lido, faça a sua meditação. Faça da Palavra o seu alimento espiritual. Destaque as palavras e frases que mais lhe chamam a atenção e as repita quantas vezes lhe for necessário. Enquanto Deus lhe encher de inspiração, repita aquilo que lhe chamou atenção.
4. Oração espontânea: apresente a Deus, em oração, tudo aquilo que foi suscitado na meditação da Palavra. Com verdadeira humildade suplique, agradeça, apresente sua vida, peça perdão com suas próprias palavras.
5. Contemplação: agora, sem elevar palavras a Deus, deixe os frutos da oração sejam colhidos. Esvazie-se de si mesmo e deixe que Deus te faça lembrar de todas as maravilhas que Ele te fez, principalmente aquelas cujo conteúdo está relacionado à meditação. Busque registrar sua oração, para que durante a semana seja possível relembrar o que foi rezado.
6. Ação: tudo aquilo que foi vivido, em oração, deve ser trasposto para a vida concreta. Essa é uma atitude livre de comprometimento em realizar a vontade de Deus na própria vida, o que lhe fará ser também uma pessoa melhor para os irmãos.
Uoxiton da Silva Carvalho
Seminário Maior Interdiocesano São João Maria Vianney
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