Onde voce deseja procurar?

  • Arquidiocese
  • Paróquias
  • Clero
  • Pastoral
  • Liturgia
  • Cursos
  • Comunicação

Você está em:

  1. Home
  2. Comunicação
  3. Notícias
  4. Outrora éreis trevas, agora sois luz no Senhor

17/03/2023

Outrora éreis trevas, agora sois luz no Senhor

Leitura Orante

Outrora éreis trevas, agora sois luz no Senhor - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

4º Domingo da Quaresma

 

Na liturgia de hoje as aparências são sempre questionadas, pois para Deus é o coração do homem que Lhe agrada, ou seja, a reta intenção. A primeira leitura nos mostra que o aspecto físico de Eliabe, o filho mais velho de Jessé, fez com que Samuel se equivocasse sobre a vontade de Deus, mas é em Davi que, apesar de sua boa aparência, era ainda muito jovem para governar Israel em meio às constantes ameaças de guerra que o Senhor confia a seu povo. Deus escolhe um pastor de ovelhas, pois assim como o Pastor sabe apascentar, reunir o rebanho, o rei de Israel deveria saber unir o povo de Deus. Do mesmo modo, como os patriarcas Abraão, Isaac e Jacó eram pastores, também exigia que o rei de Israel fosse um pastor, como prefiguração do próprio Cristo que é o Bom Pastor, Aquele que conduz as ovelhas para os vales tranquilos, como nos diz o salmo, dando-lhes segurança e alimento e livrando-as de todos os perigos. Como Davi, Cristo também foi rejeitado de início, mas suas ovelhas o reconhecem e se deixam conduzir. É interessante como são trocados os papéis; primeiro Davi que é um pastor e se torna Rei; em Jesus vemos o oposto, é Rei e se torna pastor para que pudesse estar próximo do Povo, salvá-lo e conduzi-lo com suas próprias mãos.

 

Na segunda leitura, São Paulo, na carta aos Efésios, relembra a comunidade de que ela era, outrora, trevas e a convida a viver sob a luz de Cristo; a expressão correta é “luz no Senhor”, ou seja, ninguém consegue brilhar sozinho. É Jesus que nos ilumina e faz resplandecer sua face sobre nós, e se refletimos a luz de Cristo somos verdadeiros cristãos. É preciso que as nossas ações resplandeçam a imagem de Cristo: o dom da Bondade, Justiça, verdade não procedem de nós mesmos, mas de Jesus, como nos diz o Apóstolo: Cristo é a luz, Cristo é a bondade, Cristo é a justiça, a verdade revelada que nos ensina a sermos sua imagem para conseguirmos evitar as obras das trevas e a cegueira do Pecado (cf. Ef 5,8-14).

 

No evangelho, o autor sagrado manifesta a cegueira dos fariseus diante de Jesus. A cegueira do Pecado é maior que a do cego de nascença, pois a cegueira física é curável, mas a cegueira da obstinação do pecado não. É interessante que no começo do Evangelho é perguntado a Jesus quem pecou para que aquele homem tivesse nascido cego, e mais à frente os fariseus também condena a cegueira daquele homem, mas somente Jesus o acolhe, somente Jesus o enxerga como ele deveria ser enxergado. No início desse texto falamos das aparências, e só Jesus, que é Deus, sabe julgar corretamente; aos discípulos ele disse: aquele homem não tinha pecado, mas a sua situação era para que a glória de Deus se manifestasse nele. Aos fariseus, que enxergavam bem, disse: se fossem cegos não teria esse pecado, ou seja, as aparências enganam os homens, mas não a Deus. O cego, que era visto como pecador, foi digno de elevação, porém os fariseus, que eram bem vistos pela sociedade religiosa, foram considerados culpados e pecadores. Se não olharmos o outro com o olhar de Jesus as aparências deste mundo irão nos iludir quanto à verdade, e tal como Davi que no início não foi reconhecido como rei, também nós não iremos enxergar a grandeza e a realeza de Jesus que, como o Bom Pastor, vem nos apascentar.

 

 

Gilvan Macêdo Gomes

Nós usamos cookies para oferecer uma melhor experiência a você quando estiver visitando o nosso site. Ao clicar em "Aceitar e Fechar", você concorda com o uso dos cookies e termos na nossa Política de privacidade.

Aceitar e Fechar