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09/09/2022
Setembro Amarelo
A vida é a melhor escolha
Desde 2014 é celebrado em todo o território nacional o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio. Neste ano, a campanha, organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, tem o lema “A vida é a melhor escolha!”. O dia 10 de setembro também é reconhecido, oficialmente, como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano.
Durante todo o mês de setembro, a Associação Brasileira de Psiquiatria realiza ações para conscientizar sobre o tema. “Precisamos orientar para conscientizar, prevenir e no mês de setembro concentramos os nossos esforços e vamos para a prevenção efetiva do suicídio”, explica o presidente da ABP, Dr. Antônio Geraldo da Silva. Segundo ele, a morte por suicídio “é uma emergência médica e pode ser evitada através do tratamento adequado do transtorno mental da base”.
Apesar de o número de suicídios estar reduzindo em todo o mundo, nos países da América os índices não param de crescer. O aumento foi de 17% no período de 2000 a 2019, segundo o relatório “Suicide worldwide in 2019” com as estimativas da Organização Mundial de Saúde – OMS. O relatório mostra ainda que “o suicídio está entre as principais causas de morte em todo o mundo”, pois acontece mais mortes por suicídio do que por “malária, HIV/AIDS, câncer de mama ou guerra e homicídio”.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, “são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois, com isso, estima-se mais de um milhão de casos”. Uma pesquisa intitulada “Violência autoprovocada na infância e na adolescência”, promovida pela Fiocruz, mostrou que, no período de 2011 a 2014, o suicídio foi a segunda principal causa de morte entre os jovens com idade entre 15 a 29 anos.
No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas morrem por dia. Há 10 anos, em 2012, o número chegou a 11.821 mortes, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres. Conforme dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM, entre os anos de 2010 e 2019, o estado de Goiás atingiu taxas de mortalidade por suicídio maiores do que a média nacional. Em 2020, o estado ocupou 5º lugar no ranking de óbitos por suicídio no país.
Mitos sobre o suicídio
- Cometer suicídio é uma decisão individual? NÃO. Quase sempre a pessoa está passando por uma doença mental que altera a sua percepção da realidade e interfere em seu livre arbítrio.
- O risco de suicídio é para o resto da vida? NÃO. O risco de suicídio pode ser tratado de modo eficaz e, após o tratamento, a pessoa não estará mais em risco.
- Quem ameaça se matar não cometerá suicídio? NÃO. A maioria das pessoas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte.
- Uma pessoa que pensou uma vez em suicidar-se pode não ter mais problemas? NÃO. Se alguém pensava em suicidar-se e, de repente, parece tranquilo, não significa que o problema passou.
- Os sinais de melhora significam que a pessoa está fora de perigo? NÃO. Um dos períodos mais perigosos é quando a pessoa está melhorando da crise.
- Falar de suicídio pode aumentar o risco? NÃO. Pelo contrário, falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia que os pensamentos sobre suicídio trazem.
- É proibido que os meios de comunicação abordem o tema suicídio? NÃO. A mídia deve tratar desse importante assunto de saúde pública e abordá-lo de forma adequada. É fundamental que a população tenha informações sobre o problema.
Para mais informações, acesse: www.setembroamarelo.com
Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Suicídio: informando para prevenir. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2014.
Larissa Costa
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