Peçamos a Deus proteção aos nossos avós e aos idosos

No dia 26 de julho, celebramos o dia de São Joaquim e Sant’ Ana, o casal abençoado, os pais de Maria, aquela que seria a mãe de Jesus, ou seja, os avós de Jesus. São Joaquim e Sant’ Ana se tornaram, assim, os padroeiros dos avós de toda a geração. Por esse motivo, no dia deles, celebramos também o dia dos avós.

O Santo padre, o Papa Francisco, instituiu em 2021, o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. Neste dia, todas as gerações são convidadas a rezar não só por seus avós, mas também por todos os idosos. Neste ano, celebraremos esta data no 17º Domingo do Tempo Comum, dia 24 de julho.

Por meio do título tirado do Salmo 92 “Dão fruto mesmo na velhice”, o papa explica que “o versículo 15 é uma boa notícia, um verdadeiro ‘evangelho’, que podemos, por ocasião do II Dia Mundial dos Avós e Idosos, anunciar ao mundo. O mesmo vai contracorrente relativamente àquilo que o mundo pensa desta idade da vida e também ao comportamento resignado de alguns de nós, idosos, que caminhamos com pouca esperança e sem nada mais esperar do futuro”.

Em sua mensagem, Francisco diz que o “Dia Mundial dos Avós e dos Idosos é uma oportunidade para dizer, mais uma vez, com alegria, que a Igreja quer fazer festa com aqueles que o Senhor, como diz a Bíblia, saciou com longos dias (Sl 91,16). Celebremos juntos! Convido-vos a anunciar este dia nas vossas paróquias e comunidades, a visitar os idosos mais abandonados, em casa ou nas residências onde estão hospedados. Procuremos que ninguém viva este dia na solidão. Ter alguém para cuidar pode mudar a orientação dos dias de quem já não espera nada de bom do futuro; e de um primeiro encontro pode nascer uma nova amizade. A visita aos idosos abandonados é uma obra de misericórdia do nosso tempo!”

Quem foram São Joaquim e Sant’Ana?

A história pouco fala deles. Os Evangelhos Canônicos, inspirados por Deus e que são reconhecidos pela Igreja por transmitir autenticamente a tradição apostólica, não falam dos avós de Jesus. No “Protoevangelho de Tiago”, evangelho apócrifo do século II, trata dos momentos da vida de Nossa Senhora, do matrimônio dos pais Joaquim e Ana, da concepção da filha após 20 anos de casados, do seu nascimento e da apresentação ao Templo de Jerusalém.

A fé sempre foi um marco na vida do povo de Deus. São Joaquim e Sant’Ana também são exemplos de fé e provam que para Deus nada é impossível. Certa vez, Joaquim foi levar suas ofertas ao Templo e foi repreendido por um homem pelo fato de não ter filhos. Diante disso, não teria o direito de apresentar as suas ofertas. São Joaquim passou 40 dias e 40 noites no deserto, em oração, entre lágrimas e jejuns, suplicando a Deus a paternidade a ele e a maternidade à sua esposa.

Memória Litúrgica

Após o Concílio Vaticano II, a memória litúrgica dos pais de Nossa Senhora foi unida em uma única celebração. Para entendermos isso, precisamos relembrar alguns anos. Em 1481, o Papa Sisto IV introduziu a festa de Santa Ana no Breviário Romano, estabelecendo a data da sua memória litúrgica em 26 de julho, que, segundo a tradição é considerado o dia da sua morte. Em 1584, o Papa Gregório XIII incluiu a celebração litúrgica de Santa Ana no Missal Romano. Em 1510, o Papa Júlio II inseriu, no calendário litúrgico, a memória de São Joaquim, em 20 de março. Depois, a data foi alterada diversas várias vezes, nos séculos seguintes. Após o Concílio Vaticano II, a data foi fixada em 26 de julho, ano de 1969. (Fonte: Vatican News).

Oração à São Joaquim e Sant’Ana

Ó São Joaquim e Sant’Ana, protegei as nossas famílias desde o início promissor até a idade madura, repleta dos sofrimentos da vida, e amparai-as na fidelidade às promessas solenes. Acompanhai os idosos que se aproximam do encontro com Deus. Suavizai a passagem, suplicando para aquela hora a presença materna da vossa Filha ditosa, a Virgem Maria, e do seu Filho divino, Jesus! Amém

Marcos Paulo Mota