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17/06/2022

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

É realizado nas paróquias da Arquidiocese de Goiânia

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

Chamada inicialmente de Fête Dieu (Festa de Deus), a Festa de Corpus Christi começou na paróquia de Saint Martin em Liége, onde vivia a belga Juliana (1193-1258), freira agostiniana, no convento de Mont Cornillon, na periferia de Liége. Na adolescência, entre seus 16 e 17 anos, começou a ter visões com a Sagrada Eucaristia, que se seguiram por anos até que, em 1230, ela con­fidenciou o segredo ao arcediago de Liége, que viria a ser o Papa Urbano IV de 1261 a 1264.

 

Entre as visões, a que ganhou maior notoriedade foi aquela em que a freira via um disco lunar, como uma lua cheia, dentro do qual havia uma parte escura, o que foi interpretado como a ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico. Então, Papa Urbano IV, por meio da Bula Transiturus, de 11 de agosto de 1264, instituiu a festa do Corpus Christi com a tríplice finalidade: honrar Jesus Cristo, pedir perdão a Jesus e protestar contra aqueles que negavam a presença de Deus na hóstia sagrada.

 

Corpus Christi é uma expressão em latim que significa Corpo de Cristo. É o nome da solenidade que celebra o mistério de Cristo vivo na Santa Eucaristia. Essa solenidade acontece sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à Quinta-feira Santa, quando Jesus se reuniu com seus Apóstolos para Última Ceia, e à ordem de Cristo de compartilhar o pão e o vinho em sua memória. Professamos a fé no mistério da Eucaristia quando ocorre a transubstanciação: os elementos (hóstia e vinho), após serem consagrados, transformam-se, em essência, na carne e no sangue de Cristo.

A celebração de Corpus Christi é composta de Missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A Hóstia consagrada na Missa, que é adorada no ostensório ao longo da procissão, é o próprio Cristo vivo no coração de Sua Igreja, no meio da comunidade. Além disso, na solenidade, temos a tradição da confecção dos tapetes para enfeitar as ruas por onde a procissão com o Santíssimo Sacramento vai passar. Esse gesto, que faz parte da piedade popular, foi trazido para o Brasil pelos portugueses, tendo início na cidade histórica de Ouro Preto, em Minas Gerais.

 

Os tapetes fazem memória à entrada de Jesus em Jerusalém, onde as pessoas o receberam, colocando ramos de oliveira para que ele pisasse. Hoje, o ostensório com a Hóstia consagrada, Cristo Vivo, é carregado pelo sacerdote, que é o primeiro a passar pelos tapetes. Só então fiéis podem pisar sobre eles, seguindo os passos de Cristo.

 

 

Corpus Christi 2022

Tradicionalmente, a Arquidiocese de Goiânia realiza uma celebração unificada na solenidade de Corpus Christi na Praça Cívica, porém, este ano, as celebrações aconteceram nas paróquias e comunidades.

 

Vale lembrar que, nos anos de 2020 e 2021, também não houve uma celebração unificada, devido à pandemia, de modo que cada paróquia, de maneira individual, fez sua celebração e os tapetes não foram feitos. Neste ano, cada igreja foi responsável por confeccionar os seus.

Mesmo cada paróquia realizando sua própria celebração, nossos bispos celebraram em algumas paróquias. Na parte da manhã, nosso bispo auxiliar, Dom Levi Bonatto, celebrou na Paróquia Menino Jesus, em Goiânia. Nosso arcebispo emérito, Dom Washington Cruz, celebrou na Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança. Ele iniciou sua homilia pontuando: “Celebrar a solenidade do Sagrado Corpo de Cristo é celebrar a instituição sacramental, sinal do amor de Deus, do amor fraterno. É celebrar o sacramento do pão que dá a vida e da palavra que também alimenta”.

                                              

Já nosso arcebispo, Dom João Justino, na parte da manhã, presidiu a Santa Missa no Santuário-Basílica Divino Pai Eterno, em Trindade. Ele explicou sobre a ligação da Festa de Corpus Christi com a Semana Santa. “Essa Festa Eucarística está profundamente sintonizada com outra festa que celebramos, talvez de modo mais singelo, em razão do contexto que é a da Semana Santa. A festa de hoje está relacionada à Ceia do Senhor, o dia que Jesus instituiu a Eucaristia”. E completou: “A celebração que inicia o Tríduo Pascal, com recolhimento próprio, porque celebramos ali a paixão e morte do Senhor, que explode na alegria da morte pascal”.

 

 

Às 17h30, Dom João Justino celebrou na Catedral Metropolitana de Goiânia e Dom Levi Bonatto concelebrou. Logo no início de sua homilia, o arcebispo saudou os presentes e as autoridades políticas que estavam na celebração. O arcebispo falou um pouco sobre a origem da festa de Corpus Christi e de sua importância para nossa Igreja. “A festa é para fazer memória de Jesus entre nós”, disse.

Durante sua fala, ele refletiu sobre as leituras da Santa Missa. Ao falar sobre o Evangelho proferido, que narra sobre o milagre da multiplicação (Lc 9,11b-17), chamou atenção a um detalhe importante. “É incrível que o evangelista escreve esse evangelho, que foi chamado de milagre da multiplicação, não usou a palavra multiplicar, e sim dividir e partilhar”, explicou. Segundo o arcebispo, o milagre não é colocado como uma mágica, uma vez que Jesus usa daquilo que já se tem, mostrando que a solução está em partilhar.

 

A partir dessa reflexão, Dom João fez um relato sobre as expressões de partilha que presenciou na Arquidiocese de Goiânia, nas paróquias que já visitou. Por fim, fez um pedido. “Vamos fazer que nossa Arquidiocese seja assim, uma igreja evangelizadora e sinodal”.

 

Após a comunhão, o arcebispo iniciou a Procissão Eucarística pelos tapetes, feitos pelos muitos membros das diversas pastorais da Catedral Metropolitana. Ao final, ele retornou à Catedral e concedeu a bênção solene. A Santa Missa contou ainda com a participação do Coral Arquidiocesano Santa Cecília.

 

Confecção dos tapetes nas Paróquias

Amaioria das paróquias da Arquidiocese de Goiânia fizeram tapetes para a Procissão Eucarística, como foi o caso da Paróquia Nossa Senhora da Conceição e do Santuário-Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, mais conhecido como “Matriz de Campinas”, em Goiânia. Valnedir Fernandes Martins, o responsável por coordenar a confecção dos tapetes no local, explicou que ficou impressionado pela quantidade de pessoas que conseguiram reunir para a ação. “Esperávamos entre 80 e 100 pessoas, recebemos mais de 150 pessoas”, disse.

Além disso, ele explicou como conseguem matéria-prima para a confecção dos tapetes. “Tivemos a ajuda de muitas madeireiras. Quando a gente chega, explica que é da Igreja, o pessoal abre o coração e vê sentido em ajudar”. Para fazer aproximadamente 650 metros de tapete, foram usados em torno de 1.000 quilos de serragem. O coordenador disse que foi muito bom poder unir pessoas das mais variadas idades e pastorais.

 

Na Catedral de Goiânia, Nara Luiza de Oliveira foi a coordenadora da organização e da confecção dos tapetes. Segundo ela, foram feitos mais de 300 metros de tapete com a presença de 100 pessoas envolvidas na confecção. Os trabalhos se iniciaram às 6h da manhã e foram concluídos por volta das 15h30 da tarde.

 

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Suzany Marques

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