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13/05/2022

Mensagem Pastoral ao Povo de Deus da Arquidiocese de Goiânia

Em preparação à Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo

Mensagem Pastoral ao Povo de Deus da Arquidiocese de Goiânia - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

MENSAGEM PASTORAL AO POVO DE DEUS DA ARQUIDIOCESE DE GOIÂNIA
Em preparação à Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo
Fazei isto em memória de mim (1Cor 11,24c)
Quinta-feira, 16 de junho de 2022.

 

Amados irmãos e amadas irmãs,

 

Na fé que nos une e na esperança que nos sustenta, dirigimos-lhes esta mensagem com o intuito de motivar todas as paróquias da Arquidiocese de Goiânia a celebrarem com júbilo a Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, no próximo dia 16 de junho. Louvamos e bendizemos ao Senhor porque nos foi possível celebrar a Páscoa deste ano de modo presencial em nossas comunidades. Após dois anos de pandemia, nossos corações ardiam de desejo de cantarmos juntos na Vigília Pascal o Aleluia, expressão solene e festiva para anunciar a Ressurreição de Jesus Cristo. Como foi bom reviver a alegria pascal em nossas comunidades e famílias!

 

Trazemos a recordação daqueles que perderam a vida quando infectados pelo novo coronavírus. A ausência de cada um é sentida. Há pessoas, ainda, em recuperação. Outras, com sequelas. Graças à vacinação, o vírus não tem mais a força letal do primeiro ano da pandemia. Percebe-se que alguns cuidados sanitários vão perdurar, mas sem nos impedir do encontro fraterno das assembleias litúrgicas. Agradecemos os incontáveis gestos de solidariedade que amenizaram os sofrimentos pelos quais passaram as pessoas nos últimos dois anos. Esperamos que perdurem e cresçam as iniciativas de fraternidade. Floresçam sempre mais as obras de misericórdia, expressão viva do reconhecimento da presença de Jesus Cristo nos mais pequeninos (cf. Mt 25,40).

 

Tempo Pascal. Estamos no Tempo Pascal, este período de cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes. Santo Atanásio convidava a celebrar com alegria e exultação estes dias como se fossem um só dia de festa, “um grande domingo”. Como é gratificante ver novamente as comunidades reunidas! No domingo seguinte à Solenidade de Pentecostes celebra-se a Solenidade da Santíssima Trindade. E, na quinta-feira seguinte, Corpus Christi. Cientes do amor à Eucaristia e do zelo de nossas comunidades em preparar esta festa para Jesus eucarístico, quisemos escrever-lhes esta mensagem com o convite para meditarmos alguns elementos da fé eucarística e sobre o modo como celebraremos Corpus Christi nas paróquias.

 

O testemunho de São Paulo. Deixemo-nos inspirar pelo relato de São Paulo à igreja de Corinto, texto próprio da liturgia de Corpus Christi: “Irmãos: o que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: ‘Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória’. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: ‘Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória’. Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha” (1Cor 11,23-36).

 

Eucaristia como memorial. Para a tradição judaica, a Páscoa é a celebração memorial da passagem da escravidão do Egito à liberdade. O livro do Êxodo evoca o acontecimento da libertação do Egito e da instituição da Páscoa: “Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações” (Ex 12,14). Para os cristãos, a Páscoa recebe um novo significado. São Paulo transmite, mais de vinte anos depois da morte de Jesus, o novo sentido dado à Páscoa. A morte de Jesus, seu corpo e seu sangue entregues na cruz é o novo memorial, que por ordem do Senhor, deve ser celebrado até que ele retorne. Cada celebração eucarística atualiza toda a vida de Jesus, especialmente sua morte e sua ressurreição. A eucaristia é o memorial de Jesus Cristo Ressuscitado, vencedor da morte. Diz São João Paulo II: “A Páscoa de Cristo, inclui, juntamente com a paixão e morte, a sua ressurreição. Assim o lembra a aclamação da assembleia depois da consagração: ‘Proclamamos a vossa ressurreição’. Com efeito, o sacrifício eucarístico torna presente não só o mistério da ressurreição, que dá ao sacrifício a sua coroação. Por estar vivo e ressuscitado é que Cristo pode tornar-Se “pão da vida” (Jo 6, 35.48), “pão vivo” (Jo 6, 51), na Eucaristia” (Ecclesia de Eucharistia, 14). Papa Francisco fala-nos da missa como um memorial onde evocamos o único e mesmo acontecimento da paixão e morte de Jesus: “Na Missa faz-se a Páscoa. Onde estamos com Jesus, morto e ressuscitado e Ele arrasta-nos em frente, para a vida eterna. Aliás, Cristo vive em nós e nós vivemos n’Ele. Se o amor de Cristo estiver em mim, posso doar-me plenamente ao outro, na certeza interior que mesmo se o outro me ferir eu não morrerei; quando vamos à Missa vamos ao calvário com Jesus. A Missa significa repercorrer o calvário, não é um espetáculo” (cf. Audiência, 22.11.2017).

 

Viver de modo eucarístico. Celebramos a eucaristia como memorial da salvação aguardando a vinda do Senhor. Isso inclui o compromisso de transformar a própria vida, fazendo-a toda “eucarística”. O ritual eucarístico não é encenação para lembrar um fato passado, mas celebração que atualiza o sacrifício redentor de Cristo e compromete os que comem do seu Corpo e bebem do seu Sangue a se doarem, também, em favor dos irmãos. Outra vez citamos Papa Francisco: “Sabemos que quando a Missa termina, tem início o compromisso do testemunho cristão. Os cristãos não vão à Missa para cumprir um dever semanal e depois esquecer-se, não! Os cristãos vão à Missa para participar na Paixão e Ressurreição do Senhor, e em seguida viver mais como cristãos: tem início o compromisso do testemunho cristão! Saímos da igreja para ‘ir em paz’ levar a Bênção de Deus às atividades diárias, aos nossos lares, aos ambientes de trabalho, às ocupações da cidade terrena, ‘glorificando o Senhor com a nossa vida’” (Audiência, 04.04.2018).

 

Eucaristia e sinodalidade. Estamos em preparação do Sínodo de 2023 convocado pelo Papa Francisco. A Arquidiocese de Goiânia, em comunhão com o Santo Padre, há de deixar-se inspirar pela sinodalidade e rever sua vida e suas estruturas para favorecer a comunhão, a participação e missão. Lembrem-se todos de que “o caminho sinodal da Igreja é plasmado e alimentado pela Eucaristia. Esta é “o centro de toda a vida cristã para a Igreja universal, para as Igrejas locais e para os fiéis cristãos”. A sinodalidade tem a sua fonte e o seu cume na celebração litúrgica e, de modo singular, na participação plena, consciente e ativa na reunião eucarística. A comunhão com o Corpo e o Sangue de Cristo faz com que, “apesar de sermos muitos, sejamos um só Pão e um só Corpo, pois todos participamos de um só Pão” (1Cor 11,17). (CTI, A sinodalidade na vida e na missão da Igreja, 47).

 

Corpus Christi em 2022. Tendo ouvido os Vigários Episcopais, ponderamos sobre algumas dificuldades de se organizar a celebração na Praça Cívica, neste ano, como de costume. Assim, estabelecemos que na Arquidiocese de Goiânia, a Solenidade de Corpus Christi neste ano de 2022 seja celebrada em todas e cada uma das paróquias. Será muito oportuno motivar as comunidades para uma festiva e participativa celebração paroquial, com ênfase no sentido da comunhão das comunidades ao redor do altar de Cristo. Dessa forma, pretende-se reforçar o caminho do retorno pós-pandemia e valorizar a instância paroquial como comunidade de comunidades alimentadas pelo mesmo Pão eucarístico. Atente-se cada paróquia para a comunhão com as outras paróquias, pois juntas e unidas formam a Arquidiocese sob o pastoreio do arcebispo, coadjuvado pelo bispo auxiliar. Organize-se em cada paróquia a devida preparação desse dia com encontros de oração nos dias precedentes. Sugerimos que se faça, nas comunidades e capelas, um tríduo preparatório com subsídio a ser oferecido pela Comissão Arquidiocesana de Liturgia. E, na quinta-feira, 16 de junho, em horário definido em cada paróquia, celebre-se a Eucaristia com solenidade e participação de todas as comunidades e, em seguida, a tradicional procissão do Santíssimo Sacramento. Sejam valorizadas as expressões da devoção popular que artisticamente enfeitam casas, ruas e avenidas para acolher a passagem de Jesus sacramentado.

 

Gesto concreto. Lembrados de que a Eucaristia se prolonga na vida partilhada com os pequeninos, pedimos que em cada paróquia, o pároco ou administrador paroquial, ouvido o Conselho Paroquial de Pastoral, proponha um gesto concreto para esse dia que envolva a todos os que forem participar da Solenidade. É oportuno colaborar, materialmente, para alguma obra ou pastoral social. Também pelo cuidado com os mais pobres fazemos a memória de Jesus. Deixemo-nos interpelar pelas palavras de São João Crisóstomo: “Queres honrar o Corpo de Cristo? Não permitas que seja desprezado nos seus membros, isto é, nos pobres que não têm o que vestir, nem o honres aqui no templo com suas vestes de seda, enquanto lá fora o abandonas ao frio e à nudez”.

 

Despedimo-nos com as melhores expectativas de que as comunidades acolherão de bom grado esta nossa mensagem. E rogamos a Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira da nossa Arquidiocese, cuja festa se aproxima, que nos acompanhe no seguimento de seu amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Pedimos a todos que orem sempre por nossa Arquidiocese, por nós e por Dom Washington Cruz, nosso arcebispo emérito.

 

Goiânia, 14 de maio de 2022.
Festa de São Matias, Apóstolo

 

+ João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano

 

+ Levi Bonatto
Bispo Auxiliar

 

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