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26/11/2021

É tempo de abrir as portas do coração

Advento: Esperar, contra toda esperança (Rm,4,18)

É tempo de abrir as portas do coração - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

“Caros filhos, eis chegado o tempo tão importante e solene que, conforme diz o Espírito Santo, é o momento favorável, o dia da salvação (cf. 2Cor 6,2), da paz e da reconciliação. É o tempo que outrora os patriarcas e profetas tão ardentemente desejaram com seus anseios e suspiros; o tempo que o justo Simeão finalmente pôde ver cheio de alegria, tempo celebrado sempre com solenidade pela Igreja, e que também deve ser constantemente vivido com fervor, louvando e agradecendo ao Pai eterno pela misericórdia que nos revelou nesse mistério” (Cartas Pastorais de São Carlos Borromeu)

 

O tempo litúrgico do Advento marca o tempo de preparação espiritual dos fiéis antes do Natal. Ele abrange quatro domingos e quatro semanas de preparação, embora a última semana do Advento seja geralmente interrompida em virtude do início do tempo do Natal.

 

Origem

A celebração do Advento evoluiu na vida espiritual da Igreja. As origens históricas deste tempo são difíceis de determinar com precisão. Em sua forma mais antiga, começando na França, o Advento era um período de preparação para uma Festa da Epifania, um dia em que os convertidos eram batizados. Em Roma, a Igreja gradualmente formalizou a celebração do Advento como um período de preparação espiritual para o Natal. O Sacramentário Gelassiano, tradicionalmente atribuído ao papa São Gelásio I, falecido em 496, foi o primeiro a providenciar liturgias do Advento para cinco domingos. Mais tarde, o papa São Gregório I, aprimorou essas liturgias compondo orações, antífonas, leituras e respostas. Já o papa São Gregório VII, falecido em 1095, reduziu o número de domingos no Advento para quatro. Finalmente, por volta do século IX, a Igreja designou o primeiro Domingo do Advento como o início do Ano Litúrgico. Apesar da história “superficial” por trás do Advento, a importância deste tempo continua se concentrando na vinda de nosso Senhor.

Foto: Cláudio Pastro

Advento vem do latim adventus, que significa vinda

 

O Catecismo enfatiza o duplo significado desta vinda: “Ao celebrar em cada ano a Liturgia do Advento, a Igreja atualiza esta expectativa do Messias: comungando com a longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo de sua Segunda Vinda” (CIC, 524).

Portanto, por um lado, os fiéis refletem e são encorajados a celebrar o aniversário da primeira vinda do Senhor a este mundo. Ponderamos novamente sobre o grande mistério da encarnação quando nosso Senhor se humilhou, assumindo nossa humanidade, e entrou em nosso tempo e espaço para nos libertar do pecado. Por outro lado, lembramos em nossa profissão de fé, que nosso Senhor virá novamente para julgar os vivos e os mortos e que devemos estar prontos para encontrá-lo.

 

Liturgia

O Advento é o ponto de partida e de chegada do Ano Litúrgico. É o tempo de expectativa diante do Cristo que irá nascer. A espiritualidade está focada na Esperança e Purificação da Vida. O ensinamento da Igreja Católica está direcionado para o anúncio da vinda do Messias e lembra a espera da humanidade, escrava do pecado, pelo libertador. Por isso, é tempo de penitência e conversão.

A cor predominante é a roxa, mas recomenda-se a rósea no 3º Domingo do Advento. A cor rosada no altar, na mesa da Palavra e nas vestes litúrgicas lembra-nos uma espera alegre, enche nossos corações de esperança e nos ajuda a distinguir do Tempo Quaresmal, marcado pelo roxo de penitência.

Embora seja difícil manter, em mente, o essencial em meio a compras, luzes, papai noel, decorações, em contrapartida, é claro, de que estamos ainda vivendo em um período de pandemia e, com ela, diversas crises nos campos emocional, físico e financeiro, o Advento aspira ser uma época de reflexão, espera, jejum e penitência, muito parecida com a Quaresma e há diversas maneiras de aprofundarmos. Nosso exílio no presente nos faz ansiar por nosso futuro Êxodo. E nossa própria inclinação ao pecado e necessidade da graça nos levam a orar para que o Espírito Santo renove sua obra em nos conformar à imagem de Cristo Salvador. Assim poderemos bradar em alta voz: “Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,20).

 

“Por isso, a Igreja, como mãe amantíssima e cheia de zelo pela nossa salvação, nos ensina durante este tempo, com diversas celebrações, com hinos, cânticos e outras palavras do Espírito Santo, como receber convenientemente e de coração agradecido este imenso benefício e a enriquecer-nos com seus frutos, de modo que nos preparemos para a chegada de Cristo nosso Senhor com tanta solicitude como se ele estivesse para vir novamente ao mundo. É com esta diligência e esperança que os patriarcas do Antigo Testamento nos ensinaram, tanto em palavras como em exemplos, a preparar a sua vinda” (São Carlos Borromeu).

 

1º Domingo do Advento (28 de novembro):

– Vigilância na espera do Senhor.

– “Vigiai e estai preparados, porque não sabeis a que hora virá o Filho do homem” (Mt 24,42-44).

– Primeira vela da Coroa do Advento como sinal de vigilância e desejo de conversão.

 

2º Domingo do Advento (5 de dezembro):

– Conversão.

– “Fazei penitência, porque está próximo o reino dos céus. Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt 3,2-3).

– Reconciliação com Deus.

– Segunda vela da Coroa do Advento, como sinal do processo de conversão que estamos vivendo.

 

3º Domingo do Advento (12 de dezembro):

– O sim de Maria.

– “Faça-se em mim segundo a vossa palavra”: meditação sobre o papel que a Virgem Maria desempenhou e devoção a ela mediante o rosário.

– Terceira vela da Coroa do Advento, como sinal de esperança e alegria. É o Domingo Gaudete.

 

4º Domingo do Advento (19 de dezembro):

– O anúncio do nascimento de Jesus a José e Maria.

– “Eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria como tua esposa, porque aquele que foi nela concebido é obra do Espírito Santo” (Mt 1,20).

– Espera da grande festa, já tão próxima!

– Quarta vela da Coroa do Advento.

 

Fernanda Freitas

 

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