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02/06/2020

Pentecostes celebra a vinda do Divino Espírito Santo

​Coroação da Páscoa de Cristo e o nascimento da Igreja

Pentecostes celebra a vinda do Divino Espírito Santo - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

Cinquenta dias após a Páscoa, a Festa de Pentecostes celebra o dom do Espírito Santo, enviado por Deus à Igreja, cumprindo a promessa de Jesus aos seus discípulos: “...recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra (At 1,8).

 

 

Depois da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre e ficaram cheios de medo dos que o crucificaram e perseguiam os seus seguidores. Viviam juntos, mas isolados do mundo. No Dia de Pentecostes, os discípulos de Jesus estavam reunidos em Jerusalém, com Maria, mãe de Jesus, em oração. Durante a celebração, ouviu-se um ruído, “como se soprasse um vento impetuoso” e “línguas de fogo” pousaram sobre os apóstolos. Segundo o relato bíblico, todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas. Esses sinais externos são descritos no livro dos Atos dos Apóstolos. Tudo mudou depois que o Espírito Santo, dom de Deus, veio até eles, encorajando-os para a missão de levar a Boa-Nova a todos os povos.

 

Origem

Pentecostes era, em sua origem, uma festa agrícola judaica, de celebração da colheita (Êxodo 23,14), dedicada apenas a Javé (Dt 16,10). Dia de alegria e ação de graças, de encontro das famílias e de partilha com os mais necessitados. Também era chamada Festa das Semanas, por ser celebrada sete semana (cinquenta dias) depois da Páscoa. Era uma festa ecumênica, aberta a todos os produtores e seus familiares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Dt 16,11). Enfim, todo o povo apresentava-se diante de Deus.

 

Em meados do século V antes de Cristo, a Festa de Pentecostes passou a celebrar o Dom da Lei no Sinai (Ex 19,1-16), a Festa da Aliança entre Deus e o povo. Com base no conhecimento das tradições e costumes judaicos a respeito de Pentecostes, o evangelista Lucas propôs a celebração de um novo Pentecostes: a presença do Espírito Santo guiando a missão dos evangelizadores no anúncio da Palavra.

 

A celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente.

 

Os Setes Dons
Segundo nosso Catecismo, são sete os dons do Espírito Santo, encontrados em sua plenitude em Cristo, mas também presentes nos batizados, por sua participação na vida sobrenatural do Ressuscitado. São eles: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.

 

Sabedoria: esse dom como que nos emudece diante das maravilhas de Deus. Ele faz sentir e saborear com docilidade os mistérios de Deus, concedendo-nos uma compreensão não humana dos mistérios e da grandeza divina. É considerado o maior de todos os dons, porque eleva o homem a uma experiência sobrenatural de Deus. Diz o Senhor: “Feliz aquele que encontrou a Sabedoria…” (Pv 3,13).

 

Entendimento: também conhecido como dom de Inteligência, é o dom que nos faz penetrar na Verdade Divina. Concede-nos um conhecimento que não está limitado ao esforço humano, mas ultrapassa, dando-nos a conhecer a Verdade que, simplesmente pela razão humana, não temos conhecimento.

 

Conselho: é o dom que nos faz agir com esperteza e nos faz escapar das astúcias dos nossos inimigos, muitas vezes, fazendo-nos escapar dos olhos da prudência simplesmente humana. Concede-nos a maneira certa de proceder diante de algumas situações que poderiam pôr em risco o caminho rumo à salvação.

 

Fortaleza: é o dom que nos move a executar o que nos ensina o conselho, tendo como finalidade a maior glória de Deus, apesar dos sacrifícios exigidos para isso. É, frequentemente, encontrado na vida dos mártires, aqueles que, conduzidos por uma força divina, deram a vida por Cristo.

 

Ciência: esse dom está ligado intimamente com a Providência Divina, pois, pelo Dom de Ciência, conseguimos ver a mão de Deus nos acontecimentos mais ordinários do cotidiano. É característico na vida de alguns pregadores, dos santos doutores e dos diretores espirituais, cuja missão é propagar a fé e conduzir as almas.

 

Piedade: é o dom que nos faz tratar as coisas de Deus como sagradas, e a ele mesmo com simplicidade, confiança verdadeira, como um filho deveria tratar o seu Pai. A piedade nos ajuda a entender o nosso lugar de filhos para com Deus e nos faz tratá-lo como Pai.

 

Temor de Deus: não é um dom que nos faz ter medo de Deus, mas, em tudo, nos faz querer agradar-lhe. É característico na vida de todo cristão batizado, que busca moldar a sua vida de acordo com a Lei de Deus.



(Fonte: comunidade.cancaonova.com)

 

“Vivemos o tempo da Igreja, que é o tempo do Espírito Santo”


“Em Pentecostes, os discípulos que estavam com Maria em oração, aguardando as promessas do Senhor, recebem um dom, que o Evangelho de São João nos apresenta.  É um dom pascal: a vinda do Espírito Santo sobre eles. Com Pentecostes nós temos o início da missão da Igreja, onde o Senhor Jesus continua agindo, na força do seu Espírito Santo.

Por isso, para nós, é tão importante essa data. Nela celebramos a Igreja que assume o protagonismo, conduzida pelo Espírito Santo, de realizar a missão que Cristo lhe confiou. Nós vivemos o tempo da Igreja, que é o tempo do Espírito Santo.”

 

Somos a Igreja do Senhor

“A Igreja não são apenas os bispos, os padres, os diáconos; a Igreja é a comunidade dos fiéis, renascidos na graça de Deus pelo batismo. Cada um de nós, na sua realidade, no seu alcance, deve ser a manifestação viva da presença de Jesus. E a presença do ressuscitado é a garantia da vitória sobre o medo, a insegurança e a morte.”

 

Ter paz é possuir o céu dentro de si
“Pentecostes é um evento ligado diretamente à ressurreição de Cristo. É o ressuscitado aquele quem dá o Espírito Santo, que é Espírito de Jesus, que é o espírito da Trindade. O amor da Santíssima Trindade.

O Evangelho de São João fala-nos de três dons que o ressuscitado nos concede. O primeiro é o dom da paz. Vitorioso sobre a morte, ele visita a sua comunidade e transmite-lhe esse dom: ‘Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: A Paz esteja convosco’. A paz que o texto nos fala é o Shalom, que significa a plenitude dos bens do céu dentro dos discípulos. Jesus, então, transmite aos seus discípulos aquilo que é o bem maior, que é a presença de Deus. E Deus se faz presente dentro de nós pela força do Espírito Santo. Por isso, a paz é o primeiro dom: possuir o céu dentro de si.”

 

A alegria de vencer o medo
“O segundo dom do ressuscitado é a alegria. Como vemos no versículo 20, os discípulos se alegraram por ver o Senhor. A alegria é o maior sinal de que o medo foi vencido. Quando a alegria toma conta do nosso coração, dissipando as tristezas e o medo, nós percebemos que a vida oferece muitas possibilidades. E é justamente isso que os discípulos percebem. Com a ressurreição de Jesus, a morte é vencida e abre-se para eles a possibilidade de um mundo novo, de uma vida nova. E essa paz e essa alegria são fundamentos da presença de Deus, que vêm do Espírito Santo.”

 

O Dom do Espírito Santo
Por isso, o terceiro dom pascal que o Evangelho de São João nos apresenta é justamente o Espírito Santo. No versículo 22, está escrito: ‘Dito isso, soprou sobre eles e falou: recebei o Espírito Santo’.  De fato, o Espírito Santo é a presença de Deus, agindo agora, não fora, mas dentro de nós. Dentro da sua Igreja, a partir dos discípulos. E, uma vez que nós possuímos o Espírito Santo, tornamo-nos capazes de realizar as obras de Deus. Sendo a Igreja e cada um de nós um canal da graça. Um instrumento de transformação. Não somente da nossa realidade, mas também da realidade e da vida de outras pessoas.”

 

Reconciliação

“A Igreja é criada por Jesus com o intuito de comunicar a todos os povos a graça de Deus, que nos foi trazida por Jesus Cristo. Por isso, a graça maior é a reconciliação. Por isso, o Evangelho deste domingo termina com essa afirmação de Jesus à Igreja, aos discípulos: ‘A quem perdoardes os pecados, eles serão perdoados. A quem os retiverdes, eles serão retidos’. E por que o perdão dos pecados? Porque é justamente o pecado o grande impedimento de vivermos a vida que Deus sonhou para nós: a vida na graça, a vida na paz, a vida da alegria.”

 

Companheiro na luta contra o pecado

“Quando o pecado entra na vida de uma pessoa e de uma comunidade ou de uma sociedade, ele rouba a paz, a alegria. Cristo veio para a redenção do mundo e, pelo seu oferecimento na cruz, num ato e gesto pleno de amor a Deus, reconciliou a humanidade, abolindo o pecado. E se nós nos unimos a Cristo, nós vencemos o pecado, para vivermos a vida que Deus deseja para nós.

E o Espírito Santo, que nos foi comunicado por Jesus, o Espírito Santo que recebemos no Batismo, o Espírito Santo que nos fortalece na Crisma, o Espírito Santo que age em todos os sacramentos da Igreja para nossa santificação, é o nosso companheiro nesta vida.”

 

Somos templo e instrumento do Espírito Santo

“Que neste domingo de Pentecostes você renove o seu Batismo, a sua Confirmação, o seu desejo de ser Templo do Espírito Santo e instrumento da ação santificadora dele, na sua família, nos seus relacionamentos e também no mundo em que nós estamos vivendo.

Que o Espírito Santo ilumine a humanidade, neste momento tão difícil, em que a paz tem sido roubada do coração de tantas pessoas; em que a alegria tem cedido espaço para o medo e a tristeza.

 Que o Espírito Santo possa, através dos cristãos, incendiar o mundo com verdadeira e santa alegria e devolver a paz aos corações. Que ele nos ajude a encontrar os caminhos para vencermos a pandemia e as suas consequências para a vida da comunidade.”

 

Eliane Borges

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