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25/11/2024

Terça-feira da 34º Semana do Tempo Comum

Terça-feira da 34º Semana do Tempo Comum - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Minha prezada irmã, meu prezado irmão, continuamos a escutar textos do livro do Apocalipse de São João apresentado para a primeira leitura da liturgia. Em Apocalipse 14,14-19, temos a visão da colheita e da vindima, que simbolizam o juízo final. São João vê “um como filho de homem” sentado em uma nuvem branca, com uma coroa de ouro e uma foice afiada, representando Jesus Cristo como juiz soberano. A “nuvem branca” simboliza sua glória e pureza, enquanto a “coroa de ouro” indica sua autoridade régia. A foice é o símbolo da separação entre justos e ímpios, um processo de colheita que é tanto uma reunião dos fiéis quanto um julgamento para os que não pertencem ao Senhor.

 

Um anjo sai do templo, clamando ao Filho do Homem que use sua foice, pois “a colheita da terra já amadureceu”. Esse amadurecimento representa o momento em que a plenitude dos tempos chegou, em que a humanidade está pronta para enfrentar o juízo. A colheita dos fiéis é uma imagem de esperança para aqueles que aguardam a salvação e o cumprimento das promessas divinas. Em contraste, outro anjo também com uma foice afiada aparece para executar uma segunda colheita, acompanhada de um clamor que o chama a colher os cachos de uvas, pois “as uvas estão maduras.”

 

A imagem da vinha e dos cachos maduros, que são lançados “no grande lagar da ira de Deus”, simboliza o julgamento dos ímpios. O “lagar” é uma metáfora para a ira divina e a justiça, onde o sangue das uvas esmagadas reflete o juízo sobre aqueles que se opuseram a Deus. Este aspecto do texto sublinha a seriedade do julgamento, uma consequência da rejeição do Evangelho e da vida em desobediência.

 

Para a teologia, esse trecho do Apocalipse revela o duplo aspecto do juízo final: a salvação para os fiéis e a condenação para os que rejeitaram a Deus. Ele nos lembra da necessidade de vigilância e fidelidade, sabendo que nossas escolhas têm consequências eternas. Para os cristãos, este texto é um convite a viver em santidade e comunhão com Deus, aguardando com esperança o retorno de Cristo, que virá com justiça e misericórdia para aqueles que o servem com sinceridade.

 

Essa passagem de Apocalipse 14,14-19 traz uma mensagem poderosa e relevante para os dias atuais, convidando-nos a refletir sobre nossa fidelidade a Deus e a vivência de valores eternos. A imagem da colheita e do juízo final nos desafia a considerar as escolhas que fazemos diariamente, lembrando que, assim como uma colheita, nossas ações produzem frutos que um dia serão examinados. Esse texto nos chama à responsabilidade de viver conforme o Evangelho, cultivando a fé, o amor ao próximo e a integridade, em um mundo frequentemente marcado pela injustiça e pelo egoísmo.

 

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva

Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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