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25/06/2021

A fé não é quietude

A fé não é quietude - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

A fé é paixão, não quietude. Para nós o que é ter fé? É ter vida fácil, caminhar sem risco? Não! É um risco, mas que não é por nossa conta, porque temos certeza de que avançamos com Ele, o Mestre. E diremos como São João da Cruz, místico de Ávila: “Se me colhe a tempestade e Jesus vai dormir na minha barca, nada temo, porque a Paz está comigo”!

 

A bela e tremenda cena da tempestade acalmada (cf. Mc 4,39) traz-nos à mente aquele fim de tarde do dia 27 de março de 2020, quando o papa Francisco, debaixo de uma chuva “miudinha”, atravessou sozinho a Praça de São Pedro, em plena explosão da pandemia, para nos fazer chegar à outra margem… A escolha deste Evangelho, para interpretar aquela hora dramática, deu voz à nossa esperança de que, apesar da tempestade, Deus continua a fazer germinar sementes de bem na humanidade.

 

Demo-nos conta então de estarmos todos no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas, ao mesmo tempo, todos importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos necessitados de mútuo encorajamento. E, neste barco, ninguém se salva sozinho. Deus é o Senhor do Universo e governa-o com o Seu poder e sabedoria. Contemplemos as maravilhas da natureza e reconheçamos humildemente a soberania absoluta de Deus e a sua admirável sabedoria: Deus sabe mais e os seus desígnios, que são sempre justos, ultrapassam a nossa pobre compreensão e os nossos acanhados pontos de vista.

 

Procuremos reavivar a nossa fé. São Paulo é para nós modelo de amor a Cristo. Convertido na estrada de Damasco procurou entregar toda a sua vida a Jesus. Sem olhar a sacrifícios e dificuldades pregou o Evangelho por muitos lugares, deixando-se conduzir pelo Espírito Santo. Podia, por isso, exclamar: o amor de Cristo nos pressiona. O seu desejo era que todos conhecessem e amassem a Jesus. Sentia o desejo de que todos vivessem para Cristo, que morreu e ressuscitou por eles, e se tornassem nele nova criatura.

 

Temos também que viver este amor a Cristo e trabalhar para que todos O amem de verdade. Não podemos cruzar os braços desanimados. A renovação do mundo depende do nosso amor a Jesus. As dificuldades que encontramos não podem levar-nos a cruzar os braços. O espetáculo de tantos que vivem afastados de Jesus, de tantos que o combatem promovendo um estilo de vida contrário ao cristianismo, em vez de desanimar-nos, há de incentivar a nossa ânsia de trabalhar mais por Ele, rezando, dando exemplo de fé e falando de Jesus. Tenhamos certeza, contudo, que ir com Cristo não é navegar em águas mornas. Mas, estejamos certos também que, apesar das tempestades, Deus está sempre conosco e continua a fazer germinar sementes de bem na humanidade.

 

Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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