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15/05/2020

É este o tempo favorável, é este o dia da salvação (2Cor 6,2)

É este o tempo favorável, é este o dia da salvação (2Cor 6,2) - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Caros irmãos e irmãs, A nossa história é feita da sucessão dos fatos que, ao longo de um tempo, se desenrolam em nossa vida. Para quem tem fé, a história é muito mais que essa sucessão de acontecimentos, ela é o lugar da presença e da manifestação de Deus e de seu amor, por isso, é história de salvação. No seu infinito amor, o Senhor age na nossa história e é capaz de aproveitar mesmo aquilo que não é da sua vontade, para que tudo concorra para nosso bem, a nossa salvação. Isso significa que, independente da qualidade imediata dos fatos, se bons ou ruins, fáceis ou difíceis, tudo se converte em instrumento da ação do amor salvador do Senhor em nossas vidas.

 

Quando vivemos uma situação difícil, exigente ou mesmo sofrida, muitas vezes não conseguimos manter os olhos fixos em Jesus e, por isso, deixamos de contemplar nossa história como lugar da revelação do amor de Deus e da salvação que ele opera em nossas vidas. Nessas circunstâncias, duas tentações podem nos assolar e se propor como saída para o nosso sofrimento, configurando-se, na verdade, como uma espécie de fuga.

 

A primeira delas é a nostalgia do passado. Diante de um presente incômodo, exigente, sofrido, somos tentados a fugir da lembrança do que aconteceu no passado e ficar murmurando: “quando era assim” ou “oxalá hoje fosse como era o ano passado”. Fazendo assim, ficamos estacionados em uma lembrança de algo que já passou e não se repetirá.

 

A segunda tentação é a projeção ideal do futuro. Quando somos confrontados com uma situação difícil, somos tentados a idealizar o futuro, a saltar o passado e a procurar o ideal sem enfrentar a dificuldade atual, repetindo para nós mesmos: “quando tudo isso passar” ou “quando tudo voltar ao normal”. Assumindo essa postura, desviamos nosso olhar do que está acontecendo e desperdiçamos o que o presente nos oferece.

 

Devemos rejeitar essas duas posturas, da fuga no passado ou no futuro, e assumir o presente, com tudo aquilo que ele nos oferece, como lugar da salvação. O que está acontecendo hoje, com todas as suas exigências, é o momento favorável em que Deus quer agir com seu amor em nossas vidas e nos salvar. Por isso, devemos nos concentrar no que estamos vivendo, procurar compreender a presença e a ação de Deus e cooperar com as nossas ações para que a graça de Deus possa trabalhar em nossa conversão e santificação. Por isso, gostaria de apontar quatro atitudes concretas que nos ajudam a assumir a parcela de responsabilidade que nos cabe.

 

A primeira é a oração: devemos rezar para encontrar em Deus e na comunhão com ele a força e as luzes necessárias. A segunda é a meditação: para cooperarmos com Deus e com a sua graça, devemos compreender o que ele nos pede; além de nos ajudar a compreender os mistérios de nossa fé, a meditação nos ajuda a entender os fatos de nossa vida, sobretudo se formos iluminados pela luz de Deus na oração. A terceira é o discernimento: devemos nos empenhar para discernir o que é bom e o que é mal, certo ou errado, para sabermos como atuar em cada uma das situações. Por fim, devemos tomar a decisão de traduzir em ação aquilo que compreendemos na oração, por meio de um propósito concreto.

 

Fazendo assim, não tenho dúvidas de que este tempo exigente, que cada um de nós vive, servirá como momento favorável, tempo de salvação. Por isso, ergamos nossa cabeça, evitemos as fugas e nos empenhemos para continuar nosso caminho com o Senhor. Ele e Nossa Senhora estão conosco.

 

Dom Washington Cruz​, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia 

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