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27/01/2020

Esperar e Anunciar a Salvação

Esperar e Anunciar a Salvação - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Caros irmãos e irmãs,

 

A reunião dos peregrinos em Belém terminou. Após o nascimento de Cristo, São José encontrou um lugar mais digno para abrigar a Sagrada Família. Depois de oito dias, ele realizou o rito da circuncisão pelo qual os filhos do sexo masculino começam a fazer parte do povo de Israel. E a criança recebeu oficialmente o nome Jesus, nome dado pelo anjo antes de ser concebido no ventre. Quarenta dias depois, Maria e José levaram o Menino a Jerusalém, quando chegou a hora de sua purificação, de acordo com a lei de Moisés, para apresentá-lo ao Senhor e oferecer o sacrifício de acordo com o que é dito na lei do Senhor, “um par de pombas ou dois pombinhos” (Lc 2,22-25). Nem Jesus nem Maria estavam obrigados a seguir essas prescrições. E, no entanto, três vezes em apenas alguns versículos, é feita menção especial ao fato de que tudo foi feito em estrita observância da Lei de Deus.

 

A Igreja descobre um significado mais profundo nesse episódio. Em primeiro lugar, o cumprimento da profecia de Malaquias (3,1): “Eis que estou enviando o meu mensageiro para preparar o caminho à minha frente. E de repente chegará ao seu templo o Senhor que vós estáveis procurando, o mensageiro da Aliança que estáveis desejando. Eis que ele chega – diz o Senhor dos exércitos”. Além disso, Maria entendeu que Jesus tinha que ser levado ao templo, não para ser redimido como outros primogênitos, mas para ser oferecido a Deus como um verdadeiro sacrifício. Até certo ponto, a Apresentação de Jesus no Templo está ligada à oferta do sacrifício do Calvário, que a missa faz presente em todos os tempos e lugares.

 

Na preparação desse sacrifício, como mais tarde em sua realização no cume de Calvário, um lugar especial foi reservado para a mãe de Jesus. Desde os primeiros momentos de sua vida terrena, Jesus uniu Maria ao sacrifício redentor que ele havia cumprido. Essa participação no mistério da Redenção foi revelada pouco a pouco à Virgem Maria. Pelas palavras de Simeão, um homem justo e piedoso, avançado há anos, é dito expressamente: “e a ti, uma espada traspassará tua alma” (Lc 2,35). Lá também estava Ana, uma mulher com mais de 80 anos, que se juntou ao anúncio de Simeão. Chegando naquela mesma hora, ela deu graças a Deus e falou de Jesus a todos os que estavam procurando a redenção de Jerusalém.

 

Pelo Evangelho de São Lucas, sabemos que Nossa Senhora apresentou o Menino Jesus somente depois de ouvir a profecia. Ela ofereceu um par de pombas, ou dois pombos, a oferta dos pobres, em vez do cordeiro prescrito pela Lei de Moisés. No entanto, à luz das palavras de Simeão, ela entendeu que Jesus era o verdadeiro Cordeiro de Deus que redimiria os homens de seus pecados. E que ela, como mãe, de uma maneira que ainda não compreendia completamente, estaria intimamente unida ao destino de seu filho.

 

Vemos que o mistério que celebramos na Santa Missa, a paixão, morte e ressurreição de Jesus, já está, de certo modo, contido na sua Apresentação no Templo, a solenidade de que nos aproximamos. Somos, portanto, convidados à mesma atitude de espera de Simeão e Ana e ao mesmo ardor de anunciar o Menino Deus e o seu reino de amor.

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