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22/06/2018

Festas Juninas

Tradição herdada da Europa expressa fé, unidade e cultura popular

Festas Juninas - Vida Cristã - Arquidiocese de Goiânia

As Festas Juninas que conhecemos hoje no Brasil têm uma história antiquíssima e sua origem remonta à Europa dos primeiros séculos da Era Cristã. Pesquisas dão conta de que até o século X as festas eram pagãs. Para mudar isso, a Igreja decidiu cristianizá-las.

Segundo frei Airton Sousa Guedes, pároco da Paróquia Santo Antônio, do Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, a festa era dedicada a agradecer aos deuses pagãos pelas colheitas. No período (junho), acontece a passagem da primavera para o verão no hemisfério norte, momento chamado de solstício de verão. Por meio da festa, a sociedade da época acreditava afastar pragas das colheitas e os maus espíritos dos pequenos vilarejos.

Com São João Batista, as festividades passam a se chamar Joaninas e, posteriormente, Juninas por causa do mês de junho e dos outros santos que foram acrescentados por serem celebrados no mesmo mês: Santo Antônio, no dia 13, São Pedro e São Paulo, no dia 29. São João Batista é o único na liturgia da Igreja que tem seu nascimento celebrado. “O dia 24 de junho está bem próximo ao solstício de verão quando o sol está mais alto, e o dia é maior. E a correlação é muito interessante, porque esse santo é o grande anunciador do Reino, o precursor da missão, daquele que é a luz mais forte, que mais brilha: Jesus Cristo, nosso Senhor”, explicou.

No século XVI, as Festas Juninas foram trazidas pelos portugueses ao Brasil, onde recebeu influência dos indígenas também, inclusive com a alimentação. Para frei Airton, a celebração é ainda um momento de confraternização e unidade. “É a oportunidade de celebrar os santos, as amizades, os casamentos. Em muitos lugares no Brasil, a Festa Junina é a única celebração que se faz nesta época do ano, por isso, a dimensão da unidade é muito expressiva. Por aqui, vários elementos ganharam força, como é o caso da fogueira que simboliza São João”. O padrinho de fogueira, segundo o frade, não é considerado profano pela Igreja, porque foi um elemento popular criado com o objetivo de unir as pessoas e criar vínculos familiares durante a festa.

A cada santo junino é atribuído um título especial. Isso foi o ponto-chave para cristianizar a festa. São Pedro, celebrado no dia 29, é o patrono dos pescadores e das viúvas. Já São Paulo tem menos expressão, porque a ele não é atribuído nenhuma proteção popular específica. “Embora seja um dos patriarcas e coluna da Igreja, São Paulo tem o título de anunciador do Evangelho e está mais ligado à dimensão missionária, no sentido de expansão”. Santo Antônio é querido pelas moças que rezam na madrugada do dia 13 pedindo um esposo e São João é o precursor da luz mais forte, que é Jesus Cristo.

A expressão caipira, o colorido das bandeirolas, a dança, a variedade de comidas derivadas do milho são características marcantes no Brasil. Muito disso, porém, foi herdado e sofreu mudanças ao longo do tempo, como é o caso da dança da quadrilha, que também tem origem europeia.

Fúlvio

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