Onde voce deseja procurar?

  • Arquidiocese
  • Paróquias
  • Clero
  • Pastoral
  • Liturgia
  • Cursos
  • Comunicação

Você está em:

  1. Home
  2. Comunicação
  3. Vida Cristã
  4. Missão do Leigo

23/11/2017

Missão do Leigo

Ensinar,santificar e cuidar do mundo

Missão do Leigo - Vida Cristã - Arquidiocese de Goiânia

A abertura do Ano do Laicato é propícia para refletirmos sobre a missão dos leigos e leigas na Igreja e no mundo e como podemos tornar verdadeiramente ativa e frutuosa essa missão. Como ser sal da terra e luz do mundo? Como ser “Igreja em saída”? Como anunciar o Evangelho a toda criatura no mundo globalizado, altamente tecnológico, mas vazio de sentido e marcado por desigualdades? Voltemos ao nosso Batismo, pelo qual fomos ungidos em Cristo, recebemos o Espírito Santo e fomos incorporados à Igreja. Foi no Batismo que recebemos a tríplice missão de ser profetas, sacerdotes e reis. Traduzindo a missão em ações, podemos dizer que, no Batismo, assumimos o tríplice ofício de Cristo: anunciar/ensinar (profeta), santificar (sacerdote) e reger/cuidar (rei). No caso específico dos leigos, chamados a ser cristãos no mundo, essa missão ultrapassa a ação pastoral no âmbito interno da comunidade eclesial e vai ao encontro da dura realidade em que vivemos. Isso mesmo, nosso lugar de evangelização é esse mundo globalizado, vazio de sentido e profundamente desigual.

Sendo assim, por mais que nos pareça fazer bem buscar a vivência de nossa fé de um modo subjetivo e intimista, priorizando a relação pessoal “eu” e Deus, não foi para isso que fomos batizados. Então, precisamos voltar às nossas origens, quando fomos renascidos nas águas do Batismo e ungidos como profetas, sacerdotes e reis, para realmente ter clareza do significado da missão a partir das seguintes ações: ensinar,santificar e cuidar.

Ser profeta: anunciar/ensinar

No que tange à participação no múnus profético de anunciar e ensinar, o leigo deve ser anúncio do Evangelho em todos os setores da vida humana, a partir da coerência no agir, do testemunho autêntico de vida, do denunciar as injustiças em qualquer ambiente em que estiver. A função de ensinar também se realiza na vida matrimonial-familiar, em que a família é edificada como testemunha de vida cristã; e no ensino da Palavra, a partir da sua experiência de fé, seja dentro ou fora da Igreja.

Ser sacerdote: santificar

A santificação, característica da missão sacerdotal, para o leigo, acontece no oferecimento de sua vida a um constante louvor ao Senhor. A função sacerdotal do leigo é exercida não somente na participação nos sacramentos, no culto espiritual e no exercício de ministérios específicos dentro da comunidade eclesial. O múnus de santificar acontece de forma particular no mundo da vida pessoal, no ambiente de escola, trabalho e da vida social, que se ordena numa consagração para Deus. Nossa vida toda deve ser santificada, não só dentro da Igreja.

Ser rei: cuidar

A participação dos leigos na função régia é mais facilmente compreendida, pois está ligada à dimensão da caridade, do serviço aos irmãos, da ajuda mútua, da solidariedade.Os leigos cumprem sua missão de cuidar, na busca e promoção do bem comum, na realização de atividades que favoreçam o amor, a justiça, a paz, na ajuda aos irmãos mais pobres, no olhar o outro que sofre com os olhos de Cristo.

E ainda mais, além das esferas menores, nós também devemos nos inserir nas diversas associações que representam a sociedade civil, bem como na vida política, no Estado e no governo da Igreja. O cristão nessas organizações e instituições deve agir pautado por valores do Evangelho, assumindo a defesa da vida, da criação, da justiça e do bem comum.

Nota-se, portanto, que o leigo participa do tríplice ministério de Cristo no interior da Igreja, mas precisa exercer tais funções de modo muito particular no mundo em que vive, seja na família ou nos diversos setores em que está inserido na sociedade civil. Assumir esse papel não pode ser algo relegado ao segundo plano ou adiado para um futuro próximo.

Olhemos para o mundo: a criação agoniza, muitos filhos de Deus perderam o sentido da vida, as relações humanas estão doentes, o amor foi banalizado, nossos valores humanos mais caros são negligenciados. É urgente que os leigos assumam imediatamente o protagonismo da ação evangelizadora.

O Ano Nacional do Laicato nos faz exatamente este convite: que abramos os nossos corações, deixemos o Espírito Santo agir e sejamos sal da terra e luz do mundo, mensageiros da alegria do Evangelho. Cristo ressuscitou, está conosco todos os dias e nos liberta de todo pecado, de toda tristeza, do vazio interior e do isolamento (Papa Francisco, EG, 1).

 

Cássia Almeida
Catequista e estudante do 4º período do Curso de Teologia da PUC Goiás

 

Nós usamos cookies para oferecer uma melhor experiência a você quando estiver visitando o nosso site. Ao clicar em "Aceitar e Fechar", você concorda com o uso dos cookies e termos na nossa Política de privacidade.

Aceitar e Fechar