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07/08/2018

Vocações: Amar uns aos outros

É preciso assumir o risco de uma escolha

Vocações: Amar uns aos outros - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

No Brasil, agosto foi instituído o mês das vocações pela Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) na Assembleia Geral, no ano de 1981. Cada semana é reservada a uma vocação e na última semana do mês, celebra-se o ministério do catequista. As vocações da Igreja são três: o ministério ordenado, a vida consagrada e o matrimônio. Opa, tem alguma coisa errada nessa conta. Na verdade, avocação “laical”, como muitos se referem, salienta que todos somos chamados a uma vocação e também reafirma o fundamental trabalho dos leigos e leigas na vida e missão da Igreja e na sociedade. Em plena vivência do Ano do Laicato, lancemos nosso olhar às vocações, ao compreender que o chamado à vocação é contemplar o caminho para ser sal e luz no mundo, seja ele como ministro ordenado, religioso, religiosa, leigo ou leiga. Vocação é um chamado pessoal, um encontro em Deus, mas que se realiza para o outro.

Papa Francisco, em uma de suas mensagens para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, destaca que “Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno. Porventura não disse Jesus que ‘por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros’”. O Santo Padre ensina que toda a vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho.

Na mensagem para o ano de 2018, que pode ser lida na íntegra na página 6 desta edição, o papa destaca três pontos importantes do caminho vocacional, “escutar, discernir e viver”. Ele é enfático ao afirmar que Deus chama no presente. “A vocação é hoje! A missão cristã é para o momento presente! E cada um de nós é chamado – à vida laical no matrimônio, à vida sacerdotal no ministério ordenado, ou à vida de especial consagração– para se tornar testemunha do Senhor, aqui e agora. ”

 

“A alegria do Evangelho, que nos abre ao encontro com Deus e os irmãos, não pode esperar pelas nossas lentidões e preguiças; não nos toca, se ficarmos debruçados à janela, com a desculpa de continuar à espera dum tempo favorável; nem se cumpre para nós, se hoje mesmo não abraçarmos o risco duma escolha. ”

Compilamos nesta matéria alguns depoimentos, entre tantos, para que possamos refletir sobre nossa própria vocação. Mais uma vez, o papa Francisco nos convoca a ser uma Igreja em saída, ao encontro.

 

"Senti minha vocação logo cedo, sempre participando da Igreja, mas nunca havia pensado em ser um diácono permanente (casado por 37 anos), pois vivia realizado como leigo. No entanto, depois da ordenação diaconal, senti que a graça de Deus crescia em mim. Não posso dizer que foi fácil, pois já tinha seis filhos; a sétima filha veio quando já era diácono. Não tinha descanso, vivia com a família, era servidor federal e ajudava na Igreja. Consegui organizar tudo; amando a vocação nada é pesado. Morei fora por alguns anos, sendo diácono em outros lugares, e retornei a Goiânia em razão da enfermidade de minha esposa, uma cardiopatia grave. Então, cheguei aqui, no Jardim Atlântico, em 1999, exercendo a função de diácono. Em julho de 2005, minha esposa faleceu. De imediato, senti o desejo da ordenação sacerdotal, queria ser ainda mais útil aos irmãos. Em 7 de dezembro de 2006, na Catedral, fui ordenado padre pelas mãos do arcebispo Dom Washington Cruz, com permissão oficial de todos os meus filhos. Assim, assumi a Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança, onde estou até hoje; aqui o povo me acolhe e me apoia muito." Pe. José Luiz de Melo.

 

 

"Eu devo resumir a minha vida em uma bênção, uma extraordinária graça de Deus Nosso Senhor. No dia em que nasci, meu pai disse “essa não é pra casar”. Minha mãe questionou “o que vai fazer com ela?”. E ele respondeu: “Não sei, Deus é quem sabe”. Parece-me que naquele momento Deus me escolheu para vida religiosa, porque desde criança nunca pensei em outra coisa, queria ser freira sem saber direito o que isso significava. Eu agradeço todos os dias por ter ser sido escolhida para ser uma religiosa, uma pessoa que consagra a vida toda a serviço de Deus, que sempre esteve comigo. Para as jovens que sentirem a vocação à vida religiosa, não posso dar melhor conselho do que o ensinamento de Maria: Faça-se em mim segundo a vontade de Deus. Essa é a oração mais correta que podemos fazer pela vocação, seja ela qual for." 
Ir. Maria Celeste Borges.

 

 

"Para mim, o matrimônio é um dom e devemos vivê-lo com responsabilidade e da melhor forma possível. No casamento, eu consegui viver o verdadeiro amor que Cristo nos mostrou na Cruz, o amor de doação. Não busco mais a minha própria felicidade, mas a de minha família e com ela vivo o perdão, a renúncia, a solidariedade. Antes, éramos Isis e eu. Hoje, temos três filhos e esse amor se multiplicou. Ensinamos a eles o amor de partilha. Diante do que o Alexandre falou, parece que me sobrou pouco (risos). Existem diversas vocações e eu fui chamada a viver como esposa e mãe. Quando dissemos “sim” no dia em que recebemos o sacramento, nos comprometemos livremente a cuidar da família e também a nos abrir à paternidade. Nossos filhos nos completam, nos alegram e diante deles somos chamados a dar testemunho verdadeiro dessa vocação, desse chamado amoroso de Deus."
Alexandre Fideles Martins e Isis Fernandes do Nascimento.

 

 

"Minha vocação teve início ainda criança, por influência do meu avô paterno, Ubirajara Ferreira de Lima. Foi um homem marcante para mim, muito simples, pobre e trabalhador. Lembro-me que a casa dele era sempre alegre e havia ali muita oração. Minha infância possui muitas lembranças de celebrações da Igreja, do terço, das novenas na Matriz de Campinas. Apesar da pobreza, havia fartura e isso mexia muito comigo. Eu queria entrar para o seminário ainda criança, mas meu pai não concordou. Na verdade, vivi duas realidades: uma, de pobreza dos meus avós paternos, rica em religiosidade e outra, mais abastada, de distanciamento da fé, com meus avós maternos, que eram comerciantes. Assim, minha juventude foi como a de qualquer outro rapaz. Eu passei por todas as etapas de alguém com o desejo de sacerdócio no coração, brincava de celebrar missa, fui coroinha e Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão, participei de grupo de jovens. Na faculdade, optei pelo curso de Serviço Social, porque em meu coração já ardia o amor à pobreza, à simplicidade; queria servir ao próximo. Finalmente, antes de colar grau, eu ingressei no seminário.
Hoje, vivo plenamente minha vocação." Pe. Rodrigo de Castro, Reitor do Santuário Sagrada Família.

 

Talita Salgado

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