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17/05/2018

Novo Santuário Arquidiocesano

Paróquia histórica Nossa Senhora Aparecida é Elevada à dignidade de Santuário

Novo Santuário Arquidiocesano - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

Nossa Senhora Aparecida é o quarto Santuário presente na Arquidiocese de Goiânia

Visitar um Santuário pode ser, para muitas pessoas, a única oportunidade de encontrar Cristo e redescobrir o sentido profundo da própria vocação batismal ou para sentir o seu chamado salutar (Dom Washington Cruz)

O dia 11 de maio de 2018 ficará marcado para sempre na memória do povo de Deus em Aparecida de Goiânia. Na noite daquele dia, o arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom Washington Cruz, por mercê de Deus e da Sé Apostólica, instalou o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. “Uma razão muito especial nos reúne nesta noite. A elevação desta tão querida igreja de Nossa Senhora Aparecida à categoria de Santuário. Aparecida, ao bem da verdade, pode ser considerada uma metrópole ao lado da metrópole capital de Goiás”, destacou ele em sua homilia.

A celebração reuniu paroquianos da então Paróquia Nossa Senhora Aparecida e de paróquias vizinhas, e foi concelebrada por vários padres, entre eles o novo reitor do Santuário, padre João Luiz da Silva; o reitor do Santuário Sagrada Família, padre Rodrigo de Castro; e o administrador paroquial da Paróquia São João Batista, do Setor Colina Azul, padre Vitor Simão dos Santos Freitas; além de diáconos, seminaristas, acólitos e ministros.

Dom Washington comentou, em sua homilia, sobre a história do lugar que começou em 1922, com o casal José Candido de Morais e Maria Elias de Deus. Ali era a Fazenda Santo Antônio e a história da igreja começa com a missa que o casal pediu que fosse celebrada pelo padre Francisco Wand, da Congregação do Santíssimo Redentor. Depois disso, o próximo passo foi a construção do templo. “Tudo nasceu ao redor da pequenina igreja de Nossa Senhora Aparecida, depois ampliada, e hoje já é uma comunidade católica quase centenária. O povo desta cidade merecia ver sua igreja transformada em Santuário”, afirmou o arcebispo. A elevação se deu por ocasião do aniversário de 96 anos da cidade-metrópole.

Padre João Luiz da Silva, reitor do Santuário

Centro de irradiação da fé

Entrevistado, o novo reitor, padre João Luiz da Silva, explicou o que significa a elevação da paróquia a santuário. “A matriz já é um grande mistério de amor na vida desse povo. Agora, depois de 96 anos, caminhando para o centenário, essa elevação da nossa igreja-Santuário traz uma dignidade ainda maior para o povo de Aparecida de Goiânia, para o nosso vicariato de Aparecida e, sobretudo, para a Igreja de Goiânia. Por isso, o Santuário torna-se esse centro de irradiação da fé onde o homem encontrará o ambiente propício para a vida de oração, o mistério da eucaristia, o mistério da confissão e da reconciliação, porque este é o objetivo do Santuário: tornar-se o lugar onde Deus vai agir com mais intensidade no coração daqueles que acorrerão para esse Santuário. Por tudo isso essa elevação tem muita importância para nós”, explicou o reitor.

Lugar de evangelização

Para a vida do leigo, a paróquia, que agora é Santuário, torna-se um lugar onde ele terá mais facilidade para conduzir sua vida orante, uma vez que terá sempre à disposição um sacerdote para as confissões e orientações. É o lugar de evangelização porque a finalidade do Santuário é evangelizar e tem na Eucaristia a centralidade de todo o mistério. O lugar torna ainda a Palavra de Deus propícia para ser semeada no coração daqueles que acorrerão a este Santuário.

Onde tudo começou

Para o padre Rodrigo de Castro, reitor do Santuário Sagrada Família, na Vila Canaã, a elevação deste quarto Santuário na Arquidiocese de Goiânia tem um significado muito peculiar. Segundo ele, primeiro pela característica mariana e pela história significativa desta igrejinha para o povo de Aparecida de Goiânia. “Essa comunidade nasceu como ponto de apoio para os romeiros, para os padres que vinham de Aparecida (SP). Os missionários redentoristas tinham aqui como ponto de apoio para poderem chegar à Campininha das Flores, hoje o Setor Campinas, e de lá chegar até a cidade de Trindade. Então aqui era o primeiro ponto dentro da Arquidiocese de Goiânia, a nossa Arquidiocese de Goiás por muito tempo. Esse tripé que nós temos: Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida de Goiânia; Divino Pai Eterno, em Trindade; e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campinas, que é o ícone entregue nas mãos dos Redentoristas pelo papa, para que eles pudessem fazê-la conhecida no mundo inteiro, porém os missionários estavam vindo de Aparecida (SP), da Casa da Mãe”.

Padre Rodrigo conta que Aparecida de Goiânia nasce em torno da devoção mariana, do ponto de apoio dos padres Redentoristas que aqui faziam desobriga. “Eles chegavam de Aparecida (SP) para irem a Campinas e, depois, a Trindade, e iam para a festa do Divino Pai Eterno. Por isso, a festa aqui é em maio e não em outubro. Daí a gente entende o porquê do 11 de maio, que é a festa que estamos celebrando hoje. Quando era a festa de Trindade? Julho. Eles então chegavam em maio aqui para depois ir para Campinas, e, em seguida, chegar em julho lá em Trindade, na festa do Divino Pai Eterno. Essa é a nossa história”, relatou.

Padre Rodrigo completa sua reflexão dizendo o sentido de Dom Washington convidar o Conselho Presbiteral para refletir sobre a tomada de decisão de elevação da igreja matriz de Aparecida a Santuário Arquidiocesano: “dar a esta igreja a dignidade que ela já tem. Aqui é um Santuário que faz parte da vida do povo. O povo de Aparecida ama a igreja matriz, que é o cartão postal desta cidade. A igrejinha de Aparecida é a casa do povo aparecidense. A praça que nós estamos é movimentadíssima. Aqui, durante o dia, realmente é uma beleza de movimentação. Temos uma feira junto da igreja e percebemos que realmente aqui é o centro da cidade, lugar que conserva a cidade de Aparecida. Temos ainda aqui outra cidade como aquela do Garavelo, e do bairro Cruzeiro do Sul e, neste lugar está a cabeça de Aparecida de Goiânia, para não usar a palavra coração. E sentimos ainda aqui um movimento muito grande e bastante peculiar da cidade antiga de Aparecida. Este Santuário vem ao encontro disso. É um Santuário que fala por si só no sentido de representatividade do que ele significa para o povo desta região”.

Família conserva a história

Na missa solene de elevação estavam presentes Maria Queiroz de Oliveira, 82 anos; Deuselene Maria Candido de Machado, 68 anos, e seu esposo, Flávio Machado; Eliane Candido de Queiroz, 49 anos. As mulheres são netas de José Candido de Morais, fundador da igrejinha. No momento do ofertório, eles levaram para o altar o quadro do avô e da avó Maria Elias de Deus, agradecendo a Deus pela fé de seus antepassados, que unidos construíram aquela igreja que foi o início de tudo.

Maria, Eliane, Deuselene e Flávio

Em entrevista, as netas lembraram que até mesmo a primeira imagem de Nossa Senhora Aparecida, ainda hoje conservada no interior do templo, foi trazida de Minas Gerais e, já em Goiás, na última estação de trem, denominada na época de Tapiocanga, seguiu de carro de boi até a igrejinha. “Foi por fé tudo o que fizeram para o bem da Igreja”, contou Deuselene. “Para mim, esta elevação significa rememorar a história da nossa família e do nosso povo. Estou muito feliz e sei que lá do céu todos eles também estão, principalmente nosso avô”, contou Maria Queiroz de Oliveira. Dos Filhos de José Candido, há quatro vivos: América Oliveira Candido de Queiroz, Terezinha Candido de Queiroz, Geraldino Candido de Queiroz e Oliveira Candido de Queiroz. Para Eliane, a neta mais nova de José Candido, a igreja de Aparecida de Goiânia representa tudo, até mesmo o símbolo da cura de uma depressão que foi vencida em 1999. “Naquela época, os médicos e psicólogos já tinham me dado como vencida pela doença, mas eu disse que não ia desistir, que Deus, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, ia me curar. E assim aconteceu. Ela fez eu viver de novo”, contou.

Peregrino da fé

No meio da multidão que participou da Santa Missa de elevação da paróquia a Santuário, a reportagem do Jornal Encontro Semanal encontrou também o Sr. Lindolfo Manoel da Cunha, 86 anos, que há 38 anos participa da vida daquela igreja. “Eu nunca faltei a uma missa aqui desde que moro nos arredores da praça há 38 anos. Tem dia que tem duas missas e eu venho nas duas. Essa igreja representa para mim Deus Nosso Senhor e Nossa Senhora Aparecida aqui na terra. Sempre acompanho a vida desta igreja, os muitos padres que aqui já estiveram, e ela representa muito para o nosso povo”, afirmou.

Sr. Lindolfo Manoel da Cunha

Santuário

Continuando sua homilia da Missa de elevação, Dom Washington explicou aos presentes que o Santuário é um sinal visível de Deus, da sua entrada na história humana. O coração das atividades pastorais de um Santuário – conforme a normativa canônica –, explicou o arcebispo, “é o oferecimento aos fiéis de meios de salvação mais abundantes, com o anúncio da Palavra de Deus, o incentivo adequado à vida litúrgica, principalmente com a Eucaristia e a celebração da penitência, e cultivando as formas aprovadas de piedade popular” (cf. can. 1234, § 1).

Pontos que favorecem a evangelização no Santuário

  • O anúncio da Palavra assume importância essencial na vida pastoral do Santuário;
  • Os ministros sagrados têm a incumbência de preparar tal anúncio na oração e na meditação, filtrando o conteúdo do anúncio com o auxílio da teologia espiritual, na escola do magistério e dos santos;
  • As fontes principais de sua pregação são a Sagrada Escritura e a liturgia (cf. SC n. 35), às quais se unem o precioso Catecismo da Igreja Católica e o seu Compêndio;
  • Os Santuários são, para os peregrinos à procura das suas fontes vivas, lugares excepcionais para viver “como Igreja” (CEC n. 2691);
  • A piedade popular encontra, no Santuário, por meio da Palavra de Deus, uma fonte inesgotável de inspiração, modelos insuperáveis de oração e fecundas propostas de diversos temas (Verbum Domini, n. 65);
  • Os responsáveis pela pastoral no Santuário têm o dever de instruir os peregrinos sobre o caráter absolutamente premente que a celebração litúrgica deve assumir na vida de cada fiel;
  • A prática pessoal de formas de piedade popular não deve absolutamente ser dificultada ou rejeitada, antes, deve ser favorecida, mas não pode substituir a participação no culto litúrgico. Tais expressões, de fato, em vez de se contraporem à centralidade da liturgia, devem aproximar-se desta e serem sempre orientadas a esta;
  • A celebração eucarística constitui o coração da vida sacramental do Santuário;
  • Deve ser dada notável importância ao lugar do Sacrário no Santuário porque é, em si mesmo, um “ímã”, convite e estímulo à oração, à adoração e à meditação, à intimidade com o Senhor;
  • O Sacrário, custódia eucarística, deve ocupar um lugar proeminente nos Santuários, assim como também, ao recordar a relação entre arte, fé e celebração, deve-se dar atenção à “coerência entre os elementos próprios do presbitério: altar, crucifixo, sacrário, ambão, cadeira”;
  • O Santuário, na fidelidade à sua gloriosa tradição, não deve esquecer de estar comprometido com as obras de caridade e com o serviço assistencial, na promoção humana, na salvaguarda dos direitos das pessoas.

Fúlvio Costa

 

 

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