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21/11/2017

Dia Mundial dos Pobres

A alegria do Evangelho na prática

Dia Mundial dos Pobres - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

Ir ao encontro do pobre para conduzi-lo a Cristo

No último domingo (19), a Igreja no Brasil e no mundo, convocada pelo papaFrancisco, celebrou o I Dia Mundial dos Pobres. Foi um dia especial para “estender a mão aos pobres, encontrá-los, fixá-los nos olhos, abraçá-los, para lhes fazer sentir o calor do amor que rompe o círculo da solidão”, conforme ele nos exortou, em mensagem especial escrita para esse Dia.

A Arquidiocese de Goiânia realizou diversas atividades, no dia anterior (18), e nos dias 19 e 20 de novembro, no sentido de “deixar-se encontrar pela caridade partilhada no rosto e na pessoa dos irmãos e irmãs mais frágeis”. Destaque para o Prêmio Solidariedade, entregue a 47 obras sociais da Arquidiocese, que cuidam de abrigos, de creches, de pessoas carentes, na tarde do dia 19, no auditório do Colégio Ateneu Dom Bosco, como sinal de reconhecimento da Igreja “pela atuação desinteressada dessas organizações em favor dos mais necessitados, como parte da sua missão”, conforme o bispo auxiliar e coordenador arquidiocesano de pastoral,Dom Moacir Silva Arantes.

 

Outro destaque do evento de entrega do Prêmio Solidariedade foi a conferência orientada pelo coordenador arquidiocesano de Liturgia e Arte Sacra, padre Antônio Donizeth, sobre a pobreza na perspectiva bíblica. A mensagem central da sua fala foi a seguinte: “A pobreza é sempre uma realidade degradante. Ela revela falta de valores humanos, espirituais, morais, éticos, regendo as relações e a sociedade. A Bíblia se apresenta como uma resposta para as contradições que nós inventamos e criamos”, destacou. Em outras palavras, a pobreza é culpa nossa também, porque nossa sociedade se governa por ambições e não por valores humanos.

Segundo padre Antônio, “o elo que amplia o abraçar da humanidade nas grandes conquistas deveria ser promover o bem de todos, a dignidade de todos, a paz, a educação, a saúde, a solidariedade, a dignidade para todos; esse deveria ser o foco da humanidade”.

Com o Dia Mundial dos Pobres, celebrado nas vésperas da Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, o papa Francisco nos convocou a nos preparar para esse grande acontecimento, prestando contas de nossas vidas. Para o padre Donizeth, Francisco nos chama a fazer um exame de consciência, fundamentado na Palavra, sobre os talentos que ele nos deu para que o mundo possa partilhar da alegria do Evangelho.

 

O Reino dos Céus é também como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens: a um, deu cinco talentos, a outro, dois, e ao terceiro, um – a cada qual de acordo com sua capacidade. (Mt 25,14-15)

 

Sobre a parábola dos talentos, dos três servos, dois lucraram, e o terceiro ficou com medo e escondeu o seu talento no chão. Este deu a si mesmo, conforme padre Antônio, o título de medroso, mal, preguiçoso e inútil. Por isso, ele não foi participar da alegria do seu Senhor, como os outros dois. “A alegria final que a gente participa é a alegria semeada todos os dias, multiplicando o que Deus nos deu em dons e talentos”, frisou. “O que nós temos feito com nossos talentos? O que temos feito por aqueles que mais precisam?”, foi um dos grandes questionamentos que ficaram após a conferência.

 

Obras Sociais

“Quando descobrimos as periferias existenciais, isto é, pobrezas de valores humanos – pornografia, consumismo, jogos violentos, vazio existencial –, entendemos que nunca devemos dormir sem dizer que não apareceu ninguém para eu ajudar.”

 

Confira a lista das obras, pastorais e projetos sociais reconhecidas com o Prêmio Solidariedade, pela atuação permanente junto aos pobres em nossa arquidiocese. Aos representantes de cada uma, padre Antônio destacou a noção de pobreza que perpassa a Sagrada Escritura, retomando a Mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz de 2007, na qual ele elenca 15 itens, convocando-nos a experimentar a alegria de ser Igreja no mundo, como instrumento da paz. “A Igreja é chamada pelo Divino Salvador a ser no mundo a salvaguarda da transcendência da pessoa humana”. Na prática, é o que as obras sociais fazem.

 

“Quando você sai de madrugada para levar uma comida ou um cobertor, ou acorda de madrugada para abrir uma escola para ajudar na formação católica e na formação cristã, ou na universidade, ou na Santa Casa, ou ainda na Vila São Cottolengo, estamos sendo sentinelas, sinal, salvaguarda da transcendência da pessoa humana.” (Pe. Antônio Donizeth)

 

Ser salvaguarda da transcendência, conforme o conferencista, significa o seguinte: além de o Senhor nos amar, ele nos quer bem e quer que nós cuidemos uns dos outros, para que não percamos a sua dimensão da transcendência. Ao pobre, representa ainda: “Mesmo que tudo não seja como sonhamos aqui, na vida eterna não teremos nenhum prejuízo”. Na história bíblica, padre Antônio explicou que a linha divisória que conhecemos hoje por pobreza e riqueza tem início a partir do momento em que o povo se sedentariza, começa a ter propriedade privada. Começa a vida nas aldeias, a vida urbana. É quando se evidencia a vida entre os que têm e aqueles que nada têm, até os nossos dias.

 

Passando pelos livros de Isaías, em que o profeta enfatiza que “a Antônio explicou que a linha divisória que conhecemos hoje por pobreza e riqueza tem início a partir do momento em que o povo se sedentariza, começa a ter propriedade privada. Começa a vida nas aldeias, a vida urbana. É quando se evidencia a vida entre os que têm e aqueles que nada têm, até os nossos dias. Passando pelos livros de Isaías, em que o profeta enfatiza que “a todas as formas, dos ricos contra os humildes.

 

 

A convocação do papa Francisco para o Dia Mundial dos Pobres, que o padre Antônio fez questão de dizer que não é nova, não é invenção do Santo Padre, mas, sim, fruto do Evangelho e do próprio Jesus, significa acordar para lutar contra todas as pobrezas espirituais e materiaisIsso é amar o pobre.

 

"Cada vez que nós temos a possibilidade de fazermos a experiência na alegria dos pobres, de tocar na carne sofredora de Cristo, por meio dos pobres, com certeza estaremos cumprindo a missão que ele nos confiou." Padre Max Costa,Coordenador do Prêmio Solidariedade

 

"As obras sociais premiadas assistem cerca de 85 mil pessoas na Região Metropolitana de Goiânia. Faço a pergunta: esse número é bom para nossa Arquidiocese ou podemos fazer muito mais pelos irmãos mais necessitados? Precisamos ver, analisar e tentar amenizar as situações de pobreza que ainda vemos por aí." Dom Levi Bonatto,bispo auxiliar de Goiânia

 

Após sua fala, Dom Levi justificou a falta do nosso arcebispo, Dom Washington Cruz, que, por motivo de saúde, não pôde comparecer ao evento que ele tanto almejou que a Arquidiocese realizasse, em unidade com a Igreja no mundo.

Salvação pelas obras

Voltando às obras sociais, o conferencista fez uma exortação muito importante. É que muitos dos engajamentos católicos, nas obras e ações sociais, dão assistência espiritual e social, mas não têm coragem e ousadia de transcendência e salvação, isto é, muitos colaboradores de obras sociais, segundo ele, não participam do Sacramento por excelência, que é a missa, e com isso esquecem do principal. “Essas pessoas não participam dos benefícios espirituais e a Igreja é responsável, é a sentinela, a tutora da salvação”. Essas pessoas, completou ele, que não professam a fé, não participam da alegria do Evangelho.

 

“Nossas obras devem ir ao encontro do pobre por causa de Cristo e para conduzir-lhe a Cristo. Se dou comida para ele, eu dou comida por causa de Cristo, porque ele é de Cristo que se deu em comida para mim na cruz”. O alimento dado ao pobre se dá para salvá-lo de uma situação de sofrimento agora, mas também para remetê-lo a uma realidade onde não haverá necessidade nenhuma de depender de mim. Por fim, ele deixou uma mensagem às obras sociais.

 

“Não sejamos a referência, mas o Cristo. Eu não encontrarei a plenitude nem no que eu faço, por melhor que seja, nem encontrei a plenitude no que eu recebo, por mais que eu receba. Haverá sempre limite em tudo que eu faço de melhor, mas Cristo é uma realidade que não conhece limite, e nós devemos procurá-lo sempre”.

Fúlvio Costa

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