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31/07/2017
Pastoral da Comunicação
O anúncio da Boa-Nova
Cada vez mais, os meios e as plataformas de comunicação avançam, a partir das novas tecnologias. O ser humano se comunica e compartilha a vida de forma instantânea, nas mídias e nas redes sociais. E a Igreja também é chamada a estar presente nesse universo. No entanto, é fundamental saber de qual maneira. Segundo o Documento 99 da CNBB, “a comunicação na Igreja e da Igreja remete ao Deus uno e trino. O Verbo encarnado, em sua comunicação, manifesta a grandeza, a profundidade e a beleza do amor de Deus à humanidade”.
O Vicariato para a Comunicação da Arquidiocese de Goiânia é a instância responsável pelo incentivo, formação e articulação das pastorais da comunicação nas paróquias e comunidades e se coloca à disposição para auxiliá-las. Para falar um pouco sobre a importância dessa pastoral, entrevistamos o padre Rafael Vieira, CSsR, assessor da Comissão Episcopal para a Comunicação da CNBB.
Entrevista
Padre, qual a relação entre Igreja e Comunicação?
A missão da Igreja é evangelizar. A realização dessa missão não seria possível sem a comunicação. Portanto, comunicar é um exercício contínuo da Igreja, em tudo o que crê, celebra e faz. Há desafios de comunicação em toda ação evangelizadora da Igreja. O anúncio da mensagem cristã requer habilidade, clareza e precisão. A celebração da fé em Jesus requer eficiência na expressão dos seus símbolos e dos ritos litúrgicos. A ação da caridade também pede competência no planejamento, na ideia clara, em toda a comunicação.
Qual a importância da Pascom em uma paróquia ou comunidade?
Eu, pessoalmente, carrego a convicção de que é preciso entender que a Pastoral da Comunicação (Pascom) não tem razão de ser em si mesma. Ela é, na verdade, um serviço que se apresenta para todas as pastorais da Igreja. Pode-se dizer, eu creio, que a Pascom é a pastoral a serviço das pastorais. É dela que se espera uma constante ajuda para todas as ações que a catequese, a liturgia, as pastorais sociais precisam o tempo todo para realizarem seus objetivos. É dela que o pároco e as lideranças esperam dicas, serviços e iniciativas para que a comunidade seja devidamente informada sobre as principais decisões, fatos e encaminhamentos. É da Pascom que se espera uma transversalidade, tal que seus agentes não podem se contentar em ser apenas um grupinho que faz o boletim da paróquia e cuida do site e das redes sociais.
Qual o primeiro passo para se constituir uma Pascom?
Primeiro, na minha opinião, o passo inicial deve ser dado pelos interessados em se engajar nesse tipo de serviço da Igreja, em procurar o pároco ou o responsável pela comunidade para levantar as necessidades de comunicação. Não se pode criar grupos sem antes saber a que tipo de trabalho eles se destinam.
Segundo: reunir não apenas pessoas que entendem de computador e de jornalismo, mas também representantes das pastorais presentes na comunidade.
E terceiro: tomar conhecimento da caminhada regional e nacional da Pascom, para não se tentar “inventar a roda”. Há muitas experiências positivas dessa pastoral em muitos lugares. A partir desse conhecimento, deve-se fazer, finalmente, um planejamento de comunicação para a comunidade e, claro, cumprir e avaliar o que foi planejado.
Para fazer parte da pastoral é preciso ser comunicador?
Sim, mas isso não significa que precisa ser alguém com formação acadêmica de comunicação. Os jornalistas, publicitários, relações públicas e outros profissionais são, potencialmente, bons comunicadores na Igreja, mas qualquer pessoa que tem talento para se comunicar e quer ajudar, pode se apresentar para essa pastoral. Depois, penso que é preciso convocar para essa pastoral as pessoas da comunidade que têm habilidades no campo tecnológico, pois, hoje em dia, as ferramentas boas de comunicação exigem muito o uso de novas ferramentas tecnológicas.
A cada dois anos, a Igreja realiza o Muticom, que neste ano será em agosto, em Joinville-SC. Qual o intuito desse evento?
O tema central do 10º Mutirão Brasileiro de Comunicação, a ser realizado de 16 a 20 de agosto próximo, será “Educar para a Comunicação”, e o objetivo será de fornecer aos participantes uma oportunidade para conhecer os maiores desafios no campo da educação, especialmente em vista das novas tecnologias da comunicação. O Muticom vai contar com a presença do Prefeito da Secretaria da Comunicação da Santa Sé, Monsenhor Dario Viganò, e do diretor da Redação em Português da Secretaria, Silvonei José. Eles vão apresentar conferências que mostram o novo modo de se comunicar do papa. O jeito de Francisco lidar com o desafio de retirar coisas do seu coração e trazer para os nossos corações, como deve fazer todas pessoas que pretendem exercer o duro ofício da comunicação.
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