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13/07/2018
Oração do Papa pelos sacerdotes motiva para a comunhão eclesial
Considerando a intenção de oração do Papa Francisco neste mês, “para que os sacerdotes que vivem com dificuldade e na solidão o seu trabalho pastoral se sintam ajudados e confortados pela amizade com o Senhor e com os irmãos”, evocamos a celebração do Ano do Laicato no Brasil, que prossegue até 25 de novembro deste ano, com o tema: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”. O lema retoma a missão de todo cristão, de ser “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14.
Parece contraditório pensar no padre como irmão, como alvo do papel missionário dos leigos e leigas, pelo costume de vê-lo somente como responsável pela orientação espiritual dos fiéis, em função do seu ministério e da representação do divino que dele decorre. No entanto, o papa Francisco nos convoca a refletir sobre a as consequências físicas e psicológicas da exaustiva rotina assumida pelos sacerdotes. Ele exorta toda Igreja a trabalhar em conjunto, mas também a conferir leveza e afetividade ao seu cotidiano, por meio da amizade. O desejo do papa é sensibilizar os cristãos para a importância de rezar pelos sacerdotes como também promover entre os fiéis leigos a atitude de disponibilidade e colaboração com os sacerdotes na edificação da Igreja e no anúncio do Evangelho.
Na verdade, o assunto em questão é a Comunhão eclesial, que se fundamenta na ação evangelizadora da Igreja, na vida em comum, na solidariedade e no serviço aos irmãos. E só existe comunhão fraterna quando se torna realidade a partilha da Palavra, dos valores cristãos, da oração, das iniciativas pastorais, da vivência do amor a Deus e aos irmãos (cf. At 2,42-47). Essa comunhão configura e dá legitimidade à Comunidade Eclesial, onde todos os cristãos batizados são chamados à obra da evangelização. (In: Uma Nova Evangelização: pastoral de conjunto e pastorais orgânicas, 2011).
Como nos orienta a Lumen Gentium, "Os pastores da Igreja, seguindo o exemplo do Senhor, sirvam-se mutuamente e aos outros fiéis. Estes, porém, ofereçam com alegria, a colaboração aos pastores e mestres. (...) A própria diversidade das graças, ministérios e trabalhos unifica os filhos de Deus, porque tudo isso opera um e o mesmo Espírito!".
Nesse entendimento, uma atitude de coparticipação e a corresponsabilidade dos leigos e leigas no ministério eclesial, em união com os presbíteros, é fundamental e deve compor um único caminho de serviço e de amor.
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