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26/03/2018

"Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei"

Nesta Semana Santa, toda a nossa Igreja, no mundo inteiro, estará reunida em penitência, oração e louvor a Deus, por sua infinita misericórdia, ao enviar-nos o Cristo Salvador. Somos todos convidados a participar da liturgia própria desse período, ceando com nosso Mestre, Jesus, vigiando e orando com Ele durante sua paixão e morte na cruz, para ressurgirmos com Ele dos sepulcros que nos afastam do Reino de Deus, para uma vida nova, edificada no seu Evangelho.

Vamos nos sentar à Mesa do Senhor, para aprendermos, ainda mais, sobre o sagrado que mora nos verdadeiros atos de humildade e serviço aos irmãos, no exemplo de Jesus ao lavar os pés dos discípulos. Além da promessa de vida plena e eterna aos que permanecerem em seu Amor, na Santa Ceia Ele instituiu um canal aberto de comunicação com a Trindade Santa, no mistério do pão e do vinho transformados no Seu corpo, sangue, alma e divindade, dados a nós em comunhão.

Acolhamos o novo mandamento que nos foi dado naquele dia, marcando para sempre a história da humanidade, por ser a mais poderosa arma contra o mal: Amar o próximo como a nós mesmos! Quanto sentido se esconde neste ensinamento maior... Para que o Seu Amor permaneça em nós e nós Nele, devemos amar uns aos outros como Ele nos amou (Jo 15,9-17).

Olhemos para a Cruz de Cristo, na Sexta-feira Santa. Coloquemos a seus pés as nossas faltas, o nosso pedido de perdão, por ter pecado em pensamentos, atos e omissões. Ele é a verdade e o caminho para o Reino de Deus, que precisa ter início em nossas vidas, hoje. Um verdadeiro exame de consciência diante da realidade que nos envolve, deve nos remeter à busca de Jesus em nosso meio, nesta semana e depois, de forma permanente, onde ele indicou que o procurássemos depois da sua ressurreição:

"... porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me [...] Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes." (cf. Mt 25,35)

A entrada de Jesus em Jerusalém, neste Domingo de Ramos, saudado pela multidão, nos convida a refletir sobre os caminhos trilhados por Ele até o calvário. Aquela pergunta feita ao sumo sacerdote Anás, ainda ecoa para nós:

“Se falei mal, mostra onde está o mal; mas, se falei bem, por que me bates?” (Jo 18,23)

Em meio a tantas mazelas construídas pela humanidade, como as misérias material e espiritual, as guerras que matam pelas armas e as cotidianas, podemos ver Jesus açoitado, humilhado, subjugado e crucificado novamente, todos os dias. Basta olhar para as crianças, mulheres e idosos que são vítimas do abandono, de violências física, verbal e muitas outras; e para todas as pessoas executadas nos diversos calvários contemporâneos.

Que ao final desta Santa Semana, nos perguntemos o que podemos fazer para colaborar na superação dos martírios que acontecem todos os dias em nosso meio, – como a violência, em suas muitas faces –, sendo instrumentos para levar o misericordioso amor de Deus ao mundo. Não nos cansemos de plantar sementes de esperança por meio do amor cristão.

"Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo."(Jo 16,33)

Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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