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01/06/2017

Pentecostes: o grande começo da Igreja

Pentecostes: o grande começo da Igreja - Palavra do Arcebispo - Arquidiocese de Goiânia

Passaram-se 50 dias desde que celebramos o Domingo da Ressurreição do Senhor – centro da nossa fé. Neste domingo, 4 de junho, Festa do Espírito Santo, encerramos o ciclo da Páscoa, que começou na Quarta-feira de Cinzas. Pentecostes, como fim de todo esse processo de alegria no ressuscitado, é, na verdade, um grande começo. O começo da Igreja de Cristo. Os discípulos, reunidos com Maria no cenáculo, em oração, receberam a promessa do Pai: “Permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,49).

A força que falou Jesus aos onze, antes de ser elevado ao céu, é a ação do Espírito Santo de Deus, acontecimento indispensável para a Igreja se tornar pública e sacramento universal de salvação, sal da terra e luz do mundo. Com Pentecostes, a Igreja sai do isolamento em que estavam os discípulos, com medo e sem acreditar (cf. Lc 24,11). O Espírito Santo, nesse momento, age como instrumento de Deus para reunir o povo ao redor de Jesus. Por isso, Pentecostes também é chamada festa da unidade, capaz até mesmo de fazer diferentes raças ouvirem a sua língua de origem pela boca dos discípulos que eram todos galileus (cf. At 2,7). É o próprio entendimento do Pai e do Filho, que se manifesta pelo Espírito Santo.

Naquele momento extraordinário para a Igreja, brilha o novo começo. Cada pessoa recebe o dom de manifestar o Espírito, que gera um corpo uno em Cristo. Os sinais do Espírito são essenciais para a Igreja se formar como a conhecemos hoje. No cenáculo, ele ilumina os discípulos, fortalece-os para a missão e leva-os a superar os medos e as dúvidas que angustiavam seus corações até aquele momento. Une todos, fazendo-os compreender a mensagem da salvação para edificar a Igreja. A festa da unidade faz-se também festa dos discípulos missionários, porque nos anima a sermos protagonistas da missão, corresponsáveis pela evangelização dos homens e mulheres em cada ambiente a partir da vida do ressuscitado.



                " A festa da unidade faz-se também festa dos discípulos missionários, porque nos anima a sermos protagonistas da missão"



A ação do Espírito Santo cria em todos os povos a unidade, soprando onde quer, de maneira que “não sou mais eu, mas é Cristo que vive em mim” (cf. Gl 2,20). Portanto, hoje se faz um dia especial para todos nós cristãos, porque recebemos, pela força do Espírito, a tarefa missionária de evangelizar. Sua ação é tão importante que o próprio Cristo, no início de sua vida pública, depois de seu batismo, foi conduzido pelo Espírito ao deserto para se preparar para a sua missão, discernindo assim a vontade do Pai.
O Documento de Aparecida (DAp), como luz do magistério da Igreja, interpreta o significado dessa ação, que nos leva a ser um em Cristo, por meio da diversidade dos dons. “A partir de Pentecostes, a Igreja experimenta, de imediato, fecundas irrupções do Espírito, vitalidade divina que se expressa em diversos dons e carismas. Através desses dons, a Igreja propaga o mistério salvífico do Senhor, até que ele de novo se manifeste no final dos tempos” (DAp, nº 150). Qual é o papel, então, desse novo Pentecostes em nossas vidas? Para além da liturgia, forjar missionários decididos e corajosos, como Pedro e Paulo, que evangelizem incansavelmente para que o reino de Deus seja pregado e estabelecido em toda a terra.

DOM WASHINGTON CRUZ, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

 

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