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06/08/2018
O mundo não pode esperar. Sigamos o caminho do Mestre!
Ao iniciarmos agosto, mês especialmente dedicado à oração e ao trabalho pelas vocações em nossa Igreja, é consolador e nos enche de esperança ver os depoimentos colhidos pelo jornal Encontro Semanal, de pessoas que ouviram o chamado de Nosso Senhor Jesus Cristo em seu coração e assumiram de corpo e alma o caminho da evangelização desse nosso mundo, tão necessitado de construtores do bem e da paz. São dignos e bonitos exemplos, nos quais os jovens e não tão jovens, mas abertos à Boa-Nova, podem se espelhar.
É disso que precisamos na comunicação uns com os outros, que divulguemos mais as boas condutas e ações. Para que, pelo conhecimento sobre as amplas possibilidades do trabalho pastoral e de seus eficientes e até milagrosos resultados, as pessoas renovem suas esperanças em si mesmas e no seu potencial de transformação, na interação com o outro. E assim, com um novo ânimo, ponham-se a trabalhar, também, para multiplicar ações edificantes do Reino de Deus e do bem comum.
Precisamos de vocacionados a uma espiritualidade sadia, sem o rigorismo que condena e segrega, que desenvolva em homens e mulheres a vontade de ajudar o próximo, alicerçados na identidade que nos une: somos todos filhos de Deus. E como filhos do mesmo Pai, busquemos, então, nos comportarmos como irmãos, buscando união na fé e na vida; não só preservar a família de cristãos mas, decisivamente, ampliar os seus membros. A messe é grande.
É preciso empenho e sintonia dos operários com o caminho traçado pelo Mestre, que nos ensinou o passo a passo para sermos "pescadores de homens". Sabendo dos problemas que seus discípulos encontrariam no caminho, Ele disse: "Tenham fé... eu estarei sempre convosco".
E nesse caminho, que nossa meta seja a salvação mútua e não somente a individual. Sejamos ajudados e confortados pela amizade uns dos outros ‒ padres, religiosos, religiosas, leigos e leigas. A messe é grande, comecemos ou continuemos a ceifar. O mundo não pode esperar. Está em desespero, carente de sentido. A vida está desvalorizada. Mata-se por uma briga ou por um celular. A fome e a doença das nossas crianças já não comovem a todos. A natureza grita contra a agressão que sofre, devolvendo catástrofes. Mais do que nunca, o mundo precisa da Palavra de Deus. Mas de um Deus que acolhe ricos e pobres, gente de todas as cores, crenças e lugares.
Só o amor e a solidariedade podem salvar o mundo. Cada um, por meio da sua vocação, coloque o amor aos irmãos no centro de nossas vidas e entraremos em comunhão com nosso Divino Pai Eterno. Façamos a nossa entrega ao anúncio do Reino de Paz e de Justiça que Cristo nos anunciou e fez vislumbrar. Sigamos seus passos. Ele nos dará forças. Ele está no meio de nós!
Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia
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